Orgulho, indiferença e outros venenos para o amor!
por Rosana Braga em Almas GêmeasAtualizado em 07/03/2024 12:17:32
Vocês discutem e você se recusa a dar o braço a torcer? Nunca pede desculpas primeiro? Estão sem se falar há dias e você faz questão de fingir que não está nem aí? Não demonstra o que sente, especialmente quando o sentimento é tristeza e dor?
Então, é provável que você seja uma daquelas pessoas mais conhecidas como orgulhosas e frias. E talvez até considere esses adjetivos e suas características como positivas. Talvez, inclusive, acredite que é exatamente esse seu jeito que torna você uma pessoa mais forte e mais protegida contra o sofrimento e as mazelas do amor.
Bem, mas sou obrigada a te dizer que isso é uma enorme e perigosa ilusão. Que, na verdade, pessoas orgulhosas nada mais são do que pessoas frágeis, inseguras e extremamente sensíveis, mas que se vestiram com uma grossa armadura e usam máscaras de indiferentes e inatingíveis.
Veja bem: não são más! Aliás, não é de maldade ou bondade que estou falando. Estou falando de gente que morre de medo de sofrer, quando não sabe o que fazer com o desespero que sentem só de pensar que podem ser abandonadas ou trocadas.
Estou falando de gente que tem a sensação de que, se se mostrarem, se mostrarem o que sentem, o que realmente sentem (tristeza e medo) vão desmoronar, desmanchar e perder completamente o controle de si mesmas.
Mas tenho uma ótima notícia! Relaxa, porque isso não vai acontecer! Não é verdade que quem mostra seus sentimentos é fraco! Muito pelo contrário! Mostrar o que a gente sente é altamente libertador! Falar, quebrar o gelo, ser o primeiro a pedir desculpas e sugerir uma conversa amigável para solucionar qualquer desentendimento são decisões que nos deixam absurdamente mais leves e de bem com a gente mesma.
Claro que isso é bem diferente de concordar sempre com o que outro diz ou assumir um erro que você não cometeu - ou pelo menos não acredita que tenha cometido. Pedir desculpas, se você continua convicto do que disse ou fez, refere-se ao exagero da briga ou a alguma ofensa na hora da raiva.
No final das contas, o que vai te fazer feliz mesmo, de verdade, é o fato de conseguir se relacionar como gente grande, gente madura, gente que tá interessada em felicidade e crescimento e não em picuinhas, joguinhos e venenos que só tendem a matar qualquer possibilidade de amor!
É este o exercício que vale a pena: o da individualidade, o da dignidade de se deixar ser quem você é! Não se trata de se mostrar inatingível, mas de estar na vida, disponível para o melhor que você pode se tornar. Trata-se, sobretudo, de querer amar cada vez mais profunda, intensa e gostosamente!