Quando você vai começar a falar?
por Rosana Braga em Almas GêmeasAtualizado em 08/04/2020 11:35:27
Já cansei de dizer que a grande maioria dos relacionamentos não acaba por falta de amor e sim por falta de comunicação ou por comunicação distorcida. Parece inacreditável, mas muita gente não sabe conversar. Não sabe dialogar. Não sabe praticar o indispensável exercício de falar e ouvir.
Desastrosamente assim: os casais vão empurrando a vida, negligenciando a relação, engolindo sapos, disfarçando sentimentos, ignorando desejos e tapando os ouvidos para a intuição. Vão deixando o tempo passar, adiando escolhas e deixando o que realmente importa para depois.
E daí, quando se dão conta, a bagunça está posta e generalizada. A vida está um caos. Os sentimentos variam entre confusão, frustração, tristeza, solidão e, muitas vezes, uma raiva que não se sabe bem de que ou de quem.
Claro! Você não fala! Por que não fala? Quando vai começar a falar, a se posicionar, a ocupar o seu lugar nas relação com palavras, escolhas, decisões, propostas e negociações? Quando vai começar a ser honesta consigo mesma e a dar espaço para quem você é e para o que carrega dentro de si?
Sim, eu entendo. Falar dá medo. Medo do outro não gostar. Medo do outro ir embora. Medo de não ser aceita e amada. Mas a grande verdade é que quando você não fala e vai aceitando uma situação que te machuca ou desagrada, você está afastando o outro de qualquer modo. E o relacionamento vai perdendo o sentido.
Quando uma pessoa não expressa o que sente e o que pensa com clareza e honestidade, fica impossível construir tudo o que mais se deseja no amor: confiança, cumplicidade, compromisso e companheirismo.
Tudo o que é construído sem que haja clareza entre as pessoas envolvidas, se torna frágil demais. E todos sentem essa fragilidade. Por isso, tantas pessoas se sentem tão inseguras e ansiosas em seus relacionamentos. Porque falta constelar as intenções.
Pare de ter tanto medo de se expor. Pare de tentar maquiar seus sentimentos. Toda vez que você se sentir irritada com o outro, pergunte-se: o que eu realmente estou sentindo? Do que estou realmente com medo?
Uma outra pergunta poderosa é: se eu não tivesse medo nenhum de perder essa pessoa, mas com todo o meu amor e com toda a minha verdade, o que eu diria a ela? Como eu falaria? E seja o mais simples e direta possível!
Fale como se falasse sozinha, consigo mesma. Fale como se falasse com sua melhor amiga, com uma terapeuta, com Deus, enfim, com alguém em quem você confia completamente. Mas comece a falar o quanto antes. Sobre o que incomoda e sobre o que te faz feliz. Sobre o que é bom e sobre o que não é tão bom. Sobre o que você quer e sente. Isso é você! E você precisa estar nesta relação para que ela seja de verdade!
Porque não se trata do que o outro vai fazer com tudo isso. Trata-se, sobretudo, do quanto você consegue estar e ser inteira naquilo que vive. Trata-se, acredite em mim, de fazer tudo isso valer a pena ou de desperdiçar a chance sagrada de existir, de ser e de amar!
Portanto, minha cara pessoa, se tem algo que está fervendo em sua mente, em sua alma e em seu coração, constele em palavras. Fale. Converse. Pergunte. Ouça. Reflita. Fale de novo. Quantas vezes forem necessárias. Mas comece a mostrar quem você é de uma vez por todas!
Porque só assim a engrenagem das relações pode girar com autenticidade e integridade!
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