Adeus Chico
por Ilda Carvalho em EspiritualidadeAtualizado em 08/07/2002 11:29:17
Enquanto o Brasil pulsava em alegria pelo penta campeonato, um grande ser alçava vôo rumo à eternidade e fazia a alegria dos planos superiores.
Chico retornava à pátria maior e deixava em nós brasileiros um sentimento de orfandade. É sempre difícil expressar em palavras o sentimento que nos invade a alma, mas queria dizer algo, então resolvi falar de Chico através da numerologia.
Fiz esse estudo há algum tempo, quando elaborava a apostila para cursos de numerologia, buscava um exemplo para discussão em aula, mas queria um brasileiro de vida pública. O primeiro nome que me veio à mente foi Chico Xavier, mas não possuía dados exatos. Então pesquisava outros nomes, quando por coincidência ou melhor sincronicidade me caiu em mãos o livro “Lindos casos de Chico Xavier” – Ramiro Gama, nele encontrei os dados necessários para o estudo.
Francisco Cândido Xavier, nascido em 02/04/1910
Uma alma “11” – seu eu interior, sua bagagem para esta vida, um numero mestre, indicando que tem estado no caminho da espiritualidade há muito tempo, provavelmente mais de uma vida, tem sensibilidade percebendo o abstrato e mundos paralelos, vem ao mundo com o objetivo de doar-se à humanidade, com habilidades de Percepção Extra- Sensorial pode tornar-se um mito, atingindo celebridade, se confiar em seus dons e ouvir sua voz interior.
Essa é a alma de Chico espírito iluminado que tinha muito a oferecer.
Seu destino “1” – seu caminho era o da originalidade, independência, coragem e ousadia, e ele cumpriu esse destino.
Sua vida foi pautada pela coragem e ousadia, expôs suas convicções. Consciente de si mesmo liderou, e seus seguidores são orientados pelos seus ensinamentos. Atacado pelos céticos manteve-se firme em sua fé e continuou em frente. Mesmo no fim doente e debilitado, esse homem de grande força interior atendia àqueles que vinham em busca de sua ajuda.
Sua lição de vida “8” – essa é uma vibração extremamente material, mas também cármica, representa a colheita, e essa depende sempre da semeadura. O que Chico precisava aprender era lidar com o poder e o dinheiro de forma justa, sem egoísmo ou avareza.
Sucesso em sua lição de vida?
Com certeza. O que lhe foi dado como dom divino, foi ofertado abundantemente. O rendimento de seus livros psicografados é doado a instituições de caridade e centros espíritas que dependem dessa ajuda.
Chico não possuía bens, viveu de seu trabalho e finalmente de sua aposentadoria. Seu maior patrimônio, a capacidade de compreender, aceitar e amar incondicionalmente.
Sua aparência “8” – Oito ? Personalidade forte e marcante, apresentando uma imagem de sucesso e de vencedor, um gosto acentuado em exibi-se para marcar presença. Estranho! Não era essa imagem que Chico emanava. Fiz então a análise do nome como ele era conhecido. Chico Xavier, então tudo ficou claro.
Aquela era a assinatura de Chico e não seu nome de batismo. O novo nome não mudaria sua essência, mas a forma como era percebido pelas outras pessoas sim. A vibração encontrada foi “33” , numero mestre que representa o amor Crístico, auto-sacrifício em benefício de outros e total anulação do ego.
Ora, como agia Chico? Que imagem ele nos passava?
Chico emitia uma vibração de doador universal, revestia-se de humildade e generosidade, emanava paz, amor e caridade. Sempre estava onde sua presença era necessária e onde dava mais do que recebia.
Este é Chico, espírito iluminado que por 75 anos de mediunidade nos ofertou ensinamentos singelos e eternos através de suas mensagens psicografadas.
Fica agora a lembrança da ternura infinita.
Sempre que possível, deixa algum sinal de paz e luz
para aqueles irmãos que estão vindo na retaguarda,
a fim de que não se percam do rumo certo”
(Emmanuel)