Os seres humanos possuem limites diferentes daqueles dos animais. Quem possui um cão ou um gato em casa já deve ter percebido que o primeiro tem um olfato privilegiado e que o segundo tem um ouvido privilegiado. Isso se deve principalmente ao fato de que ao longo da evolução da vida sobre a terra, cada espécie desenvolveu as especialidades necessárias para a sua sobrevivência. Os seres humanos parecem ter alguns dons a mais do que muitos animais, mas são limitados em sua habilidade de ver e perceber a energia num nível físico, e por essa razão são limitados também em sua capacidade de absorver inteiramente essas mesmas energias. Para que possamos nos sentir ‘preenchidos’ com uma determinada energia, precisamos poder entrar em sintonia com ela, mesmo se não a vemos ou não a sentimos com nossos órgãos físicos. Tudo o que queremos pode estar bem perto de nós, bem ao nosso alcance, só que nós não o percebemos!
Os nossos cinco sentidos evitam que nós percebamos a realidade e toda a sua complexidade. Somente alguns seres dotados de poderes extra-sensoriais são capazes de perceber ‘além da matéria’. Nossos cinco sentidos funcionam como um filtro nos deixando com um retrato muito limitado do que é a realidade da vida. Até a ciência médica nos ensina que a humanidade utiliza somente 4% da capacidade do cérebro, então, o que fazemos com os restantes 96%? E como fazer para tomar decisões importantes na vida quando somos limitados e enxergamos somente uma porção microscópica da realidade? Um dos grandes mestres cabalistas ensinou que os seres humanos normalmente percebem as coisas por seu oposto. Ou seja, usamos a comparação. Vou dar um exemplo: considere uma pessoa que tenha vivido em completo isolamento desde que nasceu. Então coloque na frente dessa pessoa um bebê humano e um carneirinho recém nascido. Ele verá que o bebê humano não consegue se alimentar sozinho, não consegue se levantar e muito menos andar por ai. Depois ele verá o carneirinho que logo ao nascer se levanta, vai até as tetas da mãe e consegue mamar sozinho! E se de repente um fogo iniciar-se ao lado dos dois, somente o carneirinho conseguirá escapar! O que essa pessoa irá concluir? Que o carneirinho é muito superior ao ser humano, já que ele nasce com tamanha potencialidade, não é mesmo? Na essência, o bebê recém nascido é o mais desprotegido, pois seus cinco sentidos são menos desenvolvidos. No entanto, ao crescer, o bebê se torna cada dia mais experto e o carneirinho permanecerá com aquele potencial inicial, já inato, que lhe foi oferecido pelo instinto de sobrevivência de sua própria raça. O ser humano poderá aprender e irá se desenvolver muito melhor, à medida que aprender a usar suas ferramentas iniciais (seus cinco sentidos) e suas ferramentas cognitivas e materiais.
A astrologia nos ensina que a apuração desses cinco sentidos têm muita relação com o planeta Mercúrio, sua posição no mapa natal, seus aspectos com os outros planetas (ou seja suas influencias) e também sua marcha - direta ou em retrogradação. A oitava superior de Mercúrio é o planeta Urano, numa vibração muito mais sutil. A ciência nos explica que as raças possuem uma hereditariedade que é chamada de ‘memória das células’, ou seja, uma espécie de DNA da espécie. Por exemplo: o gato já nascerá miando, correndo atrás dos ratos ou das minhocas, terá um ouvido desenvolvido, (uma espécie de sexto sentido), correrá do cachorro e gostará de ronronar quando aconchegado. Isso é comum à espécie e difere muito pouco dependendo da raça do felino: vira-lata ou de raça, todos têm essas qualidades comuns em maior ou menor quantidade.
No entanto, a ciência sabe que o DNA não é tudo e que os genes não controlam nossa v ida. A Epigenética (ciência que significa “controle sobre a genética”) modificou completamente (há uns dez anos), os conceitos de que o DNA tinha o completo controle sobre o desenvolvimento de nossas células. Os cientistas na última década perceberam que “os padrões de DNA passados por meio dos genes não são definitivos, isto é, os genes não comandam nosso destino! Influências ambientais como nutrição, estresse e emoções podem influenciar os genes ainda que não causem modificações em sua estrutura!” (extraído do livro “A Biologia da Crença” do biólogo americano Bruce H. Lipton).
Bruce, um cientista, explica que “somos feitos à imagem do Universo”! Demonstra, em seu livro, que o Grande Universo/Deus influencia todas as nossas células e que essas células “adotam um determinado comportamento quando seu cérebro (o cérebro das células), a membrana, reage aos sinais do ambiente”! Então, inimigos da astrologia, isso não equivale a reconhecer que nós, seres humanos, imersos nesse grande Universo de energia também somos influenciados pelo comportamento do TODO? Reagimos da mesma forma que o fazem todos os organismos vivos às influencias energéticas que movimentam as galáxias com todos seus os sistemas planetários! Isso equivaleria a dizer que se estivermos conectados com o TODO poderemos tirar proveito dessa energia? As indagações não terminam aqui e Bruce conclui: “Como somos máquinas de proteína, por definição somos feitos à imagem do ambiente, seja ele chamado de Universo ou, como muitos preferem chamá-lo, o próprio Deus”.
E nós, também influenciamos o TODO? Quando não conseguimos nos sintonizar com o Todo acabamos modificando-o e entramos em completa desarmonia com o ambiente, podendo até mesmo destruí-lo! É nesse ponto de autodestruição que está nossa evolução na Terra. Essa é uma ameaça verdadeira e nós temos somente duas escolhas: mudar ou morrer. Então, mesmo em nossa vida diária, devemos sempre ter isso em mente: ou nos sintonizamos de forma harmoniosa com o ambiente em que vivemos ou vamos morrer!
Parece-me que essa consciência já esteja bastante difundida especialmente nos meios mais espiritualizados, pessoas conscientes e desejosas de fazer a diferença se mobilizam no mundo inteiro. No entanto, ainda me surpreendo com atitudes egoístas de pessoas ‘ditas inteligentes’ que teimam em não se integrar com o TODO. Agem como se não tivessem nada a ver com o mundo e a sociedade em que vivem e continuam a agredir os outros e a agredir o meio-ambiente, sentindo-se, de alguma forma, imunes à destruição que eles mesmos provocam! Alguns ainda riem na minha cara quando lhes digo que sou ‘astróloga’ porque quero compreender meu lugar no universo! “Como - observam - uma pessoa tão inteligente como você, acredita nessas bobagens”?
A astrologia, essa maravilhosa ferramenta de autoconhecimento, nada mais é que uma forma fácil para compreender de que forma devemos harmonizar nossa vida, (nossos atos, nossas escolhas e reações) para podermos entrar em sintonia com essa ou aquela energia do momento cósmico que estamos vivendo.
O momento cósmico de nosso nascimento determina nossa sintonia energética com o TODO.
Bem, caros leitores, as indagações são muitas e não terminam aqui. Eu gostaria de receber suas opiniões e continuar essa reflexão nos próximos artigos.
Essa semana, para abrirmos nossa mente para uma nova dimensão de percepção, vamos entrar em sintonia com a energia do Gênio Mikael cujo planeta correspondente é Mercúrio. O salmo para a oração deste é o nº 120.
Uma boa semana em sintonia com o TODO!
Graziella S. Marraccini