Não há abandono sem consequências!
por Rosana Braga em Almas GêmeasAtualizado em 08/04/2020 11:35:14
Você já ficou doente? Já perdeu um emprego? Já ficou sem dinheiro? Já desfez uma amizade importante? Já brigou feio com alguém da sua família? Já perdeu um amor? Pode apostar que a razão mais relevante para qualquer um desses acontecimentos é uma só: abandono!
Sim, muitas vezes a gente sofre por medo de sofrer. E pra tentar não sofrer, como se esta fosse a opção mais inteligente, abandonamos o que mais desejamos. Maluquice isso, não é? Pois é, mas é assim que a gente funciona muitas vezes: abrindo mão do que mais queremos só para não ter de lidar com a possibilidade de perder um dia.
Mas não é só isso! Tem muita gente que abre mão sem perceber. Acha que tá cuidando, mas não está! Acha que faz o suficiente, mas não faz. Nesse caso, o abandono vai acontecendo aos poucos, dia após dia. É como se determinada área de nossas vidas fosse ficando anêmica, fraca, sem cor, sem brilho.
O problema é que a gente vive acreditando que está muito ocupada, trabalhando muito ou se importando demais com o que, no final das contas, não tem tanta importância. Daí, quando vai ver, pronto! O que realmente tinha importância adoeceu, perdeu-se, desandou.
Quer saber? Coisa pra fazer todo mundo tem. Responsabilidades e desafios fazem parte da vida. Trabalho não acaba, nem o de casa e nem o da empresa. Agora, se isso for desculpa pra você negligenciar sua saúde, suas finanças, seus amigos, sua família e o seu amor, então, vai ter de arcar com as consequências!
E quero dar uma atenção maior ao amor. Sim, porque ele é subjetivo. Dá sinais de que não vai bem, mas tem muita gente que não percebe. Aliás, tem muita gente que camufla os sinais, que maquia os sintomas. Que nem se dá conta do que está sentindo e por que está sentindo.
Vai ficando distante, calado, irritado, sem vontade. Ou vai ficando mais e mais no trabalho. Mais e mais com os amigos. Mais e mais desconectado da pessoa amada. E as brigas e desentendimentos aumentam. E o ciclo vicioso e destrutivo se fortalece: mais distância, menos vontade, mais irritação e insatisfação.
Não abandone seu relacionamento. Ele precisa de atenção, foco, dedicação. Ele precisa ser nutrido. Assim como você alimenta seu corpo todos os dias, toma banho e escova os dentes, o amor também precisa de cuidados diários. Podem ser pequenos, talvez você precise de menos de uma hora por dia. Mas que seja por inteiro, com intenção. Que seja de propósito.
E se você tem uma agenda, onde anota reuniões, cursos, médico, dentista, supermercado, escola dos filhos, futebol com os amigos, happy hour com o pessoal do trabalho, não se esqueça de anotar também o dia e a hora do jantar com seu amor, do filminho no sofá, do cinema, da viagem, da conversa.
A vida pode ser intensa e profunda. Mas na sua essência, ela é fugaz. Passa como um sopro. Se você não escolher, dia a dia, conscientemente, o que quer nutrir, esteja certo de que vai abandonar primeiro o que lhe parece mais seguro, que é o amor. Mas isso é uma imensa e perigosa armadilha. O amor não é seguro e, sim, vivo. E como qualquer coisa viva, precisa de cuidados para crescer saudável e íntegro. Pra fazer valer a pena!
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