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Trilhar o mesmo Caminho

por Graziella Marraccini em Astrologia
Atualizado em 17/06/2010 15:57:52


Nesse período em que o campo astral nos incita a fazer mudanças – assunto discutido no meu artigo anterior – andei refletindo na dificuldade que enfrentamos para efetivar essas mudanças em nossas vidas e desejo refletir sobre o assunto com vocês. Em minha opinião, nós estamos presos em armadilhas desde nossa infância, condicionados pela cultura local e familiar, pela mídia, enfim, pelo ambiente em que crescemos. Nossa vida atual é materialista ao extremo e aparentemente isso dificulta nossos esforços para conseguimos sair livres desse condicionamento. Corremos atrás da felicidade efêmera proporcionada pelos prazeres materiais e nos esquecemos que um dia acordaremos e perceberemos que não vivemos, realmente, nossa própria vida. Naturalmente, como astróloga e estudiosa de ocultismo, eu me questiono intimamente sobre a razão de minha existência, sobre minha missão na vida. Por essa razão, abandonei uma profissão promissora e muito bem remunerada para me dedicar aos estudos esotéricos: eu precisava de respostas e mais do que tudo, eu precisava me sentir conectada aos outros seres humanos! Essa União com o Todo me encaminhou aos estudos esotéricos. Esse anseio me empurrou a procurar no ocultismo aquelas respostas que nenhuma ciência sabia me dar. Anos de estudos e muitos questionamentos mais tarde, cheguei à conclusão que os caminhos que nos levam ao UNO são muitos e todos válidos, mas passam necessariamente pela Evolução Espiritual. Cada um de nós procura aquele caminho que melhor se adapta à sua própria personalidade, portanto, ao seu tema de vida, mas sempre será um caminho na direção da União com o TODO; caso contrário, não haverá evolução.

O Caminho da Vida (cito Michael Odoul) “é uma espécie de fio condutor que todo ser humano segue ao longo de sua existência”. Esse caminho pode ser comparado com o roteiro de um filme, uma rota a seguir. Essa rota nos é fornecida quando nascemos, quando encarnamos e está delineado no nosso mapa astral do nascimento. No entanto, de que forma seguiremos esse caminho dependerá de nós mesmos, de nossa determinação e de nosso discernimento. Muitas vezes, caminharemos cegos em trilhas já percorridas por nossos antepassados sem ao menos nos questionar se é o caminho que realmente queremos para nós seria exatamente esse! Em artigo antigo (publicado no STUM) eu comparei a interpretação do mapa astral natal a um arcano do tarô: o de numero 7 – O Carro. Vou fazer um novo resumo de meu pensamento.

Neste Arcano, vemos dois cavalos (Yang – branco e Yin – preto) puxarem uma carruagem e sendo direcionados por um cocheiro (um condutor) que está de pé, bem no centro da carruagem. Os cavalos simbolizam nossos instintos e emoções (em alguns tarôs são quatro cavalos simbolizando os quatro elementos). O cocheiro que conduz a carruagem simboliza nosso Eu Consciente, nosso mental (Mercúrio) que é condicionado pelas necessidades do Ego (a Lua), de Vênus (prazer) e de Marte (instinto reprodutor). Em artigos anteriores, eu já havia analisado esse condicionamento lunar como sendo relativo ao ambiente familiar e as reações emocionais decorrentes da pequena infância. O Eu Interior ou o Guia Interior, como queremos chamá-lo, tem assento ‘dentro da carruagem’, e é como um passageiro, condicionado nesta encarnação pela estrutura do corpo físico (o carro), e pela dinâmica imposta pelos cavalos (necessidades emocionais) assim como pelas condições do caminho (meio ambiente social e cultural).

No inicio da nossa viagem, o Eu Interior fornece um roteiro ao cocheiro com o intuito de instruí-lo sobre a meta a ser alcançada nesta vida. O Eu Interior conhece a meta, pois ele a escolheu antes da encarnação. O cocheiro, então, pega o roteiro e vai levando a carruagem pelo ‘caminho da vida’. No entanto, (sempre há um porém!) o cocheiro, condicionado pelo mental e pelo emocional, muitas vezes ‘esquece’ a direção a seguir ou se desvia do caminho. Quando ele ‘cochila’ os cavalos erram a rota, ou se abandonam num estado de sonolência, cansados de seguir adiante (é a estagnação). Quando o condutor, por comodismo, procura seguir uma trilha já proporcionada pelos rastros deixados pelos antepassados, pode cair numa vala porque ‘nossos pais’ também o fizeram! Ou, então, desatento, fará a carruagem cair num buraco, quebrar uma roda e acabará obrigado a fazer uma ‘parada de reparação’. Essas paradas correspondem às nossas doenças, acidentes ou traumas físicos ou emocionais. Enquanto isso, o ‘passageiro’, o Eu Interior, estará atento aos erros cometidos pelo condutor e enviará mensagens para que ele faça uma ‘correção de rota’, para que fique alerta.

As escolhas inadequadas causam problemas e o Eu Interior sabe como corrigi-las, porém, o ‘condutor’ muitas vezes não escuta as chamadas do Eu Interior, faz-se de surdo condicionado e distraído pelas emoções que puxam as rédeas na direção errada. Ah, se ele confiasse mais na sua voz interior, se ele ouvisse aquela vozinha da intuição! Porém, na maioria das vezes, esse cocheiro ouve somente a voz da razão, aquela razão condicionada e que fala diretamente ao seu Ego. A Astrologia Cabalística nos ensina que Mercúrio (o mental), Vênus (o prazer), Marte (o impulso) e a Lua (emocional) condicionam nossas escolhas. Nossos instintos são como cavalos indomados que se forem deixados com rédeas soltas nos levarão ao desastre, resultando em doenças, traumas e falências emocionais e materiais! Além disso, quanto mais o condutor estiver seguro de si, persuadido de que ele ‘domina a situação’, tanto mais ele fará escolhas insensatas e condicionadas e mais perigos enfrentaremos em nosso caminho!

Quando há neblina ou tempestade em nosso caminho fica difícil seguir adiante se não tivermos um Guia Interior, um Anjo da Guarda em quem confiar (você pode fazer o Teste Interativo dos Gênios Cabalísticos no STUM para conhecer o seu!). Ele sabe guiar nossa carruagem, recolocando-a no caminho certo. Se ouvirmos essa voz interior, poderemos fazer essa ‘correção de rota’ e nos libertaremos dos condicionamentos emocionais, sociais, familiares que causam frustrações ou felicidades efêmeras para, finalmente, seguir nosso próprio ‘caminho da vida’ e encontrar a verdadeira felicidade.

É com essa certeza no coração que podemos começar a fazer nossas ‘correções de rota’.
E se agirmos do mesmo modo no coletivo, poderemos mudar a rota desastrosa para onde caminha nossa civilização. Todos juntos faremos a diferença. Por que trilhar sempre o mesmo caminho, se a Era de Peixes está no fim e a Era de Aquário ilumina nosso horizonte?

A verdadeira liberdade se alcança com comprometimento social, com ousadia e com mudança de pensamento. Vamos em frente juntos, pois SOMOSTODOSUM!

Uma semana cheia de Luz a todos!
São Paulo, 16 de junho de 2010


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Graziella Marraccini é astróloga, taróloga, cabalista e estudiosa de ciências ocultas e dirige a Sirius Astrology. Conheça meus serviços on-line
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