Câncer, o despertar do caranguejo
por Eraldo Manfredi em AutoajudaAtualizado em 10/02/2003 11:15:53
Muito tem se falado, e já faz muito tempo, sobre a “doença do século” e suas causas.
A preocupação com a poluição ambiental, os alimentos modificados, tratados, refinados, em excesso ou em falta. O tabagismo, o inferno das ondas eletromagnéticas que nos transpassam em qualquer lugar, até o velho sol leva uma boa parcela de culpa!
Pelos nossos estudos de anos, realizados com muitas pessoas, podemos verificar que tudo que está acima citado representa somente fatores desencadeantes da doença, e não os fatores determinantes.
A conclusão à qual sempre chegamos é a que já trazemos dentro de nosso inconsciente principal os inconscientes individuais de cada doença; exemplificando, trazemos dentro de nossa mente as sementes adormecidas de todos o chamados “males” que afetam os membros da raça humana.
Estamos aqui simplesmente relatando casos que foram objeto de estudo no atendimento das pessoas mais variadas que nos procuraram e que infelizmente, em sua maioria, chegaram muito tarde para tentar reverter um processo patológico já totalmente instalado no corpo.
Pela nossa percepção temos de estar plenamente conscientes da importância das emoções e sentimentos que interiorizamos e exteriorizamos.
Mágoas, culpas, ódio, raiva, frustração, desamor, ressentimentos e tudo o mais que prescinde do Amor Universal pode ser considerado fator desencadeante, não somente do câncer, mas de todas as demais patologias.
Outro fator agravante é sempre o de não manifestar, verbalizar, expressar, pôr pra fora qualquer uma destas grandes emoções e sentimentos que possam assim se tornar nossos algozes. Lembramos que até o próprio Amor, quando não expresso em atos ou palavras, pode ser também um poderoso fator determinante. Daí a importância de deixarmos de pertencer, finalmente, ao vasto clube dos “analfabetos emocionais”.
Estudo de caso: Amélia, casada, 55 anos.
Amélia podia ser considerada pelos padrões vigentes uma pessoa muito afortunada. Casada durante 35 anos, dois filhos maravilhosos, ótima situação econômico/financeira, moradora em bairro nobre de S. Paulo, vizinha do ultimo ex-presidente da Republica.
Enfim, tinha tudo que o dinheiro podia adquirir.
Por ser uma grande amiga também, sempre tive acesso às mais variadas situações de sua vida que acabavam gerando tristezas e lágrimas. Amélia tinha sido educada a respeitar sem contestar o marido, as tradições vigentes, os padrões clássicos de comportamento que a impediram de expressar sua verdadeira essência.
Os filhos muito amados tinham saído de casa para constituir sua própria família, e as noras acabaram por se desentender mutuamente causando situações constrangedoras que geravam muita tristeza e angústia em Amélia, como, por exemplo, o fato de no Natal chegar a preparar o almoço para um filho e ir jantar mais tarde na casa do outro...
O casamento que aparentemente, visto de fora, era o ideal, na realidade há muito tempo deixava a desejar, com o marido sempre trabalhando, voltando tarde para casa e nunca mais sendo companhia para nada. As viagens das quais tanto gostava eram na companhia de amigas ou de parentes, com o marido que praticamente não tirava férias e se vangloriava disso.
“Amélia” desenvolveu um câncer no baço e nos procurou já com muitas metástases em seu organismo.
No início do atendimento verificamos uma enorme quantidade de mágoas com filhos, noras, marido e outros familiares, tudo isso misturado com uma grande frustração por perceber que, de fato, ela não estava vivendo sua vida.
Como já sabem, a melhor terapia para a Alma é a do perdão, que foi utilizada maciçamente mais uma vez, gerando alívio e bem-estar.
Após algumas sessões, intuitivamente tentei um experimento inédito captando desta vez não um fato marcante ou um trauma vivido pela pessoa nesta ou em outras vidas, e sim o próprio 'inconsciente' do câncer. Sim, tudo está conectado ao todo e esta conexão se processa pelos vários inconscientes, sejam eles de seres vivos ou de formas e elementos de tudo que faz parte do todo, de tudo que existe! Estamos todos interligados por uma enorme e fabulosa teia inteligente e universal.
Foi uma idéia que vingou e que pratico em todas circunstâncias e até com os inconscientes de órgãos transplantados...
O inconsciente da doença veio de uma maneira que não era esperada, com a sensitiva que faz a captação sob meu comando, cruzando os braços sobre o peito e movendo os dedos das duas mãos como que simulando as pinças de um caranguejo.
Ouvimos como que um longo lamento, um murmúrio. As palavras que seguiram e que estão gravadas em fitas foram muito elucidativas:
- Ao ser perguntado quem era e o que estava fazendo no corpo da “Amélia”, o inconsciente do câncer afirmou:
“Estou vibrando. Me acordaram”!
- O que te acordou?
“As vibrações...”
- Mas para que?
“É assim que funciona”.
- Mas qual é o motivo?
“Me acordaram”.
- O que?
“As vibrações”.
- De que tipo?
“Do tipo raiva, irritação, e muita, muita, muita, muita força controlando as emoções, trazendo as emoções pra dentro das correntes elétricas do corpo, fazendo com que elas se concentrem naqueles órgãos mais abertos no momento e acordem o pequenino caranguejo que dorme”.
- Que caranguejo?
“O pequenino caranguejo que dorme, vibrando, vibrando, o pequeno caranguejo de plasma que deve ser mantido sempre adormecido e que não deve acordar jamais, para que os seres tenham saúde, com uma vibração constante de calma interior e muito autocontrole. Caso não exista isso eu começo a crescer”.
Reafirmando em seguida novamente que as raivas, as magoas, as culpas, o “engolir sapos” e muitas outras, são as vibrações que acordam o “pequenino caranguejo”.
- O que é necessário pra você voltar a adormecer?
“Cantar a musica da satisfação pessoal e da aceitação dos próprios conflitos. Só isso faz o caranguejo de plasma adormecer. A ausência de vibração emocional interna; quando você declara suas emoções externamente elas vibram pra fora, não vibram pra dentro e o caranguejo pode dormir sossegado”
- Que musica é essa?
“Positivismo e auto-aceitação”.
O perdão, o remédio sagrado, entrou então em ação.
Aqui está:
“Peço perdão ao caranguejo adormecido por tudo que ele me causou sendo despertado e também o perdôo por tudo e peço perdão por tudo que causei a ele e a mim mesma o despertando.
Quero nos libertar de todos os vínculos de raiva, mágoa, irritação, incômodos diversos para que você possa voltar a adormecer”.
“Amélia” veio a falecer meses depois, em estado de serenidade e tranquilidade, tendo provavelmente colocado em sua bagagem de ser imortal uma preciosa gama de informações, e se tornando também mais uma fonte de conhecimento real, que está inclusive enriquecendo a todos que lerem este texto.
Somos Todos UM