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Existem deusas jovens e deusas velhas dentro de cada uma de nós?

por Graziella Marraccini em Astrologia
Atualizado em 24/07/2020 14:59:17


Num artigo anterior eu descrevi algumas figuras femininas, usando como exemplo algumas deusas que pertencem à mitologia greco/romana e cujo arquétipo se manifesta de várias maneiras e em vários momentos da vida de cada uma de nós mulheres. Existe um arquétipo interior, que é divino e inconsciente e que precisa ser estimulado, e outro exterior que é moldado pelo ambiente social e cultural onde a mulher está inserida desde sua infância. Os planetas do feminino são principalmente a Lua e Vênus, porém não devemos esquecer que todos os planetas possuem dentro de si um potencial feminino e outro masculino. De fato, o Ying e Yang se manifestam na natureza e também em nossa personalidade que sejamos do sexo feminino ou masculino, porém em quantidades e qualidades diferentes. Num mapa natal o astrólogo pode identificar de que forma essas energias do feminino e do masculino atuam em cada personalidade. Em muitos casos e de maneira geral, o excesso de planetas em signos femininos imprime um caráter mais feminino mesmo num homem, assim que uma grande quantidade de planetas em signos masculinos pode imprimir uma masculinidade mesmo numa mulher.

A psicoterapeuta e autora dos livros "As Deusas e a Mulher" e "As Deusas e a Mulher Madura", Jean Shinoda Bolen publicou seus livros há mais de 20 anos, mas eles continuam atuais e convido as minhas leitoras a lê-los. Eu não me canso de relê-los e cada vez descubro mais e mais informações preciosas sobre a personalidade feminina e suas manifestações. Os arquétipos descritos para a mulher jovem se forem ativados e energizados podem se perpetuar na mulher madura se fundindo às outras deusas, mais típicas da mulher pós-menopausa. Jung faz uma analogia com um cristal de rocha e explica que um arquétipo é como um padrão invisível que determina qual forma e estrutura o cristal tomará enquanto se molda. Similarmente, uma "deusa" ficará latente e irá se moldando se tiver a possibilidade de se manifestar em todo o seu potencial ao longo da vida da mulher.

No entanto, ao envelhecer e enquanto perde os seus encantos físicos tão enaltecidos pela sociedade moderna, a mulher se sente "acabada" e acredita que não conseguirá mais expressar a deusa que está dentro de si. Porém, cara leitora, também as deusas amadurecem e envelhecem! Vamos falar de algumas.

Existem quatro deusas da idade madura, chamadas de deusas da "sabedoria": Métis, Sofia, Hécate e Héstia. Elas não são muito visíveis em nossa sociedade moderna mas permanecem latentes no inconscientes coletivo à espera de ser resgatadas e ativadas, portanto se envelhecermos sabiamente as encontraremos dentro de nós.

Métis, cujo nome grego significa "conselho sensato", foi esposa de Zeus/Júpiter e o ajudou a se tornar o Deus do Olimpo. Lembro-me da frase: "atrás de um grande homem há sempre uma grande mulher", mas eu diria melhor, sem a ajuda de uma grande mulher, nenhum homem se torna grande. Métis é pratica, experta, habilidosa, e pode ter uma carreira própria mas irá se destacar de maneira discreta. Pode ser uma típica mulher virginiana que estará discretamente em segundo plano, mas poderá acabar como Métis, engolida por Zeus. Esposa, deu filhos a Zeus, mas foi engolida por ele na medida que ela rivalizou com ele! Numa sociedade patriarcal a mulher precisa ficar num segundo plano... Quantas vezes vimos isso acontecer?

Zeus, após "engolir" Métis, deu à luz Atená, que na realidade saiu de sua cabeça! Atená/Minerva é a própria "filha do pai" e o será sempre, mesmo em idade madura. Inteligente, bem educada, culta, instruída, ambiciosa, Atená compete de igual à igual com os homens e paree ser o arquétipo de uma mulher ariana ou ainda capricorniana. "Quando percebe que a devoção e a lealdade que devotou a seu trabalho, ao seu mentor, sua equipe ou a uma instituição não foram recíprocas, ela passa pela experiência de um profundo sentimento de traição e desilusão, e pode até abalar as premissas sobre as quais ela teria construído sua própria vida", afirma Jean Shinoda Bolen. Ela percebe que sempre foi menos considerada e ganhou menos do que um homem nas mesmas condições de trabalho e pode se tornar vingativa ou amarga. As mulheres poderosas são consideradas "pouco femininas" na nossa sociedade.

A Medusa, é uma Deusa Métis demonizada, é uma deusa tripla: jovem, madura e anciã. Ela se identifica com três fases da Lua. Ela é a criatura de onde surge a vida, é nutriz e sustentadora da vida, mas pode ser morte também. Na mitologia ela foi demonizada por causa de seu poder sobre a vida e a morte. Seria ela uma bruxa? Podemos fazer uma analogia com a posição de Lilith no nosso mapa. Se Atená precisa se tornar Metis, quando desiludida ou rejeitada ela pode acabar na velhice sendo uma Medusa, com as serpentes nos cabelos!

A Deusa Sophia/Sofia é o arquétipo da sabedoria espiritualizada. Ela conhece a alma humana e se torna conselheira e curadora de almas. Sofia é mística e tem aquela intuição feminina, aquele sexto sentido que tanto os homens invejam! Ela tem o Conhecimento, com C maiúsculo, pois ela não possui somente a intuição inata, mas procura o conhecimento, se aprofunda no estudo místico, quer conhecer o significado das coisas herméticas. Porém, ficar velha e sábia é um processo de uma vida inteira! Requer muito empenho! Muitas "Sofias" se tornam líderes espirituais porque se enriquecem interiormente ao longo da vida. As experiencias vividas as tornam ricas internamente e fazem delas seres especiais. Nesse caso a analogia com o signo de Peixes me parece evidente.

Porém, cara leitora, não quero generalizar pois não posso simplificar em poucas palavras todos os arquétipos que o feminino pode conter! Mesmo porque, ao longo da vida, podemos manifestar uma ou outra deusa, dependendo no momento e das circunstancias que estamos experimentando. Eu acredito que ao envelhecer, precisamos ter realizado plenamente todo o potencial que estava contido em nosso átomo primordial. Se não o fizermos, iremos desperdiçar uma inteira encarnação! Conhecer profundamente o seu próprio Mapa Natal, nos ajudará a desenvolver todo esse potencial. Quer compartilhar comigo suas reflexões e sua experiência? Me escreva ou envia um Whatsapp!

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São Paulo, 21 de julho de 2020


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Graziella Marraccini é astróloga, taróloga, cabalista e estudiosa de ciências ocultas e dirige a Sirius Astrology. Conheça meus serviços on-line
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