A fonte de toda a criação é a divindade
por Graziella Marraccini em AstrologiaAtualizado em 29/04/2010 16:22:54
Vou começar meu artigo com esta reflexão: A fonte de toda a criação é a Divindade. A frase não é minha. É de Deepak Chopra. Em seu livro "As Sete Leis Espirituais do Sucesso", ele afirma que todo o processo de criação é obra da manifestação da divindade, ou seja do espírito. O objeto da criação é o universo físico, onde nós – a humanidade - estamos incluídos. Por essa razão ‘Somos Todos Um’, provenientes do desejo de criação do Uno. O processo de manifestação da divindade, ou seja, o movimento na direção da criação procede através de determinadas Leis, que nos foram reveladas através das Sete Leis Herméticas, obra transmitidas por Hermes Trismegisto no antigo Egito.
Com essas Leis em mente e procedendo dentro dos limites da manifestação, podemos alcançar o sucesso em nossas ações. Qualquer coisa que desejamos criar em nosso mundo físico irá depender deste procedimento. Também os ensinamentos contidos na Cabala (a interpretação do glifo da Árvore da Vida) formam um conjunto de regras que nos conduzem na direção da obtenção do sucesso. Essas regras são as mesmas que a natureza utiliza para criar tudo o que é manifestado.
Se a Primeira Lei Hermética afirma que Deus é mente e o Universo é Mental, então, nós também somos mente e nossa energia própria pode criar nossa realidade. Quando nos conscientizamos do poder gerador de nossa mente podemos superar qualquer dificuldade e alcançar a realização de nossos desejos. A Cabala ensina que tudo se encontra no UNO e que o UNO para se manifestar se divide em Dois, formando o primeiro triângulo da criação: Pai, Mãe e Filho. O mundo material se manifesta sempre seguindo essas Leis, ou regras.
Observem, porém, que não estou falando de alcançar a realização de desejos materiais, ou de sucesso financeiro, ou de materialização de carros na garagem e roupas de grife em seu guarda-roupa! Os livros que explicam como funciona a Lei da Atração são falhos neste sentido pois dão a impressão que podemos materializar qualquer coisa! A meu ver, o universo não funciona desta forma. A manifestação se dará segundo nossa potencialidade, de forma mais sutil, à medida que conseguirmos a realização pessoal.
A Lei da Atração omite alguns fatores importantes. Não basta pensar num carro importado na garagem de nossa casa para que ele se materialize! Para conseguirmos alcançar a realização pessoal precisamos dar duro, ser determinados, dirigindo as energias na manifestação nossa potencialidade. Porém, se em nossa potencialidade não existe o sucesso material, o carro importado ou a roupa de grife ficaremos frustrados se não o conseguirmos!
Normalmente a interpretação do nosso Mapa astral nos indica qual será essa potencialidade ao nosso alcance. Não adianta eu querer ser igual a Madonna se eu não possuo esta potencialidade, compreendem? A potencialidade para a realização é algo que existe ao nosso alcance dentro de nós e é igual à força que coordena todo o universo. A nossa centelha divina pertence ao Todo e é pré-determinada no nosso nascimento; por essa razão, o nosso Eu Interior possui o conhecimento inerente a toda a Consciência Cósmica. A meu ver, é muito importante conhecer sua potencialidade, porque ao conhecer-se você descobre, você poderá realizar seus desejos, os desejos do Eu Interior e não do Ego!
Na semana passada, o meu artigo comentava o poder das palavras e alguns artigos anteriores já publicados no meu site pessoal versavam sobre o poder de nossos pensamentos. O pensamento é originado na mente e a mente é a manifestação em nós (no Microcosmo) da mente superior do Divino (do Macrocosmo). Os pensamentos negativos geram energias negativas, condicionam ações negativas, palavras negativas e, portanto, funcionam como verdadeiros obstáculos para a realização dos nossos objetivos pessoais. Não confundam, porém, os desejos do Ego com a potencialidade de realização do Eu! O Eu, ou EU Interior, é a voz da consciência, é a voz do Espírito. Aquilo que nos rodeia, no entanto, tem seu reflexo no Ego, que se deixa influenciar pelo entorno, pelo mundo exterior. O Ego é o causador das decepções e frustrações. O Eu não possui frustrações porque não precisa da aprovação, do controle, do apoio, do reconhecimento de sua potencialidade. O EU sabe qual é sua potencialidade, o Ego não!
Conhecer essa diferença será essencial para a nossa felicidade. Para alguns, a noção de sucesso é baseada nas respostas do Ego e não do Eu. No entanto, aqueles que conhecem as potencialidades do Eu Interior consideram o sucesso como sendo a realização da potencialidade do seu EU. O Conhecimento do Eu nos liberta das correntes do Ego e nos fornece as ferramentas para encontrar aquele estado de felicidade, de graça e de plenitude que nos tornam felizes!
Os estudos esotéricos, em sua maioria, fornecem muito material para o conhecimento do Eu. No entanto, eu considero a astrologia o carro chefe do esoterismo, pois sua interpretação é abrangente e de fácil compreensão. Através da astrologia (tradicional, cármica ou cabalística) a pessoa pode conhecer seu potencial e começar a se libertar dos grilhões do Ego para alcançar o nível de Consciência Cósmica onde encontrará a graça.
A Astrologia Cabalística, após fornecer uma interpretação de seu Mapa natal sobre a sua Arvore pessoal poderá indicar as meditações (Arcanos Maiores do Tarô) que conduzirão a mente a percorrer os caminhos de volta até o Principio, até o UNO. Percorrendo o caminho interior, do autoconhecimento a pessoa conseguirá a união entre a centelha divina e a Divindade. Com a meditação é possível alcançar o Conhecimento Interior. No caso dos Arcanos Maiores do Tarô, as figuras arquetípicas servirão de fio condutor para percorrer o ‘Caminho do Herói’. Longo é o caminho para alcançar o estado de graça. Com a prática diária do silêncio, podemos começar a percorrer este caminho. No início, ficamos recolhidos, sem falar, num canto sem perturbações externas. Aos poucos e à medida que avançarmos em nossa prática poderemos introduzir as meditações dirigidas, os mantras, as orações. Porém, a meu ver, no início, basta ficar algum tempo simplesmente ‘sem falar’.
O Silêncio ajuda a mente a se encontrar com Deus! Acalmar a mente e entregar-se à experiência do silêncio é muito salutar; especialmente, neste mundo conturbado que é o nosso. Podemos começar desde já, em casa, num templo, num espaço aberto ao ar livre, onde acharmos melhor. Longe do barulho do burburinho, conseguiremos ouvir a voz do Eu que nos dirige e conhecer nossa Potencialidade.
Desejo a todos uma semana cheia de Luz e Paz Interior!
São Paulo, 29 de abril de 2010
