A estrela de cinco pontas
por Graziella Marraccini em AstrologiaAtualizado em 20/03/2009 16:07:24
Por que a Astrologia associa o planeta Vênus à simbologia do amor e da beleza?
A Astrologia é principalmente baseada nos mitos, ou seja, nos arquétipos da Mitologia Grega. Os nomes dos planetas são associados, então, a um tipo de ‘deus’ que na cosmologia grega tinha uma determinada expressão caracterológica. Por essa razão, quando pensamos em Vênus, pensamos na deusa da beleza e do amor. Apesar de Vênus não ter somente essa atribuição, até mesmo porque existem muitas manifestações do universo feminino representado por essa deusa, podemos considerar que a atribuição dada pela astrologia tradicional ainda é considerada correta.
Alexander Rupert (astrólogo alemão, nascido em Stuttgart, em 23 de maio de 1913) indica que os ciclos de Vênus são associados à experiência da individualidade e são importantes no processo de conhecimento interior e do amadurecimento emocional. Interessantes trabalhos publicados por astrólogos renomados indicam que haveria principalmente duas expressões de Vênus (seria a tão falada dualidade feminina?), ou seja, uma Vênus passiva e outra ativa, uma Vênus da beleza e uma da guerra! Os antigos astrólogos da Babilônia indicavam que quando Vênus era uma estrela matutina, surgia no horizonte antes do nascer do Sol, devia ser considerada uma deusa guerreira. Em contrapartida, quando aparecesse no final do dia, (ou Vênus vespertina), ela teria as qualidades de uma deusa feminina do Amor. O nome grego atribuído a esta Vênus matutina seria Phosphoros, que significa Luz, ou seja, Lúcifer em latim. A Kabala diz que cada sefira tem uma metade feminina ou receptiva (em relação à sefira superior) e uma metade masculina, ou seja ativa, em relação à sefira inferior. Assim, essa manifestação, seja passiva que ativa, se aplicaria a qualquer planeta e também a Vênus, consequentemente.
Vênus, ao aparecer no céu, durante sua órbita de 224 dias e 3/4, desenha no céu ao longo de um período de nove anos uma estrela perfeita de cinco pontas. Cada ponta da estrela leva um ano e oito meses para ser tocada novamente. Segundo Pitágoras, o Pentagrama (de penta = cinco) era considerado o símbolo da perfeição. Desta forma, quando o pentagrama se fecha no momento em que Vênus se junta ao Sol na aurora, estaria se delineando no céu um momento de perfeição divina, de renascimento e de iniciação, simbolizando a perfeição da humanidade criada por Deus. Ao surgir de manhã, Vênus, que ficou invisível no céu durante nove meses, renasce e faz renascer em nós a esperança e a fé, difundindo um sentimento de amor. Os astrólogos astecas diziam que esta manifestação era o Guerreiro Espiritual “Quetzalcoatl”, que voltava da batalha do mundo da Xibalba, onde havia enfrentado os Senhores da Noite e da Morte.
Na manhã do dia 28 de março próximo, Vênus faz sua aparição matutina, e é, portanto, a Vênus guerreira, também associada à deusa Isthar dos povos da Babilônia, que era uma Deusa Lunar. Aliás, essa conjunção Vênus/Sol acontecerá logo depois da Lua Nova do dia 26 e ainda sob sua influência. Lua nova em Áries, conjunção Sol e Vênus em Áries. Sendo ela a chamada Estrela Matutina (como é também lembrada nas ladainhas à Nossa Senhora do universo católico) estaria consequentemente nos mostrando que para enfrentarmos de forma ativa este período de lutas e de enfrentamentos, que nos espera neste momento, devemos usar a força feminina de maneira ativa.
Sim, as mulheres podem ser guerreiras, podem pegar em armas, podem levantar a voz, como o fazem quando querem defender sua prole, suas crias, seu ninho de amor. Seria esta uma atitude ativa, mas ao mesmo tempo mitigada pelo sentimento de amor. As mulheres, seres complexos e completos, podem com seu poder dual indicar o caminho para a humanidade. A mulher é Sacerdotisa e é Papisa, (no Tarot) ela tem a sabedoria e sabe defender aquilo que ama. A Vênus matutina, portanto, pode estar nos dando este recado: mulheres, vão à luta se quiserem salvar a humanidade!
Em sincronia com o universo, e se quisermos modificar algo em nossa vida pessoal, ao mesmo tempo em que nos unimos às forças celestes, na manhã do dia 28 próximo, eu sugiro que façamos uma meditação focalizando nosso chakra cardíaco, fazendo com que a Luz do Sol e de Vênus inunde nosso ser com sentimentos de amor e paz. Podemos também usar em nosso pescoço (sobre o chakra cardíaco) um pentagrama que nos protegerá dos males que atingem principalmente nosso coração (ai, os males de amor!). O Fogo do Sol é um poderoso cicatrizante e a harmonia de Vênus será um lenitivo para nossas feridas. Podemos desenhar um pentagrama no chão, com giz, e nos sentar dentro dele para meditar. Se pudermos, podemos acender uma vela em cada ponto da estrela de cinco pontas e unir nossos corações femininos ao universo para pedir a tranqüilidade da Paz Interior. Esse será um dia ideal para podermos dar um start’ em nossa vida, acendendo uma centelha de esperança em nossos corações.
Para constar como informação, dou em seguida as ultimas datas do aparecimento da Vênus matutina:
08.06.2004 - no signo de Gêmeos, quando o planeta Vênus foi ocultado dentro do disco solar;
13.01.2006 - em Capricórnio;
18.08.2007 - em Leão;
E agora, em 27.03.2009 - nos primeiros graus de Áries.
Seguindo esse ciclo, que se repete a cada vinte meses, encontraremos as próximas conjunções da Vênus matutina em 28.10.2010, a 5o de Escorpião e, por fim, oito anos depois da série, Vênus voltará ao signo de Gêmeos, em 5 de junho de 2012, quando estará novamente ocultada pela esfera solar.
O Gênio cabalístico que preside o dia 28 de março, nas primeiras horas da manhã, é o Gênio de nº 09, Haziel, cujo salmo de oração é o nº 24. Orem, meditem e sintam a Paz inundar seu corpo todo com uma luz brilhante e regeneradora.
Um abraço fraternal e uma semana cheia de Luz!
São Paulo, 16 de março de 2009