Às vezes, o amor precisa de um tempo!
por Rosana Braga em Almas GêmeasAtualizado em 27/01/2003 10:51:43
Todos nós, em algum momento de nossas vidas, nos sentimos sufocados, confusos e sem saber exatamente o que fazer. Por mais que pensemos sobre o que estamos sentindo e busquemos soluções para nossas dúvidas, parece que a resposta certa não surge, não vem...
Com o amor, ou seja, as relações afetivas, essa situação também pode acontecer. Aliás, é muito comum e até compreensível que isso aconteça. Afinal de contas, as relações existem a partir das pessoas, e as pessoas se sentem inseguras e perdidas no que se refere ao afeto, à confiança, ao perdão e tantos outros sentimentos que fazem parte da vida a dois...
Podemos, a partir de então, optar entre dois caminhos. Ou insistimos, continuamos “martelando” no mesmo ponto, “cutucando” as mesmas feridas e, assim, provavelmente nos sentindo cada vez mais frustrados... Ou, enfim, relaxamos e damos um tempo para o amor!
No entanto, entre uma opção e outra existe uma sutileza que precisa ser observada. Isso significa que não devemos nem insistir demais, esgotando a paciência e o desejo de transcender o “problema”, nem relaxar ao ponto de fingir que nada está acontecendo e que nada mais precisa ser feito ou dito...
O equilíbrio está em observar, em manter-se consciente, mas respeitar o ritmo da vida. Significa baixar a ansiedade e compreender que as situações desagradáveis e incômodas surgem nas relações de amor para que aprendamos algo com elas e não para que nos torturemos por causa delas.
Muitas vezes, as respostas estão no silêncio, e é preciso aquietar a mente, apaziguar os ânimos e sentir o coração para ouvir esse silêncio especial; isto é, o silêncio que responde, que nos permite relaxar e deixar que a vida simplesmente seja...
A maioria de nós sente dificuldade para aceitar e acolher as situações como elas são exatamente por causa da dor que essas situações trazem. Ciúme, insegurança, raiva, medo, inveja, vingança, sensação de rejeição, de abandono ou de não-reconhecimento são alguns dos sentimentos causadores da dor. E tentamos evitá-la a qualquer custo.
Mas se conseguirmos compreender que a dor é uma grande mestra e, sobretudo, que a dor passa, talvez possamos acolhê-la e aprender com ela! Talvez possamos dar um tempo à nós mesmos sem acreditar que isso significa que está tudo acabado.
Gosto sempre de pensar na lagarta que se recolhe num casulo escuro e feio para, depois de amadurecida e pronta, romper sua casca e ressurgir bela, radiante e encantadora, como borboleta! Gosto de pensar que a dor nos faz sentir como se fôssemos lagartas, presas numa condição aparentemente terrível...
Então, podemos rejeitar essa situação e romper com ela, mas não estaremos prontos e nos mostraremos feios e desajeitados. Mas se aceitarmos nosso processo de amadurecimento, poderemos superar essa fase para ressurgirmos numa condição visivelmente superior!
Sugiro que você comece a observar os momentos em que entra num casulo. Permaneça atento e alerta. E, assim, procure aguardar até que esteja pronto e forte para romper seus limites e superar a dor com muito mais condições de tomar a decisão certa. A relação de amor agradece!