A culpa é da testosterona
por Adília Belotti em AutoconhecimentoAtualizado em 02/10/2008 17:46:57
Em tempos de crise, todo mundo sai à cata de bodes… eventualmente, é claro, nenhum dos pobres bodes têm culpa no cartório, mas…
No jornal Times inglês de hoje leio uma reportagem interessantíssima sobre o impacto da testosterona na crise financeira do planeta. Alguns estudos sugerem que quando um homem amanhece com níveis mais altos de testosterona, ele tende a assumir mais riscos ao longo do dia. Na mesma linha de raciocínio darwianiano, homens tendem a assumir mais riscos se uma criatura do sexo feminino estiver acelerando seus batimentos cardíacos. Um estudo da Universidade de Liverpool mostrou que os homens em geral são mais propensos a atravessar uma rua movimentada fora do sinal, por exemplo, do que as mulheres. Pior. Digamos que você peça a um ser do sexo masculino para brincar de “cara ou coroa” valendo dinheiro. Digamos que você coloque ao alcance da vista desta destemida criatura, uma foto erótica de mulher. Adivinhou? Ele vai apostar mais alto…
A pergunta ultracontrovertida do Times, em função dessa predisposição masculina para associar risco com desempenho sexual – o que faria a crise financeira ser um produto de “delinqüentes intoxicados de testosterona” –, é: e se as mulheres dominassem o mercado financeiro, será que estaríamos em crise?
Na falta de respostas conclusivas, o jornal sai com elegância britânica pela tangente, pode ser que sim, pode ser que não. Mulheres quando chegam aos cargos de poder das organizações tendem a reproduzir os mais estereotipados comportamentos masculinos, são tão agressivas quanto eles, por exemplo. Por outro lado, algumas doses de “feminino” não fazem mal, nem para eles nem para elas, certo?
Na falta de conclusão, sobra esperança. “Uma grande massa de mulheres transformaria o ethos financeiro do mundo, o ambiente de trabalho das corporações e as horas que passamos no trabalho de tal forma que isso reduziria muito as chances de uma outra crise financeira destas proporções”.
Há que se preparar para esse novo tempo…