Reviva o amor. Viva os reencontros!
por Rosana Braga em Almas GêmeasAtualizado em 16/07/2004 11:36:16
A força de uma “Paixão Antiga” já foi cantada por Tim Maia com esta letra de Marcos e Paulo Sérgio Valle:
“Paixão antiga sempre mexe com a gente é tão difícil esquecer
Basta um encontro por acaso e pronto começa tudo outra vez
E vendo você o coração parece que vai saltar
Pelo meu corpo, saudade em todo lugar”.
Nos últimos dias, soube de várias histórias de reencontros, depois de 5, 10 e até 25 anos... Os protagonistas de ‘re-amores’ assim ficam estarrecidos, ainda mais apaixonados e crentes de que foram feitos um para o outro. Realmente, há algo de mágico nos reencontros, na revivescência do amor. Há algo tal qual maktub, como se nada pudesse fazer com que o destino não se cumprisse.
Quase uma poesia. Sinto-me tentada a transformar este texto num poema cadente, escorrido da essência de tais histórias, tais ‘reacendimentos’ de afetos. Quero dedicá-lo a quem se entrega, a quem se permite, a quem - mesmo morrendo de medo - não deixa que os anos lhes tirem a capacidade de acreditar que amor não tem idade, não tem tempo, não tem distância. Acontece a despeito das marcas no corpo, das dores ressequidas, das desilusões que até poderiam ter amargurado todo o resto de suas vidas... mas não, porque se souberam interminavelmente amantes.
Quero falar de ressurreição cor-de-rosa, de fazer acordar almas adormecidas pelo preconceito de que a idade desabilita um coração, seja de homem, seja de mulher. Quero fazer um tributo ao recomeço, à chance que cada um pode se dar de tentar novamente, de reencontrar-se, seja com uma paixão antiga, seja consigo mesmo, tão velho conhecido, tão displicentemente abandonado.
Porque nada pode doer mais do que a descrença na paixão. Nada pode enrugar tanto uma pessoa, com alma e tudo, do que a sua desistência de amar. Sei que, muitas vezes, os anos podem abafar os desejos, encobrir os sonhos, transformar as prioridades.
Entretanto, da mesma forma, sei que o “amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente”, quase convencendo a quem olha de fora de que já não existe mais em determinados corações. Em alguns casos, parece-nos até que nunca existiu. Mas isso não é de fato uma verdade! Continua ardendo, continua pulsando, continua doendo.
“Basta um encontro por acaso e pronto, começa tudo outra vez!”.
Deixe-se recomeçar. Provoque um encontro por acaso. Reencontre-se numa praça em que você não vai há tantos anos... Reapaixone-se por si mesmo. Vista aquele velho tailler de bolinhas, aquele terno quase desbotado, de tanto tempo que não sai do armário. Arrisque um batom mais escuro, uma gravata mais ousada, um sapato mais colorido, uma loção pós-barba diferente... ou a mesma de sempre. Arrisque. Apenas arrisque e deixe o amor ressurgir numa antiga sensação de felicidade...
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