O fio de Ariadne
por Graziella Marraccini em AstrologiaAtualizado em 05/06/2009 15:11:03
A mitologia grega conta que Teseu, um jovem herói ateniense, filho de Egeu, rei de Atenas, após ter regressado vitorioso de uma longa viagem, resolve ser incluído no grupo de sete rapazes e sete moças que eram sacrificados anualmente ao monstro Minotauro, (meio touro e meio homem) que morava num labirinto construído pelo rei Minos na ilha de Creta. Este sacrifício era o castigo que Minos havia impingido a Atenas após a morte de seu filho único e herdeiro ocorrido misteriosamente naquela cidade. Teseu prometeu ao pai que mataria o Minotauro e voltaria vitorioso para Atenas. Ao chegar no palácio de Minos, Teseu conheceu a bela Ariadne, filha do rei, e se apaixonou perdidamente. Ariadne em vão tentou persuadi-lo a fugir para escapar da terrível morte que o esperava certamente no perigoso labirinto. Não conseguindo, deu a Teseu um novelo de fio de ouro explicando-lhe para desenrolá-lo ao entrar no labirinto. Desta maneira, após ter matado o monstro, ele poderia encontrar facilmente o caminho de volta e não se perderia como muitos haviam feito antes dele. O terrível Minotauro devorava a cada ano sete rapazes e sete moças aplacando desta feita sua ira, mas acabou sendo derrotado pelo esperto Teseu que cegou o monstro atirando areia em seus olhos e depois o golpeou mortalmente. Teseu ainda cortou um punhado dos cabelos do monstro e retomou o caminho de volta, seguindo o fio de ouro que Ariadne lhe havia dado. Ao chegar ao palácio entregou o cabelo ao rei que perdoou Atenas pela divida e também entregou-lhe Ariadne que, apaixonada, seguiu o herói até uma ilha onde foi, por este, posteriormente abandonada. Mas essa é outra história...
Iniciei este artigo com o mito de Ariadne porque, sempre que quero descrever a astrologia, me lembro desta lenda já que a astrologia pode realmente nos oferecer “o fio de Ariadne”. Nós humanos somos como Teseu quando nos dispomos a percorrer o labirinto –da vida– voluntaria e corajosamente, e quando nos dispomos a lutar contra o monstro voraz que nos espera. Esse monstro pode estar em nosso interior (medos, dificuldades, defeitos, vícios) e pode nos devorar a qualquer momento, e também pode estar no exterior (obstáculos, dificuldades, doenças, tristezas) e poderá nos derrotar nos fazendo perder o caminho. Porém, como conseguiremos matar o monstro, terminar a tarefa, e voltar para a casa do Pai, vitoriosos e felizes pelo dever cumprido, sem uma ‘ajuda do céu? Eu creio que astrologia pode ser nosso ‘fio de Ariadne, nossa ajuda do céu, pois nos oferece uma valiosa ferramenta para percorrer os inúmeros corredores do labirinto, superar as armadilhas traiçoeiras e inesperadas, e chegar até o monstro que queremos eliminar. Quantas vezes ao longo da vida já nos sentimos impotentes diante de algum ‘monstro? Quantas vezes nos entregamos ao destino como os pobres jovens Atenienses sem ter ao menos uma chance de lutar? Percorrer o caminho da vida, nossa encarnação, sem ter ao menos um fio para nos guiar, é como nos entregar ao destino sem exercer nosso livre-arbítrio. É por essa razão que o homem, desde a antiguidade, recorre aos oráculos, quaisquer eles sejam. O homem tem uma inclinação natural para conhecer o futuro, talvez para afastar os perigos e afastar principalmente a tão temida morte. Porém, mesmo se o oráculo nos ajuda a tomar as decisões, nós é que devemos agir! Um oráculo em Atenas havia predito a Teseu que o amor o salvaria do labirinto. E foi isso que aconteceu: ao acreditar no amor de Ariadne, no fio que ela lhe entregava, Teseu se salvou! No entanto, a astrologia não é somente um oráculo, mesmo que possa ser usada como tal. A astrologia é algo mais: ela é uma ferramenta de autoconhecimento que, ao nos oferecer os meios para lutarmos contra nossos monstros interiores e exteriores, nos ajuda a fazer nossas escolhas para não sucumbir no emaranhado dos corredores sem fim que a vida nos apresenta. Aqueles que desconhecem a astrologia podem diminuir seu valor, relegando-a a uma mera superstição, mas, creiam-me, eles são somente ignorantes já que querem crer somente naquilo que seus olhos físicos enxergam! Apesar de a astrologia ter tomado um rumo psicológico desde que Jung se interessou por ela, ela não faz parte da psicologia, ainda que utilize os mitos (ou arquétipos) como fazia Jung. A psicologia não faz previsões, mas é uma ferramenta de autoconhecimento. Jung certamente usou, entre outras coisas, o conhecimento fornecido pela astrologia quando explica a tipologia das 4 funções da consciência - pensamento, sentimento, sensação e intuição - que tem uma relação imediata com os 4 elementos - ar, água, terra e fogo - respectivamente. Os conceitos de inconsciente coletivo e dos arquétipos se adequam bem àquilo que a astrologia entende por Zodíaco e pelos signos e planetas. Até mesmo a sincronicidade dos acontecimentos é algo que a astrologia explica no pensamento hermético ‘o que está embaixo é como o que está em cima’. A astrologia nos fornece um ‘mapa da vida’ muito claro, seja pela analise do mapa natal, seja pelas previsões anuais que não devem ser tomadas como meros exercícios de adivinhação, do contrário, de nada adiantariam! Apesar de publicar anualmente neste site as previsões para o Brasil, as previsões Mundiais, pouco ainda é levado em conta daquilo que os astrólogos predizem, apesar da publicidade midiática de cada final de ano. Como influenciar os poderosos chefes das nações (será que isso seria possível)? Em nível pessoal, no entanto, cada vez mais pessoas buscam a astrologia para orientá-los em suas escolhas e atestam sua precisão, ano após ano. Em minha caminhada no conhecimento astrológico não paro de me surpreender. Uma divisão muito recente da astrologia, a Astrocartografia’ parece descrever com exatidão certos acontecimentos naturais (catástrofes como tsunamis ou até acidentes com o vôo AF447), mas, como evitá-los? Prever os fatos nos ajuda a viver mais felizes e como astróloga eu sempre procuro esclarecer o significado dos fatos que nos ajudam a exercitar nosso livre-arbítrio. Como ser humano, muitas vezes tenho que atestar somente nossa impotência diante do destino, pois a que serve “pós-ver”? Encontrar no céu os sinais da catástrofe iminente? Se algum passageiro do AF447 tivesse consultado um astrólogo, não viajaria para seu destino? Hoje me pergunto: Plutão retrógrado no ASC, no momento em que o avião levantou vôo no Rio (19:03 hs), a linha de Plutão coincidindo com a rota do avião (dados da Astro-cartografia) seria um sinal suficientemente claro para evitar a catástrofe? Quem ouviria um astrólogo: o piloto, a Air France, quem?
Essa semana, caros leitores, gostaria que se unissem a mim para vibrar de todo coração muito amor para todos aqueles que sofrem pela perda dos entes queridos!
O Gênio Cabalistico Cahetel – nº 8 - afastará os pensamentos negativos e ajudará a aliviar a dor e o estresse. Seu salmo de oração é o de nº 94.
TAV HEY KAF
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8. Desarmando energias negativas e estresse
Uma semana cheia de Luz e Energia Positiva!
São Paulo, 3 de Junho de 2009