Foi Daniel Goleman que introduziu esta famosa designação (Analfabetismo emocional), em seu livro Inteligência Emocional, um best seller do fim do século passado...
Sabemos muito pouco acerca das emoções, visto que em nossa cultura extremamente dogmatica, machista e materialista pouco se fala ou se conhece sobre este ponto fundamental que pode nos escravizar, machucar e nos tornar pessoas infelizes e até fisicamente doentes... até a morte.
O aspecto emocional é algo que interpenetra todos os campos de nossa vida, seja no ambito familiar, no profissional, sem contar o principal que envolve os relacionamentos afetivos entre homem e mulher, chegando ao cúmulo de interferir negativamente até nos momentos de lazer e relaxamento, esferas essas que antigamente pouco eram estudadas e compreendidas e somente há pouco tempo tem mostrando sua poderosa importancia e seu enorme potencial de destruição (ou auto-destruição?), em todos os setores da vida das pessoas.
Estamos todos a par da cotação do dólar, dos acontecimentos da novela, dos índices de desemprego, da divida externa, das ações cotadas em bolsa que a vizinha tem, das fofocas cada vez mais sem conteúdo da rede de TV e da mídia em geral. Sabemos dos próximos prováveis atentados do Osama Bin Laden e da eleição para Governador da Califórnia daquele ator de que ninguém sabe escrever o nome (Nem nos Estados Unidos), mas pouco sabemos sobre como deveria funcionar nossa vida afetiva e emocional. Estamos presos ainda a conceitos ultrapassados e arcaicos estabelecidos por seres tacanhos, (mas muito expertos) e que somente queriam (e se deixarmos ainda chegam lá), nos enquadrar e manipular dentro de padrões de controle, julgando sermos meros robôs, ou melhor, iguais a um rebanho de mansas ovelhas obedientes ao pastor e aos cachorros, tudo em nome dos títulos e predicados do dono da terra.
Nada deve tirar o foco dos poderosos de seu objetivo principal que é o de submeter a maioria aos seus interesses politicos e de “mercado”.
Isso vale para ricos e pobres, letrados ou não, bonitos ou feios, pessoas de fé ou ateus... Sabemos contar nossos bens materiais mas não sabemos as simples causas que estão por trás do medo de uma pobre barata! Um ser minúsculo e inofensivo que pode ser facilmente eliminado nos embates do dia-a-dia. (Principalmente depois que foi inventado o inseticida)!
E o que fazer para sair deste analfabetismo e ignorância que nos bloqueiam na evolução como seres humanos e espirituais? Não será necessário começar a fazer finalmente uma ponte preciosa entre a razão e o coração?
Para os "Analfabetos emocionais" existem somente dois caminhos:
Oprimir ou ser oprimido!
Mas isso causa danos infinitos, que nos perturbarão por vidas a fio, principalmente nos relacionamentos amorosos, com conflitos ferozes ou submissões vexatórias, com absoluta incapacidade de gerenciar qualquer situação, visto que os preceitos a serem obedecidos são furados e totalmente obsoletos.
Imagine este fato corriqueiro e comum...
Se dá quando, na hora de sair para ir a uma festa ou um evento de lazer, a mulher se produz de forma adequada à sua personalidade e o marido, ao constatar que ela ficou muito mais atraente, a obriga, impondo sua vontade, a se trocar para não sair se parecendo com uma mulher que pertença (no pensamento dele), àquela famosa, milenar e pouco entendida “categoria” de mulheres.
Caso ela não concorde, haverá um embate entre dois opressores, mas se um dos dois porventura ceder, os papeis serão muito claros: opressor(a) x oprimido(a).
O que teria sido bom para o marido em questão?
Expressar sua verdadeira emoção e traduzir tudo que tinha falado para: “Você está muito linda e atraente, minha insegurança é muito grande e se converteu em ciúme impossível de suportar. E está me fazendo mal”.
Não teria sido muito melhor dizer a verdade?
Mas não será que a mulher também está agindo desta maneira por causa da sua ignorância emocional que a obriga a se produzir desta maneira para se sentir “segura” e admirada?
O caminho de salvação passa pelo autoconhecimento, que será o primeiro e fundamental passo. Somos todos seres especiais e únicos, com virtudes e dons que permitem a cada indivíduo um pleno desenvolvimento de sua missão de vida e a manifestação de sua potencialidade.
Passo a passo esta pessoa - já mais consciente das leis da vida - aprende a compreender, aceitar as pessoas como elas são e a confiar nelas e em si própria.
Parece que vale ainda – e muito – o preceito que sempre são os outros que devem mudar, mas ninguem quer mudar a si mesmo...
Durante tantos e tantos anos de atendimento, as principais causas do analfabetismo emocional que constatei tem sido: (Veja aqui o “Pai Nosso” dos analfabetos emocionais)...
A baixa auto-estima.
O compromisso de amar e ser amada intensamente, e até a morte...
O compromisso ou a pena com o sofrimento alheio.
A obediência irrestrita às leis religiosas e às normas da sociedade.
Os conceitos e preconceitos estabelecidos por pessoas de fora.
O compromisso com a imagem estabelecida. (As mascaras).
As feridas da infância.
Sentimentos de culpa.
Orgulho.
A superficialidade, junto de um materialismo exagerado.
A ganância que obriga a massacrar os sentimentos alheios.
A imaturidade (comportamentos infantis).
O mimo por parte de pais superprotetores.
Os complexos de inferioridade.
E, principalmente, a dificuldade de expressar as verdadeiras emoções e sentimentos
Vamos agora passar uma mensagem de esperança, sobretudo aos leitores assíduos deste site, que trata de curar justamente estas feridas e transmutar a sombra em Luz.
Sugerimos este autoperdão, que poderá ser realizado durante uma semana, ao acordar e ao deitar:
"Peço perdão a mim mesma(o) por tudo que a dificuldade de expressar meus sentimentos tem me causado durante esta ou outras vidas, e também me perdôo por tudo que a dificuldade de expressar meus sentimentos me causou e peço perdão a todos aqueles que esta minha dificuldade tem prejudicado.
Neste momento quero tirar a venda que me impede de acessar minha verdadeira natureza emocional, sem mascaras impostas por mim ou por outros e com isso fazer que nos tornemos todos livres.
Estamos todos envoltos pela energia do Amor Incondicional e quero que todas as energias voltem ao lugar de onde se originaram".
Estou enviando a mim e todos que fazem parte de minha vida muito Amor.
Somos todos Um
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Sobre o autor
Eraldo Manfredi é ... O querido colaborador e amigo Eraldo Manfredi nos deixou no dia 16 de agosto 2006, após longa e corajosa luta contra doença.
A contribuição e a dedicação de Eraldo foram de inestimável valor para o stum e para muitos usuários e sua ausência - somente física - deixa em todos nós uma saudade imensa.
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