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Astro medicina: A gravidez

por Graziella Marraccini em Astrologia
Atualizado em 21/07/2000 14:36:55


"Tudo é Duplo; tudo tem dois pólos; tudo tem o seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias-verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados" (O Caibalion)

Para continuarmos nossas reflexões sobre a sexualidade, abordaremos o tema da Gravidez.

A menstruação é a expressão da capacidade de ter filhos. A menstruação é vivida de forma diferente, dependendo se a mulher deseja ou não ter filhos. De fato, ao desejar intensamente um filho, ela verá com decepção a chegada de sua menstruação, significado claro que "mais uma vez não conseguiu engravidar". Daí podem surgir antes e depois do ciclo, as dores, as irritações, a retenção de líquido (o que será que ela quer reter?) e todas as manifestações das contrariedades inerentes a esta feminilidade mal aceita. A regularidade da menstruação e a possibilidade de gravidez depende dos hormônios que devem estar equilibrados, mais uma vez num jogo entre o feminino e o masculino. Estrogênios e progesterona precisam ter o equilíbrio que a natureza determinou, de forma contrária teremos a esterilidade. Se esta "sexualidade hormonal" é perturbada haverá uma consequente perturbação na menstruação e na possibilidade de gravidez.

Na Astrologia consideramos alguns signos estéreis e outros signos férteis. Os signos mais férteis são os signos de Água. Os signos de Virgem, Gêmeos e Aquário são considerados estéreis. Na realidade os signos de Ar, sendo intelectuais são considerados estéreis e os signos de Fogo, Áries, Leão e Sagitário são moderadamente férteis já que "jogam as suas sementes" mas precisam de terra fértil para acolhe-las e de água para regá-las. Além disso, a colocação da Lua da mulher num signo estéril, ou o aspecto difícil com alguns planetas pode causar perturbações hormonais e impedir a gravidez. Por exemplo a Lua num aspecto difícil com o planeta Saturno pode impossibilitar a gravidez, com o planeta Urano pode provocar abortos, e com o planeta Plutão pode causar esterilidade ou até partos múltiplos, dependendo das indicações encontradas pela análise do Mapa Natal e especialmente da Casa V (casa dos filhos e dos amores) e de seu planeta regente.

Neste caso o Astrólogo pode indicar uma boa terapia floral para o alcançar o equilíbrio entre o Yin e o Yang, entre o feminino e o masculino. Falamos que o equilíbrio entre estes dois aspectos hormonais são a representação física dos pólos espirituais da pessoa. De fato, todos nós contemos em nós mesmos, uma parte do polo oposto.

A Gravidez Psicológica ou Histérica

A somatização dos processos psíquicos pode ser observada de forma muito clara na gravidez chamada 'psicológica'. As mulheres que apresentam este tipo de gravidez, demostram no físico todas as manifestações de uma verdadeira gravidez, como enjôos, mal-estares, vômitos, inchaço nos seios e no ventre, secreção nos mamilos, e até mesmo de leite. A mulher com gravidez psicológica, chega a 'sentir' o bebê se mexer em seu ventre e apresenta um inchaço parecido com aquele da verdadeira gravidez.

Na base deste fenômeno que já era conhecido mesmo nos tempos antigos, está o conflito entre um grande desejo de gravidez e o medo inconsciente da responsabilidade decorrente.

As vezes a gravidez psicológica se manifesta em mulheres que vivem sozinhas, e então pode ser fruto de um conflito entre a sexualidade e a maternidade. De fato, estas mulheres gostariam de cumprir o nobre papel da maternidade sem que a ele esteja associado o vulgar ato sexual! Muitas vezes este raciocínio é fruto de uma educação puritana e repressiva. (Lembremos a imagem da Virgem Maria!)

Mesmo neste caso devemos nos perguntar porque isto acontece e buscarmos equilibrar os dois polos, feminino e masculino para obtermos a cura psicológica e também física.

O vômito e o enjôo
Os problemas que surgem ao longo da gravidez são decorrentes de uma 'recusa' da psique ao papel da maternidade, e consequentemente o corpo irá manifestar esta "recusa" apresentando os sintomas como o vômito e o enjôo. Normalmente o enjôo acontece nas primeiras horas da manhã, assim que a mulher acorda. De fato, é no subconsciente que ainda 'está fresco em sua mente' que está o problema a ser resolvido. À medida que o lado consciente toma a dianteira, o enjôo desaparece, ou fica 'sob controle'. De fato, nenhuma mulher ousaria confessar esta 'recusa ao bebê' de forma consciente!

Mas a mulher deveria ser honesta consigo mesma, e se perguntar se este bebê é realmente desejado, e preparar o seu corpo para recebê-lo. Nossa sociedade impõe às mulheres modelos 'andróginos' de beldades 'assexuadas', ou melhor dizer, suprime o lado maternal da fêmea do homem para deixar somente o lado sexual dela. Daí a apologia das magrinhas, das barrigas chatas, das modelos anoréxicas! A mulher, para ser fêmea, deverá submeter o seu corpo à deformação, engordar, ganhar estrias, ver seus seios inchados e doloridos, e isto é contra 'todos os padrões estéticos de beleza' impostos todos os dias através da mídia!

Somente ao resgatar a beleza feminina, na sua verdadeira essência, (aquela das beldades que são vistas nos quadros renascentistas ou clássicos), poderemos resgatar também o equilíbrio do papel da mulher na sociedade.

A recusa ao bebê não será consciente, mas os sintomas irão aparecer no corpo físico. A mulher se sente culpada e deverá ser tratada com delicadeza e compreensão, para que ela retome o seu papel feminino com tranqüilidade. Aqui também uma terapia floral será de grande ajuda. É claro que o papel do marido e companheiro é preponderante em todos os casos! A mulher que se sente amada e protegida, raramente apresentará problemas graves na gravidez.

Existem outros distúrbios da gravidez que podemos examinar do ponto de vista da Astromedicina e que são detectados através da análise do Mapa Natal. A gestose precoce (entre a 6ª e a 14ª semana) e a tardia, ou toxemia da gravidez também são demonstrações de recusa do bebê. No primeiro caso a albumina que é eliminada pelos rins deveria ser encaminhada para o bebê. Ao eliminar a albumina a mulher grávida inconscientemente tenta provocar um aborto. As cãibras decorrentes também são sintomas deste desejo de provocar este aborto. No segundo caso, esta patologia coloca em risco não somente o bebê mas também a mãe, já que a irrigação da placenta se encontra extremamente reduzida, e pode provocar a morte do bebê. Esta placenta é o local de contato entre a mãe e o bebê. A insuficiência da placenta é uma das grandes causas de mortes do feto. Quando o bebê sobrevive a esta toxemia tardia, ele parece um velhinho, magrinho e enrugado: ele sobreviveu a uma tentativa de estrangulamento por parte da mãe, que por sua vez também colocou em risco sua própria vida!

As mulheres que sofrem de diabetes têm, segundo a medicina tradicional, mais probabilidade de desenvolver a toxemia tardia, assim como as doentes dos rins e as mulheres obesas. Se considerarmos estes três grupos de mulheres, podemos concluir que a única razão que as leva à recusa do bebê é a falta de amor!

As diabéticas não conseguem aceitar o amor e não o podem dar, as doentes renais, têm problemas de relacionamentos e as mulheres obesas mostram sua avidez tentando compensar com a comida a sua falta de amor. Nos três casos, não deve surpreender o fato de que não consigam levar a bom termo uma gravidez, já que o tema "amor" é primordial para o bom desenvolvimento do bebê.

Parto e aleitamento materno

Nos problemas decorrentes do parto também podemos buscar os sintomas no subconsciente da mãe. Quando o parto ocorre com atraso, o problema pode estar no fato da mãe não querer se separar do bebê. E neste caso este mesmo problema irá se manifestar, mais tarde, quando o filho, já crescido, irá deixar o lar materno para fazer sua própria vida. (Muitas mães fazem chantagens emocionais com os seus filhos!).

A vida humana se resume nos dois pólos, ou seja "deixar entrar" (ou aceitar) e "deixar sair" (ou abandonar). Nós chamamos de amor o primeiro e de morte o segundo. Pelo menos é desta forma que estes dois pólos são registrados em nosso subconsciente. Na vida devemos nos exercitar para exercer de forma rítmica e equilibrada os dois pólos. Na sexualidade, a mulher precisa se abrir para "deixar entrar" o "outro". No nascimento ela precisa se abrir para "deixar sair" uma parte de si própria que se tornará "o outro". Quando isto não é possível, o médico intervém com um parto induzido, ou cesáreo. Isto acontece também nas gravidezes muito prolongadas, além do prazo, onde a mãe não quer "deixar sair" o outro. Muitas vezes as mulheres têm medo de perder o papel sexual que a sociedade lhes impõe, elas tem medo de 'se abrir demais' e por esta razão elas optam, mesmo inconscientemente, por uma operação que deveria ser usada somente em casos extremos. As mulheres deveriam ter mais confiança na mãe natureza e deixar as coisas acontecerem naturalmente.

Infelizmente, o Brasil é campeão em cesarianas, e isto é facilmente compreendido se olharmos o papel sexual que a mulher representa na mídia! Onde está a feminilidade? Onde está a verdadeira mulher, consciente de seu papel de companheira, mãe e, sim, reprodutora?

Atualmente assistimos a várias campanhas que estimulam o aleitamento materno. O que dizer de uma mulher que 'não tem leite'? Como fica o seu papel de mãe? É claro que existe uma recusa inconsciente em fazer este papel, mas não existe a recusa no papel sexual que o seio representa! O leite materno protege o bebê e é extremamente importante que o bebê receba esta proteção. Ao recusar o leite, a mãe recusa também a proteção que é transmitida ao bebê ao oferecer o seu seio. Muitas vezes esta recusa é consciente, e então devemos nos perguntar que papel materno esta mãe recebeu de sua própria mãe.

Sim, porque em astrologia, a Lua que representa a feminilidade, também representa a mãe da pessoa. Portanto, se esta Lua for uma lua 'bem aspectada', isto é se ela receber bons fluídos dos outros planetas e se estiver num signo fértil, a maternidade será experimentada de forma natural e agradável, assim como esta pessoa teve seguramente uma 'boa mãe'. Se esta Lua receber aspectos tensos ou estiver num signo estéril, a maternidade muito provavelmente terá dificuldade de ser vivida de forma equilibrada e prazerosa. A mulher, reproduz na fase adulta o 'tipo de mãe' que ela teve. O homem, busca na mulher, o 'tipo de mãe' que ele teve. Para a mulher o papel é portanto duplo, aquele de sua identidade, indicado pelo Sol e aquele da maternidade ou feminilidade, indicado pela Lua.

Tudo isto, é claro, deve ser analisado pelo Astrólogo, pois faz parte de um conjunto de coisas, que é, finalmente, a própria personalidade da pessoa.

Continuaremos nossas considerações sobre a sexualidade, abordando o tema da Menopausa e Climatério e também da Frigidez e da Impotência. Aguardem!!!

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Graziella Marraccini é astróloga, taróloga, cabalista e estudiosa de ciências ocultas e dirige a Sirius Astrology. Conheça meus serviços on-line
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