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Essa guerra tão anunciada... O efeito Plutão

por Graziella Marraccini em Astrologia
Atualizado em 24/02/2003 11:30:32


Em meados do ano passado, quando estava analisando os aspectos astrológicos para elaborar as Previsões Mundiais para 2003 (Veja também as Previsões Mundiais para 2003) um aspecto muito poderoso chamou minha atenção. Plutão em oposição a Saturno. Assim escrevi na ocasião:

“Estaremos, já a partir de janeiro de 2003, sob a influência da oposição entre o poderoso e destruidor Plutão e o limitador Saturno. Esta conjunção planetária está atuando mundialmente desde maio de 2001, e teve seu auge entre os meses de Agosto e Dezembro de 2001, mas terminou realmente somente em julho de 2002. Lembremos do fato mais marcante ocorrido no período entre agosto e dezembro de 2001: a destruição do WTC de Nova York, em 11 de setembro. É de se esperar que, com o retorno desta tão terrível conjunção, os acontecimentos de 2003 nos apresentem novamente um quadro de guerra e destruição de proporções impressionantes. O período entre meados de janeiro e meados de maio de 2003 nos indica um quadro muito preocupante”.

Mas o que esse quadro astral está fazendo com os seres humanos, em nível pessoal? Uma das coisas que mais tenho observado em meu consultório é que existe um
medo difundido, um terror, que pode até ser inteiramente infundado, mas que perturba de fato e tira o sono de muitas pessoas. Em nível pessoal, Plutão é o planeta do subconsciente, e costuma estar ligado à morte. Em termos sociais ele está ligado à destruição em locais indicados pelas áreas onde ele transita. Em nossa vida pessoal ele funciona da mesma maneira. O micro é como o macro. Sendo Plutão um planeta transpessoal (não visível a olho nu e portanto um planeta do coletivo) ele age de forma sorrateira, escondida, como que invisivelmente e sem que possamos nada contra ele. O ciclo de Plutão é o mais longo de todos - 250 anos aproximadamente - e poucos vivem para vivenciar mais do que um quarto de seus aspectos, ou seja, uma quadratura de Plutão com o Plutão Natal. Mas é suficiente! Seu trânsito pelas casas leva as pessoas a fazerem uma revisão completa nas áreas que ele atinge. Assim, se ele estiver em trânsito na Casa VII, será o casamento que estará sendo reavaliado. É possível, nesse caso, que exista até uma morte ou uma viuvez que irá fazer com que a pessoa precise repensar toda a sua vida matrimonial. Se estiver passando na Casa X, a área da carreira será irremediavelmente transformada, queiramos ou não! E assim acontece com as outras casas astrológicas. Na Casa VI Plutão provoca um estrago na saúde mas também é relacionado com a forma como lidamos com os colegas de trabalho, em nosso ambiente cotidiano. E assim é para as outras Casas astrológicas.

O trânsito de Plutão demora para começar a fazer efeito, mas já é sentido quando o planeta se aproxima a menos de 5º da cúspide da Casa em questão. Ele anuncia o estrago que irá fazer. Talvez sejamos nós que, distraídos, não percebamos sua aproximação. Por volta dos 61,3 anos teremos os primeiros medos da morte, os primeiros sinais de nossa mortalidade. Plutão permanece bem 18 anos num signo! É bastante tempo para mudarmos e efetuarmos os ajustes necessários, não é? (Não é por acaso que achamos que com 18 anos saímos da adolescência para ingressar na vida adulta. É a primeira grande transformação de nossa vida).

A tensão psicológica, os pensamentos e sentimentos negativos – a nível consciente ou inconsciente – são uma constante quando esse trânsito afeta uma área ligada aos planetas pessoais do individuo. Nesse caso o trânsito é extremamente difícil e coincide com momentos cruciais na vida da pessoa. Nesse caso, o sistema imunológico enfraquece e debilita as defesas naturais, tornando-nos mais suscetíveis às doenças, especialmente a tumores em geral. Sofremos perdas, abalamos nossas estruturas: temos medo do futuro. O trânsito onde Plutão está se movendo nos coloca em contato com o carma das encarnações passadas. Mas nem todo o carma é um mau carma. Os talentos que desenvolvemos nas encarnações anteriores podem também estar sendo resgatados, transformados e reutilizados, numa verdadeira reciclagem.

Em alguns casos Plutão destrói o ego da pessoa. O ego, cujo desejo principal é manter-se, tenta resistir à destruição procurando exercer poder e controle sobre aquela área da vida que está sendo afetada pela passagem do planeta. Para compreender como o ego nos controla, precisamos compreender como funciona a dinâmica do seu desenvolvimento.
Quando chegamos ao mundo estamos completamente sem defesas e, sem o amor de nossa mãe ou da pessoa que cuidou de nós, não poderíamos sobreviver. Para obtermos o apoio necessário à nossa sobrevivência, aprendemos a manipular, esconder, suprimir ou até negar totalmente aquelas partes de nós mesmos que o ambiente (mãe-família) não aprova, inclusive – e principalmente – nossos impulsos sexuais (mas não somente esses, e sim todos os impulsos reprovados pelo ambiente).

O processo pode ser visto da seguinte forma:

Impulso -> Ansiedade -> Mecanismo de defesa.

Assim, aprendemos a controlar nossos impulsos, na ânsia de não sermos mais amados. Temendo a perda do amor, nos tornamos ansiosos e nos defendemos. A repressão é um dos mecanismos de defesa que pode ser empregado, mas existem outros. A agressão, a raiva, a destruição são outros mecanismos de defesa, tudo depende da personalidade da pessoa. Quando a criança percebe que tais e tais impulsos não são aprovados pelo ambiente, desenvolve ansiedade e por conseqüência tenta reprimir o impulso para se defender. Isso cria uma falsa identidade, um falso Eu, que acaba se tornando uma espécie de identidade falsa, o Ego. Os trânsitos de Plutão rompem as fronteiras do Ego existentes, para permitir que aquilo que se encontrava oculto em nosso subconsciente venha à tona, ressurja, muitas vezes de forma dolorosa. Aparece assim a oportunidade para integrarmos novamente em nossa identidade aquelas potencialidades positivas que haviam sido reprimidas e negadas.

Os trânsitos de Plutão podem abrir uma brecha para resgatarmos algo inconsciente, escondido e nos apresentam uma excelente oportunidade para reciclarmos nossa imagem verdadeira. Devemos aprender a superar as barreiras impostas na infância, analisando como reagimos principalmente a quatro categorias principais de acontecimentos (segundo a Psicoterapia existencial): morte, liberdade, isolamento e ausência de sentido.

Então, analisemos como reagimos em face dessas problemáticas que fazem parte da existência de qualquer ser humano. Qual é nosso maior medo? Qual o nosso mecanismo de defesa? Se nossa vida não é como gostaríamos que fosse, não devemos culpar os outros, mas nós mesmos. Poderíamos ter feito outras escolhas, poderíamos ter lidado com as coisas de forma diferente? Não adianta chorar sobre o leito derramado. Nossas escolhas são determinadas pelo nosso caráter, o caráter molda nosso destino, que está escrito em nosso Mapa Natal.

Você, internauta, fiel leitor do Vidanova, analize:
Qual seu maior medo? Como você reage a ele? Como você tenta controlá-lo? Tenta compreendê-lo? Ou simplesmente se adapta e deixa o terremoto passar? Ou culpa os outros pelo que acontece em sua vida?

Continuaremos no próximo artigo falando de Plutão e da oposição que está fazendo com o planeta Saturno.


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Graziella Marraccini é astróloga, taróloga, cabalista e estudiosa de ciências ocultas e dirige a Sirius Astrology. Conheça meus serviços on-line
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