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Um nerd dos anos 80 na Era Digital

por Rodolfo Fonseca em Autoconhecimento
Atualizado em 24/08/2023 08:03:42


Desde a explosão da cultura nerd nas décadas de 80 e 90, muitos foram os que abraçaram com entusiasmo as maravilhas tecnológicas emergentes. Entre esses entusiastas, encontramos pessoas como Alex, um indivíduo de 45 anos que trilhou o caminho do "nerdismo" desde seus primórdios, mas que hoje encontra-se à deriva nas águas agitadas do avanço tecnológico.

Alex, dono de um site com mais de 20 anos, testemunhou a evolução da internet de um simples experimento a uma força global transformadora. Ele viu a ascensão e queda de várias tendências online, mas, ao mesmo tempo, percebe que não conseguiu acompanhar completamente a avalanche de inovações que invadiram o mundo digital.

Apaixonado por ficção científica, computadores e videogames desde criança, Alex foi uma das mentes ávidas que absorveram cada avanço tecnológico da época, desde os primeiros computadores pessoais até os primeiros navegadores da web. No entanto, as demandas da vida adulta e a aceleração constante da tecnologia fizeram com que ele se visse gradualmente desconectado das inovações mais recentes.

Enquanto ele conseguiu manter seu site, uma espécie de relicário virtual de sua jornada nerd, ele não se sente mais em sintonia com a cultura online atual. As redes sociais, que se tornaram a principal forma de interação online, nunca foram seu ponto forte. Alex prefere a profundidade das discussões de fóruns e de ler longos artigos com calma, do que o fluxo constante e fragmentado das atualizações nas redes sociais.

Outro aspecto que desencantou Alex é a invasão do marketing digital em todos os cantos da internet. O que antes era um espaço para a comunicação genuína e o compartilhamento de paixões agora parece saturado por estratégias de vendas agressivas. Ele sente falta da simplicidade e autenticidade dos primórdios da internet, quando a conexão era mais sobre compartilhar conhecimento do que vender produtos.

A onipresença de coaches e de estratégias de network marketing também desanima Alex. Ele não consegue se identificar com esse aspecto comercial e muitas vezes superficial da cultura online atual. Acredita que a internet, que já foi um espaço para a livre troca de ideias, tornou-se excessivamente orientada para o lucro, em detrimento da verdadeira conexão humana.

Em um mundo onde a tecnologia móvel se tornou dominante, Alex se destaca como um avesso à norma. Ele prefere um teclado físico ao toque na tela sensível, e a ideia de navegar por um celular para obter informações é estranha para ele.
Enquanto muitos migraram para o consumo de conteúdo em redes sociais, Alex ainda valoriza a profundidade encontrada nos sites. Ele observa que o formato da informação mudou, com o texto cedendo espaço para vídeos rápidos, enquanto a arte de longas análises e discussões detalhadas parece ter sido deixada para trás.
A prevalência das selfies e da autoexposição constante desperta uma intriga profunda em Alex, mas por razões peculiares. Ele enxerga isso como uma espécie de doença do ego, onde a busca pela prova social de estar presente em um determinado lugar parecem suprimir a autenticidade.

Observando as pessoas ao seu redor, mergulhadas em seus dispositivos, muitas vezes distraídas e distantes da interação humana real, Alex se preocupa com a aparente superficialidade que parece ter envolvido a era digital. Tem medo que possa estar sendo gradualmente afetado por essa mudança de foco, perdendo a imersão mais profunda que ele costumava encontrar nas discussões detalhadas de fóruns e nas páginas densamente informativas de websites.
Enquanto isso, busca conforto em sua própria jornada, tentando preencher as lacunas em sua compreensão das tecnologias modernas.

A história de Alex é um lembrete de que a evolução da tecnologia não é linear, e cada um de nós tem nosso próprio ritmo para acompanhar as mudanças. A nostalgia de seus primeiros dias de nerd é uma lembrança do poder duradouro das paixões pessoais. Enquanto o mundo online continua a girar em ritmo acelerado, Alex encontra sua própria maneira de navegar nessa vasta paisagem digital, tentando manter um equilíbrio entre suas raízes e a busca pelo novo.


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Rodolfo Fonseca é co-fundador do Site Somos Todos UM
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