Saiba por que seus relacionamentos não dão certo!
por Rosana Braga em Almas GêmeasAtualizado em 08/04/2020 11:35:25
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"_ Estive pensando na minha vida e na grande confusão que têm sido os meus relacionamentos enquanto vinha para cá e me lembrei de uma propaganda que fala que as pessoas não são elas mesmas quando estão com fome. Que perdem seu senso crítico para escolher o melhor, mudam de humor e exageram suas reações... - e contou para Samantha sobre sua analogia.
_ Faz muito sentido - riu ela. _ Mas me conta mais sobre por que comparou estar com fome com estar apaixonada.
_ Ah, eu não sei explicar por que mudo tanto quando me descubro interessada por alguém. Parece que fico burra, cega, sem condições de avaliar o que realmente quero diante do que realmente está acontecendo, sabe? É isso! Sinto que fico muito diferente quando me apaixono. Perco a razão, fico muito ansiosa, insegura, com medo de fazer ou dizer algo que vai estragar tudo... Enfim, um saco!
_ Então, você não gosta de se apaixonar?
_ Adoro! É uma delícia! Quando me sinto correspondida, quando o cara diz o que eu quero ouvir, quando me dá atenção, liga na hora combinada e não desaparece, é tudo maravilhoso! Mas quando algo sai do controle, quando acho que ele pode estar se desinteressando, aí acorda um monstro dentro de mim - gargalhou Bárbara ao imaginar saindo de dentro dela um bicho grande, peludo e cheio de dentes.
_ Na verdade, querida, paixão é mesmo uma espécie de fome. Não é fome de comida, mas é fome de afeto, de aproximação, de desejo. Então, até certo ponto é natural a gente se sentir diferente, mexida, com as emoções intensificadas, à flor da pele. O corpo reage e vários hormônios são desencadeados, principalmente o do prazer. É por isso que tantas pessoas são viciadas em paixão.
_ Não! Você não está entendendo! Não pode ser normal o jeito que eu fico! Eu estrago tudo!
_ Pois é... aí é que está a questão! A fome é natural. Mas fome demais gera desequilíbrio, desespero, desnutrição. E me parece, até por tudo o que vem contando sobre sua relação com o Pedro e alguns outros que teve, que mais do que fome, o que você tem vivido é uma falta sistemática, o que tem causado em você uma espécie de buraco interno. Se fosse falta de comida, diria que você está desnutrida. Mas como é de autoestima, de afeto por si mesma, diria que você está carente do famoso e tão importante amor-próprio. E isso faz com que você pense, sinta e aja de um modo completamente desajustado e fora de sintonia com a sua verdade.
_ Mas como posso resolver isso se os homens são tão inconstantes? Se falam uma coisa e fazem outra? Se só querem sexo e simplesmente desaparecem quando a gente pergunta qualquer coisa sobre futuro ou compromisso? - rosnou Bárbara.
_ Todos os homens são assim?
_ Se não todos, a grande maioria, né? E os que assumem compromisso, como o Pedro, por exemplo, olha a cagada que dá!
_ Será? Você está me assegurando, então, que dos cerca de três bilhões de homens que existem no planeta, praticamente todos são mentirosos, não querem compromisso e são pessoas que realmente não valem a pena e com quem não é possível ter um relacionamento bacana? Não estou falando sobre uma relação perfeita - porque isso não existe - mas criativa, profunda, verdadeira?
Bárbara ficou surpresa com a questão colocada daquela forma. Percebeu que nunca tinha ampliado aquele cenário. Nunca tinha olhado "de fora do seu mundinho", de um jeito mais sensato e até muito mais justo, não só com os homens, mas com ela mesma.
_ Bem, pensando assim... Minhas crenças sobre os homens devem mesmo estar desatualizadas e limitadas.
_ Com certeza, Bárbara - afirmou Samantha. _ E se você quer mesmo viver novas histórias, fazer diferente, é você quem precisa mudar, antes de esperar que os homens mudem. A sua energia e o jeito como você enxerga as relações e, principalmente, a si mesma influenciam de modo determinante quem você atrai, com quem você se envolve e, sobretudo, com quem decide ficar ou não. Escolhas, lembra? Consciência!
_ Sim, faz todo sentido! - Bárbara sentiu como se várias fichas tivessem caído de uma só vez. Uma clareza que aliviava sua alma e trazia consigo uma perspectiva de possibilidades completamente diferentes, novas, muito mais fluidas.
Ficou em silêncio por alguns segundos, tentando internalizar aquela percepção que parecia ser o grande segredo para se dar bem no amor. Até que suspirou e recomeçou:
_ Mas ainda acho que, quando me apaixonar, talvez não consiga ter essa clareza toda e caia novamente na mesma armadilha de sempre! (...)"
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