Apoie-se em Mim
por Graziella Marraccini em AstrologiaAtualizado em 30/06/2006 12:32:23
Vocês já se deram conta de quanto é bom ter alguém que nós ofereça o seu ombro? Eu tenho pensado muito nisso, especialmente neste momento em que as influências astrais estão focalizando os assuntos relativos às relações familiares e, creiam, neste momento o meu carma familiar não está nada fácil! Aproveito então a Lua Nova de Câncer para fazer uma reflexão sobre essas relações que são sempre as mais carmáticas de nossa vida. No artigo da semana passada falei da Lua Nova de Câncer e expliquei quais as suas influências neste período astral.
Continuarei então minha reflexão dessa semana sobre o mesmo assunto. Existem momentos, em que um amigo acaba nos oferecendo aquele apoio que não conseguimos encontrar com nossos familiares. As relações familiares fazem parte de nossa existência, pelo menos enquanto não estivermos todos sendo gerados em provetas! Algumas são fáceis, outras difíceis. Mas é com elas que crescemos e aprendemos mais. Quantas vezes nos queixamos que nosso pai não nos compreende, nossa mãe não nos ama, nosso irmão ou irmã não nos ajuda? Mas será que pensamos se nós estamos fazendo nossa parte? Afinal, o amor é uma via de mão dupla, não é mesmo? E isso acontece em todos os relacionamentos. Esperamos mais dos familiares, mas às vezes recebemos mais de quem menos esperamos, de um amigo que acaba de entrar em nossa vida! Isso já aconteceu com você?
Pois é, então reconhecemos que esses Amigos, com ‘A’ maiúscula, fazem parte de nossa vida e são importantes para o resgate de nosso carma. Aprendemos dessa maneira a reconhecer os amigos verdadeiros, separando-os daqueles ‘conhecidos’ que circulam por nossa vida sem compromisso, não criando vínculos importantes. Eu sempre reparo nos signos das pessoas com as quais crio vínculos porque sempre consigo ‘a liga certa’ com aqueles com os quais tenho afinidades astrais. Afinal os similares se atraem e alguns signos têm afinidades naturais entre si (Vejam na seção Relacionamentos no meu site). Mas é importante também que façamos um esforço para conviver e, sobretudo, para aprender com aquelas pessoas com as quais não sentimos uma afinidade inicial. Muitas vezes, aquela pessoa que a princípio rejeitamos (por ser diferente, estranha) é a pessoa mais adequada para nos fazer crescer.
Vou dar um exemplo: quando eu cursava astrologia na Escola Hermes (do meu amigo Carlos Fini) eu tinha uma amiga e colega estudando comigo, amiga com qual tinha também uma convivência mais íntima, de irmã. Ela tinha o signo solar e o ascendente em signos opostos aos meus. Meu Sol de Peixes, sensível e sonhador, se chocava constantemente com o Sol dela, em Virgem, mais pragmático e pé-no-chão. Os ascendentes, o meu em Aquário e o dela em Leão, competiam por se sobressair, cada um à sua maneira. Em minha convivência quase diária, eu fazia um esforço danado para, a princípio, agüentar aquelas diferenças: a sua crítica contundente me irritava, sua forma prática de encarar as questões era causa de desconforto. Mas eu fazia um esforço danado para procurar compreender as razões que a faziam agir assim e, sobretudo, para me modificar e para aprender! Claro, porque eu sabia que tudo aquilo que me irritava nela era somente a visão inconsciente do meu lado sombra!
Eu estava consciente de ter falhas em minha personalidade, e essas falhas correspondiam exatamente àqueles traços da personalidade, àquelas qualidades que ela possuía. Assim, ao reconhecer as minhas falhas, ao aceitar o outro, o diferente, como fonte de aprendizado, eu estava me preparando para receber também o apoio dela para incorporar aquelas qualidades que me faltavam. E eu saia ganhando me tornando cada dia um pouco melhor.
E nós podemos fazer isso com as outras pessoas de nosso convívio, também. Ou seja, podemos oferecer nossas qualidades para enriquecer ainda mais a outra pessoa, para que ela possa melhorar e, conseqüentemente, nós melhorar também! Pois esse é o caminho para um enriquecimento mútuo. É um circulo virtuoso! Eu ajudo você e você me ajuda! Não é o máximo? Tudo é uma via de mão dupla. Já pensaram nisso?
Pois isso parece mais simples no papel do que é na realidade. Nós temos uma personalidade bem definida no momento de nosso nascimento. A nossa personalidade está lá, escrita em nosso mapa astral, no céu. Nós escrevemos nossa vida em correspondência com essa personalidade que determina nossas escolhas. Por essa razão, é muito difícil mudar!
E por essa razão, o Cosmo (ou Deus como vocês preferirem) tem várias maneiras para nos obrigar a efetuar essas mudanças, mas elas todas passam pela DOR e pelo Sofrimento. A dor deve ser encarada como um meio de purificação e ela vem na intensidade e forma exatas de nossa necessidade espiritual. Não nos iludamos, nenhuma dor é tão grande que não a possamos suportar! Quantas vezes eu observo a dor estampada nos rostos e almas das pessoas e digo para mim mesma: “Como eu suportaria isso”? E rezo a Deus para que ele não a envie para mim.
Sabemos que existem dores físicas ou emocionais que são enormes! O que dizer da dor de uma mãe que perde um filho? O que dizer da dor da perda do ser amado? O que dizer da dor física, daquelas doenças intermináveis que exaurem as forças da pessoa e que a fazem desejar a morte? Como aceitar a dor de uma criança? Meu Deus, mesmo sabendo que cada um recebe as tarefas que escolheu para essa encarnação e que elas são necessárias para sua evolução, é muito difícil aceitar essa dor que mais nos parece a punição injusta de algum Deus muito cruel, não é mesmo?
Mas como tudo isso está acima de nossa compreensão, mesmo se estudamos e aceitamos as filosofias que nos explicam, de varias maneiras, as leis de causa e efeito (Leis Carmáticas explicadas por Hermes Trismegisto - veja no site), devemos nos apoiar uns aos outros, aprender uns com os outros, nos sustentar uns aos outros. Isso é muito importante porque, mesmo pelo aprendizado que fazemos através da outra pessoa, podemos aumentar nossa Luz Interior, melhorando e aliviando nosso carma que nos parecerá assim mais leve, já que será compartilhado. Devemos aproveitar a energia dessa semana para nos perguntar se estamos fazendo nossa parte, seja nos relacionamentos familiares que nos relacionamentos com nossos amigos íntimos. Se realmente estivermos atentos e abrirmos o caminho para a compreensão e o crescimento, estaremos também abrindo o caminho da Luz, e ela, a Luz Divina, fluirá através de nossas vidas, aliviando nossa dor e nosso sofrimento.
Eu aprendi também que, ao longo da vida, o sofrimento é maior e mais intenso quando estamos na fase mais materialista de nossa vida. Quando se é jovem, no início de nossa existência, as preocupações materiais acabam ocupando a maior parte de nosso dia-a-dia, nos impedindo de ‘ver’ além, mas não de evoluir espiritualmente. Mesmo se não percebemos, as experiências materiais também servem para nosso crescimento espiritual. Mas, à medida que a vida nos ‘faz sofrer’, nossa evolução espiritual torna-se mais imprescindível e assim tomamos consciência da necessidade de alimentar nossa alma para nos sustentar em nossas tarefas diárias. Tornamo-nos então mais religiosos e mais espiritualizados, e abraçamos filosofias que procuram nos esclarecer sobre as razões de nosso sofrimento. Eu tenho pena daqueles que não compreendem essa necessidade e que continuam sua existência de forma materialista, pois chegarão no final de sua vida com um saco vazio de aprendizado espiritual. E fico agradavelmente surpresa quando um jovem me procura, já preocupado com sua evolução espiritual. Que benção de Deus este jovem recebeu!
Por essa razão, vocês leitores desse site, que estão acostumados a procurar a ajuda de nossos colaboradores para esclarecer dúvidas e buscar apoio, ofereçam também o seu ombro àqueles familiares ou vizinhos ou amigos que precisam de esclarecimento. A recompensa virá, tenham certeza, em forma de Luz que fluirá em vossas vidas para aliviar toda dor e sofrimento!
Muita Paz Interior a todos!