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Quem está dentro quer sair... e quem está fora, quer entrar!

por Rosana Braga em Almas Gêmeas
Atualizado em 04/02/2005 12:39:06


Já ouviu esta expressão? Já teve esta sensação?
Pois bem. Tenho certeza de que existem muitas pessoas apaixonadas, amando e felizes em seus relacionamentos amorosos neste momento. E que bom!
No entanto, sei também que existem muitas outras que andam se sentindo como “peixes fora d’água” quando o assunto é relacionamento, amor... Têm a impressão de que o mundo está de cabeça para baixo, que a maioria das pessoas não quer compromisso ou não acredita mais nisto; até elas próprias, muitas vezes, não acreditam.

Existem ainda as pessoas que estão sós e felizes. Convictas de que a vida de solteiro é uma escolha e tanto, já que se sentem bem e cheias de vantagens pra colecionar, se levarem em conta algumas queixas de quem está comprometido.
Porém, de maneira bem contraditória, parece que aquele desejo de encontrar um parceiro legal, com quem se possa compartilhar a vida – com todas as suas alegrias e dores – continua pulsando em cada coração solteiro, ainda que seja em absoluto segredo.
Posso apostar que, no fundo, todo mundo quer encontrar alguém que lhe seja especial, que lhe faça sentir mais prazer ao acordar e ao dormir, simplesmente por se saberem juntos e cúmplices.

Tenho refletido muito sobre as opções extremas: “ser solteiro” ou “ser casado”. Para ser mais unânime, trocaria estas expressões por “ser sozinho” ou “ser comprometido”, assim posso incluir todas as formas de relacionamento.
Aqui, vale ressaltar que “ser sozinho” é poder estar com quem quiser, a qualquer momento, sem ter de dar satisfação a ninguém. E “ser comprometido” é estar ao lado de alguém, sob qualquer título, disposto a compartilhar suas verdades e sentimentos, incluindo a tão polêmica e ainda esperada fidelidade, de acordo com o que seja isso para cada casal.
E termino acreditando que começa aí toda a confusão em que vivem tantas pessoas neste momento da história da humanidade: fazer uma escolha. O que você quer ser? Bom seria se pudéssemos ficar com o que há de bom em cada opção. Mas não podemos.
Há algumas poucas décadas, “ser comprometido” era conseqüência de uma certa idade, de um certo status social, de uma certa condição financeira, de uma certa estrutura familiar. Enfim, “ser comprometido” era isso: praticamente uma condição, sobre a qual não se tinha escolha, porque fazia parte das fases da vida de qualquer pessoa (ou pelo menos da grande maioria).

Hoje não! Agora, podemos escolher. Podemos perfeitamente “ser sozinhos”, se por esta condição optarmos. Mas aí está – o que me parece – uma grande armadilha. Sim, realmente existem inúmeras vantagens em “ser sozinho”. Tudo aquilo que é tido como “ruim” na condição de “comprometido” passa a ser “maravilhoso” na condição de “sozinho”.

Estar em qualquer lugar, a qualquer hora, com qualquer pessoa. Estar só quando assim se quer. Estar com os amigos, quando for conveniente. Viajar, ficar, ir ou não ir. Tudo é possível. Tudo pode, cada qual dentro de seu padrão de vida.
Entretanto, tem algo que não muda nunca: o desejo de amar e ser amado. E o amor é possível “sozinho” somente até certo ponto. Depois, quando chega o desejo de compartilhar, é preciso comprometer-se.

Certamente, há quem dirá que para compartilhar não é preciso ter compromisso, mas posso apostar que isso é pura ilusão. A troca exige compromisso, confiança, respeito, admiração, dedicação, constância, sinceridade, profundidade, tempo... Não dá para compartilhar de forma satisfatória e construtiva por apenas uma noite, um encontro, um beijo, uma transa. É preciso mais... é preciso comprometer-se.
E aí vem o questionamento: por que eu abandonaria minha condição de “sozinho” com todas as vantagens que ela me dá, para abraçar a condição de ser “comprometido”?!? Difícil escolha...

Mas uma escolha, especialmente entre duas opções com tantas vantagens e algumas desvantagens consideráveis, nunca é fácil. E somente cada um pode fazer a sua! Agora, é essencial ponderar – você realmente sabe o que quer ou está perdido entre tantas ofertas recheadas de ilusões passageiras e que servem apenas para tentar enganar seu coração?

Para saber a resposta, fique atento ao que escutar, vindo de dentro de você mesmo, naquela hora especial em que você deita a cabeça no seu travesseiro e apaga a luz do seu quarto.
Neste momento, é só você e o Universo, e não há como fugir ou se deixar enganar...


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Rosana Braga é Especialista em Relacionamento e Autoestima, Autora de 9 livros sobre o tema. Psicóloga e Coach. Busca através de seus artigos, ajudar pessoas a se sentirem verdadeiramente mais seguras e atraentes, além de mostrar que é possível viver relacionamentos maduros, saudáveis e prazerosos.
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