De sete em sete, uma pausa para agradecer!
por Rosana Braga em Almas GêmeasAtualizado em 08/04/2020 11:35:13
Daqui 5 dias, completo meu sexto setênio. E hoje, nem sei por que, lembrei que tinha escrito ao final de 2007 - sete anos atrás - um artigo chamado "De sete em sete, uma pausa para crisalidar!"*. Felizmente, eu o publiquei. Nele, conto sobre os setênios da minha vida.
O mais mágico é que só agora me dou conta de que aquele tempo fazia todo o sentido do mundo. Mas eu ainda não sabia. Ou pensava não saber! Escrevi lá que estava em plena metamorfose, me preparando para romper o casulo, abrir as asas e voar. Nem sonhava que, de verdade, o melhor estava por vir. E que eu realmente abriria as asas e voaria muito mais alto do que já havia ousado imaginar.
Naquele introspectivo texto, contei o que aconteceu em minha vida aos 7, 14, 21, 28 e o que estava acontecendo aos 35: "Tenho vivenciado este período como se fosse me tornar borboleta. Só que antes de ser borboleta, é preciso ser larva, com toda a feiúra que lhe cabe. Sempre me encantei com a beleza das borboletas, especialmente depois de conhecer o processo pelo qual elas passam até que estejam maduras o bastante para romper a crisálida e se mostrarem tão estonteantemente belas".
Era assim que eu me sentia: feia e prestes a ser bela. No casulo e prestes a voar. Só não sabia como seria. E então rompi a minha crisálida. Em 2008, ano seguinte, conheci meu marido, meu amor Rodrigo Cardoso. E mais 7 anos se passaram. Anos incríveis, inacreditáveis.
Me casei vestida de noiva (o que já nem esperava mais), realizei meu sonho de conhecer Paris (e nem sonhava que seria em lua-de-mel), me mudei para Floripa (a ilha da magia), construímos nossa casa (um processo de cumplicidade acima das expectativas), estou concluindo na próxima semana minha graduação em Psicologia (o que desejei desde que optei pelo Jornalismo em 1991) e muito, muito mais aconteceu.
Amadureci, vivi situações maravilhosas, meu filho Vinícius se tornou um homem de bem, de quem sinto muito orgulho, e ainda ganhei mais dois filhos de presente, Lucas e Nicholas, que também são lindos e estão em plena evolução, cada qual no seu caminho!
Nem sei o que fiz de tão bom para merecer tudo isso. Mas realmente acredito em merecimento. Então, devo ter feito algo não perfeito, mas de coração. De verdade. Com todo o meu bem e todo o meu mal. Autêntico. Algo em que eu realmente acreditava. E quando olho para esse artigo que escrevi, posso ver o meu voo de lá até aqui. De asas coloridas, bem abertas, dando piruetas pelo ar, pousando em flores, sentindo o vento me fazendo subir, subir, voar, voar.
E o que fica é uma profunda gratidão. Gratidão ao meu Deus. Ao Universo e sua sincronicidade. Gratidão aos meus pais e aos meus filhos. A Sâmara Jorge, a Heloísa Capelas, aos meus queridos amigos, ao Sérgio Scabia, ao Rodolfo e ao STUM. A você, meu leitor, minha leitora, porque foi por vocês que escrevi o prenúncio da minha própria história. Gratidão ao fim do sexto e início do sétimo setênio de minha existência. Gratidão a vida e ao amor.
E se posso te deixar um presente, ele é: seja larva e crisalide quantas vezes forem necessárias. Mas jamais, em hipótese alguma, deixe de romper o casulo, abrir suas asas e voar. Porque é disso que somos feitos - de voos panorâmicos sobre quem fomos, quem somos e quem podemos nos tornar!
Dedico este setênio de minha vida a você, Rodrigo Cardoso. E sou grata por todo o amor que você me permitiu experimentar.
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Se você quiser ler o artigo de 7 anos atrás (25/11/07), basta acessar abaixo.
