Perdão sempre...
por Rubia A. Dantés em AutoajudaAtualizado em 08/04/2020 11:35:13
Uma das coisas que mais nos levam a sabotar a nossa felicidade é a culpa.
Se dentro, temos crenças que nos fazem sentir que somos "culpados", criamos situações onde seremos punidos.
Só uma parte bem pequena do que "acreditamos" é consciente, a maior parte é inconsciente, e isso nos leva a ser guiados e a agir como robôs seguindo crenças e memórias equivocadas a maior parte do tempo...
Assim, se eu acredito conscientemente que mereço ter todas as coisas boas na minha vida, se isso não acontece é porque uma crença ou muitas crenças... puxam no sentido contrário, trazendo muito mais daquilo que não queremos do que daquilo que queremos.
Sabotamos nossos planos conscientes de sucesso nas várias áreas das nossas vidas... atraindo, muitas vezes, o oposto daquilo que sonhamos.
Em maior ou menor grau, a culpa faz um trabalho de minar nossos planos, nossos sonhos, ao não permitir que usemos nossas energia e nosso poder pessoal para realizá-los, ao invés disso, gastamos tempo e energia em sofisticados planos de autossabotagem, onde despistamos a nossa parte consciente, para que tudo pareça falta de sorte, coisas do destino etc... Mas, na verdade, nós é que movemos os fios que criam as situações das quais somos vítimas.
E nos acostumamos tanto a repetir histórias, onde somos punidos, que nem nos damos conta que está nas nossas mãos sair desse roteiro...
Outro dia me vi repetindo uma mesma configuração que já havia repetido não sei quantas vezes... e já ia dando o próximo passo, que me levaria a complicar ainda mais o que já estava complicado, quando me lembrei de um encontro com uma "Avó" em uma vivência...
Naquela vivência, eu andava sem parar com os olhos vendados e as mãos amarradas nas costas e o cenário mudava o tempo todo, o que me levava a dar voltas em círculo sem que eu me desse conta disso. Parecia que eu andava para frente... Já desesperada, perguntei a ela como sair daquela situação... ao que ela me respondeu...
É só você parar...
Parei de andar e, de repente, parece que toda uma engrenagem também foi parando. No dia, não entendi bem como fazer isso na prática... mas, logo apareceu a oportunidade na situação em que me vi repetindo uma história e me lembrei das palavras da Avó...
Me lembrei e parei...
Não agi... ou melhor, não reagi. Qualquer ação naquela hora seria só mais uma reação que levaria a situação ao mesmo modelo de tantas outras.
E nesse ato de parar, senti calma, como se tivesse parado uma engrenagem, como vivi naquela experiência, e, daquele ponto já afastada, pude observar de longe toda a situação como se estivesse posta em uma mesa. Ali vi os passos que tomei até chegar àquele ponto e vi os que normalmente tomaria a seguir e onde eles me levariam... a um beco sem saída, onde não poderia fazer mais nada a não ser, mais uma vez, reclamar das coisas que não deram certo...
Entendi que qualquer ação que eu tomasse naquele caso seria guiada por essas crenças e, quando suspendi qualquer ação, parece que um espaço de liberdade se abriu para mim... um espaço onde não precisava fazer nada... só observar as coisas se arranjando por elas mesmas.
Percebi que, na maior parte das vezes, reagimos às situações e nossa reação só torna pior o que já está ruim porque não joga a nosso favor. Imagina que uma parte sua se sente culpada e age para puni-la. Se você entrega o comando a essa parte, ela vai alcançar, mais uma vez, o objetivo de sabotar seus planos para que nada dê certo e com isso puni-la de uma culpa que você nem sabe que tem.
Parei, aceitando que qualquer ação minha ali, sob o jugo das memórias, seria uma reação igual a tantas outras... e desse ponto pude observar como repetia um mesmo padrão... tantas vezes dando os mesmos passos que levavam ao mesmo final... como em uma peça muito bem ensaiada e apresentada com sucesso na minha realidade. Mas... sucesso para as crenças inconscientes, não para mim...
Era incrível como o fato de parar estava fazendo diferença... como atriz principal, recusava-me a continuar com a cena e isso de alguma forma parece que desconcertava todo o elenco que também eram "Eu" só que "Eus" cheios de culpa e de medos do passado.
Naquele curto espaço de tempo, entendi que sem a minha cooperação, as minhas crenças não tinham poder para continuar a encenar suas peças. Com o meu "parar" toda a peça esperava suspensa.
Dei tanto poder aos outros personagens, sem nunca me dar conta que o "Eu presente" é o personagem principal... Só que até agora, esse Eu presente, havia entregado o poder para ser dirigido por crenças e memórias antigas.
Como a maior parte dessa culpa é inconsciente, fica difícil entender porque agimos contra nós mesmos...
Agradeci a Avó pela dica preciosa de "parar" que agora começava a fazer sentido, e entendi mais uma vez que o Perdão é uma chave preciosa para libertar nossas crenças... o autoperdão é uma bênção...
Comecei a fazer um profundo exercício de me perdoar... entre outras coisas, estou fazendo a preciosa Oração do Perdão da Morrnah Nalamaku Simeona, que é muito especial...
Divino Criador, pai, mãe, filho em um.
Se eu, minha família, meus parentes e ancestrais lhe
ofendemos, à sua família, parentes e ancestrais em
pensamentos, palavras, atos e ações do início da nossa criação até o presente, nós pedimos seu perdão.
Deixe isto limpar, purificar, libertar, cortar todas as
recordações, bloqueios, energias e vibrações negativas e transmute estas energias indesejáveis em pura luz.
E assim está feito.