Análise de Astromedicina
por Graziella Marraccini em AstrologiaAtualizado em 22/09/2000 20:54:46
A análise de Astromedicina é feita sobre o Mapa Natal do indivíduo. Ele detecta os pontos frágeis do organismo, pontos estes que dependem de vários fatores: o Signo Solar, o Ascendente, as Casas da Saúde, a constituição física, os planetas em aspectos tensos entre eles, etc.
O essencial nesta análise sintética, é dar a você os meios para compreender que aqueles pontos frágeis em seu organismo, nada mais são que 'campainhas de alarme' que irão soar em algum momento da sua vida, para despertar você para um determinado tipo de problema que você terá para resolver. Explico: eu não acredito que nós tenhamos obrigatoriamente de ficar doentes. A doença não deveria existir se existisse o equilíbrio perfeito entre o homem e a natureza, e entre os três corpos do homem: o corpo físico, o anímico e o mental.
Os antigos romanos afirmavam "Mens sana in corpore sano" o que quer dizer "Mente sadia num corpo sadio". Assim podemos concluir que quando ao homem falta o equilíbrio interno aparecem as doenças: não importando o agente causador. Não esqueçam que o mundo material é um palco onde as imagens do subconsciente tomam forma. Estas imagens se apresentam aos nossos olhos de forma física.
Então, quando a astrologia nos ensina que o signo de Touro rege a garganta, a laringe, e o pescoço, deduzimos que o taurino será mais propenso a ter doenças e dores nestes lugares e as vezes (pela oposição) nos lugares opostos ou seja: nos órgãos sexuais externos, bexiga, ânus, que são regidos pelo signo de Escorpião. Mas será que o taurino terá que sofrer de dores de garganta a sua vida inteira? Terá que operar as amígdalas? Bem, não é bem assim. Eu acredito que ao longo da vida o ser humano adquire experiência e que ele aprende com seus próprios erros. Então, se o taurino 'sabe' que o ponto frágil de seu organismo é a garganta, ele não se exporá ao frio intenso, não agredirá a garganta com alimentos gelados, etc. Mas ele também deverá fazer atenção ao seu modo de se exprimir, às palavras que dirá, isto é, deverá tomar cuidado com tudo o que 'entra e sai' de sua boca. Assim, aos poucos, ao longo da vida, ele evitará as dores de garganta!
Na análise sintética que fazemos sobre o Mapa de Elís Regina, uma das maiores cantoras que o Brasil já teve, servirá de exemplo no sentido. Confira no final deste artigo.
Na análise de Astromedicina também são indicados alguns florais tradicionalmente ligados aos signos zodiacais e adequados a reequilibrar o organismo. À pedido do interessado poderá ser indicado também algum exercício de cura que ajudará o indivíduo a recobrar a sua saúde.
Ao olharmos o ser humano como um todo indivisível, veremos que a manifestação da doença depende de muitos fatores, e não somente de um. Ou seja, não podemos em nosso diagnóstico de saúde, levar em conta somente o Ascendente, o Sol em mau aspecto com um planeta maléfico, a Casa IV ou a XII.
A este propósito lembremos que devemos sempre levar em conta também os 4 temperamentos básicos e os elementos envolvidos e eventualmente em desequilíbrio no mapa. Estes desequilíbrios podem ser corrigidos com sucesso com uma terapia floral.
AS CASAS DO HORÓSCOPO E SUAS INFLUÊNCIAS NA SAÚDE:
ASC ou Casa I - Marca o aspecto físico, o temperamento e as tendências. Determina os focos sensíveis às enfermidades.
Casa VI - O estado da saúde e a qualidade celular.
Casa VIII - As localizações mórbidas, os males hereditários, a herança patológica. O prognóstico através das excreções urinárias.
MC ou Casa X - Indica o estado humoral. Linfa, biles e hormônios.
Casa XII - Indica a discrasia humoral manifestada pela febre (inflamação). Pode ser hipo ou hiper.
O Sol com sua posição no Signo Zodiacal: Marca a tonalidade da força vital. Se aflito considera-se o significador para diagnosticar a doença.
A Lua com sua posição no Signo Zodiacal: Marca os estados agudos e a periodicidade dos sintomas, assim como os dias críticos nas doenças.
Aqui vão alguns conselhos permanentes que a Astromedicina pode dar:
1º - Não faça nenhuma operação quando a LUA está no Signo que rege a parte do corpo que deve ser operada. Isto aumenta a possibilidade de hemorragias.
2º - As operações efetuadas quando da mudança exata da fase da Lua, raramente dão bons resultados. Prefira o momento em que a Lua está no Quarto Crescente, a menos que ela esteja em trânsito em mau aspecto com Marte ou com a Lua do radical.
3º - Verifique também se o Sol se encontra no signo que rege a parte do corpo que deve ser operada. Se ele estiver aflito, evite a operação.
4º - O astrólogo deve verificar as quadraturas e oposições da Lua que se formam quando de seu trânsito com o Sol, Marte e Saturno. Evite estas datas para as operações, assim como um trânsito desfavorável de Urano com a Lua.
5º - Na Lua Nova ou Cheia, os estimulantes produzem seus efeitos máximos e os sedativos o seu efeito mínimo. Portanto deve ser diminuída a dose dos primeiros e aumentada a dose dos segundos.
6º - Para obter uma melhor estimulação cardíaca, escolha uma Lua em quarto crescente em bom aspecto com Júpiter ou Vênus do radical. Isto melhora as chances de recuperação. A palpitação cardíaca pode ser tratada de forma mais eficaz quando a Lua está em Quarto Minguante em bom aspecto com Júpiter e Vênus. Os estimulantes para o coração devem ser aplicados com cuidado extremo quando a Lua está em mau aspecto com Júpiter e Vênus, de forma especial quando ela está no Quarto Minguante ou na Lua Nova.
7º - Saturno posicionado na Casa 6ª do radical, debilita e diminui a vitalidade da pessoa. Este planeta causa as doenças crônicas, que se arrastarão até a morte da pessoa.
As distintas partes do corpo estão relacionadas entre si por semelhanças. A não observação destas semelhanças explica, muitas vezes, a razão do fracasso de boas terapias, pois não são levadas em conta as homologias. De fato, os sintomas parecem ceder mais facilmente se exerce uma ação terapêutica sobre os órgãos homólogos àqueles que provocam o sintoma.
Desta forma podemos explicar as alternâncias mórbidas e as metástases (transposição de um sintoma para um outro órgão. O principal significador das metástases é o planeta Mercúrio).
As Homologias nos signos:
1º - ARIES/LIBRA - Sistema nervoso encefálico oposto ao sistema renal.
2º - TOURO/ESCORPIÃO - Sistema glandular e tireódeo oposto ao sistema genito-urinário e naso-faringeo.
3º - GÊMEOS/SAGITÁRIO - Sistema respiratório e braços, oposto ao sistema muscular e cardíaco.
4º - CÂNCER/CAPRICÓRNIO - Sistema gástrico oposto ao sistema cutâneo, mucoso e celular.
5º - LEÃO/AQUÁRIO - Sistema circulatório cardíaco oposto ao sistema sanguíneo.
6º - VIRGEM/PEIXES - Sistema abdominal (ventre) oposto ao sistema fibro-ligamentoso, sinovial e respiratórios.
Anatômicamente podemos observar as seguintes homologias:
a) Boca e garganta = Orifício Uro-genital
b) Colo transverso e descendente = Esôfago
c) Coração = Útero e próstata
d) Diafragma = Ureteres
e) Estômago = Ceco
f) Fígado = Pâncreas e baço
g) Glândulas seminais = Glândulas salivares
h) Intestino delgado e apêndice = Íleo e Jejuno
i) Lábios superiores = Períneo
j) Laringe = Útero
k) Língua = Clitóris e Glande
l) Ovários = Tiróide e glândulas mamarias
m) Próstata = Tiróide, glândulas mamarias e Amígdalas
n) Pulmão = Rins
o) Queixo (Barba) = Púbis (Pelo)
p) Reto = Orifício nasal
q) Timo = Supra renal e glândulas vasculares sangüíneas
r) Tiróide = Ovários, próstata, baço, testículos e glândulas vasculares sangüíneas.
s) Traquéia-artéria = Ureteres e bexiga
t) Uretra = Traquéia - Artéria
u) Vagina = Boca
Ao analisarmos estas homologias, vemos que muitas vezes um sintoma que se observa num órgão é causado pela doença no órgão oposto ou análogo. A este propósito é interessante que o terapeuta lembre de verificar e tratar também o órgão homólogo.
A terapia holística abre mão de todos os conhecimentos da sabedoria antiga, e nós percebemos cada vez mais que no mundo moderno esta sabedoria se perdeu. A humanidade só perdeu com isto. Devemos voltar a procurar nos antigos sábios o conhecimento para nos conhecermos melhor e não sucumbirmos como seres impotentes perante forças que não conseguimos metrisar.
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