Você também esconde um segredo até da sua melhor amiga?
por Rosana Braga em Almas GêmeasAtualizado em 08/04/2020 11:35:25
Bárbara, a personagem principal do meu romance (OUTONO NA GRÉCIA) guarda um segredo que envolve a amiga de infância. Tem medo de contar e não ser perdoada, mas também está constrangida e se sentindo uma traidora por não contar.
Quantas vezes a gente não sabe se deve falar sobre um assunto delicado com quem amamos? Quantas vezes amargamos uma angustia dolorosa e uma ansiedade inquietante por não sabermos qual a melhor decisão a tomar?
O que Bárbara tem a dizer é realmente polêmico e, para muitos, grave. Abaixo, segue um trecho do livro para você!
"Imersa nessas lembranças da infância, Bárbara chegou em casa apreensiva. Pegou o telefone e procurou pelo número de Vitória. Durante alguns segundos, ficou olhando e sofrendo, ao que sua voz interior ordenou:
"Vai, Bárbara, liga! Você precisa fazer isso!"
_ Oi, Nanaaaa! Nossa! Que alegria receber sua ligação! Já estava ficando preocupada! Você sumiu. Liguei algumas vezes e você não atendeu e nem me retornou! Está tudo bem? - Vitória perguntou!
"Como era bom ser chamada de Nana" - pensou. Era o apelido carinhoso que Vitória deu a ela quando, certa vez, resolveram fingir que eram irmãs, numa festa junina na escola de Vitória. Passou grande parte de sua infância pedindo uma irmã para os pais, mas a cada nova gravidez, chegava mais um menino. Ela tinha três irmãos mais novos, então resolveu seu problema com a amiguinha Bárbara.
_ Oi Vic! Que saudades! Está tudo indo. comecei a fazer terapia, ando trabalhando bastante, para variar. Enfim, sem grandes novidades. E você? Como anda a vida? - despistou Bárbara, tentando não ter de explicar o evitamento.
_ Mas você está brava comigo? Fiz alguma coisa que te chateou?
_ Não! De jeito nenhum! É só a correria mesmo. Mas vamos marcar um jantar para colocarmos as fofocas em dia, falar da vida, quero saber de você! Como estão as crianças, o Claudio?
_ Estão todos bem, na medida do possível. Você sabe, né, amiga, a doideira de sempre. Mudei de turno no hospital, Felipe não vai muito bem na escola e a Mariana sempre cobrando minha atenção. Eu me desdobro para dar conta de tudo, mas nem sempre consigo.
_ Imagino, Vic. É muita coisa mesmo. Eu já estaria completamente doida no seu lugar. Admiro sua capacidade de lidar com essa rotina intensa. Mãe, esposa, profissional, filha, neta, sobrinha, madrinha. Você tem sido o eixo da sua família, né?
_ Nem me fale, Nana! Acho que terminei ocupando o vazio gigantesco que meu pai deixou depois que se foi. Ele era o centro, a alegria da casa, quem estava sempre socorrendo todo mundo, ajudando, juntando. Sinto tanta falta dele! Você lembra como ele era, né?
Claro que se lembrava. Sentiu um frio percorrer sua espinha e imediatamente o coração disparou.
_ Sim, ele realmente era incrível! - falou sem pensar e logo depois se arrependeu.
_ Pois é, ele amava você! Estava sempre inventando algum passeio diferente ou alguma de suas aventuras para fazermos nós três juntos! - relembrou Vitória, com notável alegria. _ Tinha o dia dos meninos e o dia das meninas, lembra?
Bárbara definitivamente não queria falar sobre isso. Sem contar que, se fosse para revivescer as memórias do passado, preferia que fosse pessoalmente."
>> Para adquirir o seu exemplar, entre em contato com [email protected]