Amar é realmente muito, muito difícil!
por Rosana Braga em Almas GêmeasAtualizado em 24/02/2003 10:55:33
Tenho notado que a maioria das pessoas estão em busca de uma resposta: o que fazer quando o amor começa a estremecer e a relação vai ficando ruim, cheia de desentendimentos, brigas e dores?
O que fazer? Creio que esta seja, de verdade, uma ótima pergunta! Principalmente porque as ótimas perguntas são as mais difíceis de serem respondidas! O que fazer?
Encontrar a resposta é um desafio pessoal. Ou seja, a minha resposta serve somente para mim e cada um terá de encontrar a sua. Mas, em último caso, podemos trocar algumas dicas de como fazer isso ou, pelo menos, de porque temos de fazer alguma coisa...
Amar não é fácil para ninguém e quanto mais nos propomos a persistir, a mergulhar mais fundo numa relação e a tentar superar as dificuldades que vão surgindo com o tempo, mais difícil parece se tornar...
O amor é como um labirinto, cheio de opções. Quanto mais escolhemos, parece que mais perdidos ficamos e quanto mais caminhamos, mais confusos nos encontramos... É por isso que posso compreender o grande número de desistentes. Amar é tarefa para os corajosos, para os fortes!
Conquistar uma pessoa é simples. Algumas pessoas têm dificuldade porque sentem tanto medo do que vem depois que, sem perceber, já criaram “armadilhas” internas para se auto-sabotarem e nem começarem um relacionamento.
Difícil é manter uma pessoa. Difícil mesmo é continuar conquistando, continuar investindo e acreditando que pode dar certo! Difícil é, sobretudo, não mandar tudo “às favas” (para ser bem-educada) e partir para outra...
Porque você há de convir comigo que a ilusão de que desistir do que está ruim para apostar no que parece que vai ser bom é bastante atraente. Deixar-nos levar pela idéia de que a outra pessoa é a responsável pelo fracasso do relacionamento é bem mais cômodo do que assumirmos nossa participação, nossa desastrosa atuação.
E se quer saber, é justamente para isso que serve o amor! Amar pai e mãe pode ser um “saco” muitas vezes, mas é bastante aceitável! Amar os filhos pode nos render muito trabalho, mas no final das contas a natureza faz com que seja fácil! Amar os amigos é confortável, afinal de contas, recompensas não faltam!
Mas, convenhamos, amar alguém que entra em nossas vidas quando já vivemos uns bons anos e que, em princípio, não sabe nada a nosso respeito e nem nós a respeito dela parece coisa de maluco, não é?!
E pior ainda quando essa pessoa passa a aflorar em nós sentimentos tão difíceis de lidar, como raiva, ciúme, insegurança, medo, tristeza e até uma certa impotência... Aí então nos perguntamos: quem essa pessoa pensa que é? Que direito ela tem de “invadir” a minha vida e me causar tanto sofrimento? Por que eu deveria perdoá-la e continuar tentando? Por que eu não desistiria?
E eu responderia: porque é nesta relação, neste vínculo que estabelecemos em nome do amor, e com essa pessoa que atraímos e escolhemos que está o nosso passaporte para a evolução, para o autoconhecimento, para a cura de nossas doenças mais profundas e invisíveis...
É para isso que nos foi dado o dom de amar: para que possamos enxergar a nós mesmos através das atitudes do outro, através das imperfeições do outro.
Homens e mulheres se amam para se salvarem, tanto a si mesmos como ao outro! Todos nós precisamos ser salvos e, para tanto, temos de pagar o preço. Por isso, também fomos agraciados com outros dons como a tolerância, a compaixão, o perdão, a capacidade de superação e, especialmente, a humildade... para que pudéssemos reconhecer o quanto temos a aprender com o outro!