O otimismo é construído sobre sonhos. A pessoa otimista acredita sempre na vida mesmo quando as coisas não dão certo. Na verdade, um bom otimista é uma pessoa de fé que até contamina quem está ao lado por sua postura otimista frente os desafios e não há nada errado nisso.
O problema aparece quando o sonhador fica só na imaginação. Como se guardasse o sonho para o futuro justamente para não correr o risco de se decepcionar com a realidade.
Esse tipo de pessoa não tem a persistência necessária para a colheita dos frutos do seu trabalho e não consegue se fixar num objetivo. Às vezes até tenta criar raiz, investir numa carreira sólida, mas basta surgir uma contrariedade que desanima, fica pensando como seria se trabalhasse num outro lugar, com outras pessoas, e às vezes vai ainda mais longe pensando em como seria se vivesse num outro país, como se nada de sua vida fosse bom, ou pudesse se tornar bom. Sim, porque devemos sempre lembrar que nada é eterno. Tudo na vida pode mudar. As pessoas, quando desejam, podem se transformar, aprender com a vida, fazer tudo diferente.
Quantas empresas sólidas já vimos fora do mercado? Quantas pessoas casaram apaixonadas e depois de algum tempo se separaram? Quantas pessoas vimos concluindo um curso e exercendo uma profissão diferente?
Na verdade, as coisas estão sempre se transformando, mudando, da mesma forma que nossos sonhos também devem amadurecer e tomar pé na realidade material. Não basta pensar em coisas positivas; é preciso ter humildade para começar correndo o risco de não dar certo, mas também de tudo caminhar para um lado bom. Tudo é possível sempre. Às vezes, alguém que sonha com um casamento feliz pautado em companheirismo e amizade só irá encontrar a pessoa numa idade mais madura.
Por que não continuar acreditando na vida mesmo depois de encontrar portas fechadas?
O que não devemos fazer é mudar o tempo todo querendo resultados rápidos, sem dar tempo ao tempo e espaço para o nosso esforço prosperar, vivendo constantemente olhando em volta, vendo a vida das outras pessoas, se comparando e se sentindo infeliz. Claro que todos nós aprendemos muito com a comparação. Desde crianças, em sociedade, somos convidados a conviver com os colegas e a aprender com as diferenças, mas vamos concordar que não é fácil... Quantas vezes não nos sentimos rebaixados quando nosso coleguinha contou as façanhas de suas férias na praia e nós não tínhamos nada para falar porque ficamos em casa?
Nem sempre estamos por cima, nem sempre as coisas fluem como imaginamos, mas será que temos o direito de sermos infelizes por conta disso?
Nesta semana, atendi um homem de seus 50 anos, muito triste porque sua vida era um fracasso. Casado pela segunda vez com uma mulher inteligente e muito disposta a ajudá-lo não conseguia mais valorizar sua companheira, despejando o mau humor de suas derrotas profissionais em cima dela. Como haviam se conhecido no trabalho, ele imaginava que tinha que partilhar tudo com ela e, é claro, que falar dos insucessos o deixava ainda mais irritado e sem paciência. Com isso ambos estavam perdendo a sintonia amorosa...
Indicado para fazer uma sessão comigo por uma prima, também terapeuta, ele chegou descrente de tudo, mas respeitando a possibilidade de uma luz iluminar seu caminho obscuro. Expliquei como funcionava a sessão e assim que ele relaxou apareceu uma vida em que ele, filho de um rico fazendeiro, sentia-se muito mal com o pai que o tempo todo desprezava seu trabalho, sempre exigindo mais. Acuado no seu canto o rapaz se afastou, inclusive dos irmãos, porque pensava que o pai não exigia tanto deles. Nessa comparação, o ódio foi crescendo em seu coração e mesmo tendo herdado tudo quando o pai morreu e não tendo compartilhado nada com a família ele se sentia infeliz. Claro que não foi muito fácil para meu cliente que se sentia vítima do destino compreender que ele ainda sentia essa raiva toda e que esse peso no astral atrapalhava qualquer abertura profissional e pessoal.
Ficar com raiva das portas fechadas do destino de nada adianta. Mas era exatamente assim que ele se sentia, despejando em cima da companheira e dos filhos toda sua frustração. Expliquei que era necessário ir por partes. Primeiro, criar uma conexão dele com Deus perdoando a si mesmo e ao universo por conta das derrotas; depois, cuidar de não sujar com raivas e gritos o ambiente familiar, porque se a energia desse núcleo estiver ruim tudo vibrará assim à sua volta. Convidei também o Sr. Alfredo a investir no autoconhecimento, porque quando sabemos mais de nós mesmos temos mais instrumentos para concretizar nossos sonhos. Porque não há nada errado em sonhar, mas se ficamos apenas nos sonhos a chance deles se transformarem em pesadelos é imensa.
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Texto revisado
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Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores. Me acompanhe no Twitter e Visite meu blog E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |