A importância das cores
por WebMaster em AutoconhecimentoAtualizado em 17/01/2003 10:53:22
Por: Lígia Jacobsen Alvares
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Minha geração - (tenho 55 anos) - teve o privilégio de vivenciar a transição da televisão em branco e preto para a colorida! Que experiência!
Creio que foi exatamente aí, nesse momento, que passei a ver, a observar as cores com outros olhos. É claro que já existia, para a minha geração, o cinema em “tecnicolor”. Porém, eu já havia conhecido o cinema assim: colorido. Não houve impacto.
Assim, também, quando nascemos, (apesar de ser, este, um mundo totalmente novo e impactante, para o recém-nascido), as cores nos envolvem, desde o início, com intensidade e brilho e tão naturalmente que não podemos, nem por um minuto, pensar ou imaginar o mundo de outro forma. Penetramos as cores e elas nos penetram interagindo de tal forma que não percebemos se elas nos influenciam ou alteram nossas vidas.
A verdade é que nós também somos coloridos: cabelos e olhos de cores diversas, peles cuja pigmentação tonaliza-as variadamente e, finalmente, em nosso interior, órgãos vermelhos, esbranquiçados, veias e artérias azuladas, líquidos esverdeados, amarelados etc.
Qual seria, portanto, a intenção da natureza em nos fazer coloridos por dentro e por fora e, ao mesmo tempo, colocar-nos em um entorno ambiental tão exuberante em luz e cores se não houvesse uma causa, uma razão para isso, não é mesmo?
Se ao nascer encontrássemos um mundo em preto e branco, tal qual era a TV antigamente, e depois, quando alcançássemos os sete anos de idade, mais ou menos, este mesmo mundo passasse gradativamente a se colorir, é possível que, então, desde pequenos, entendêssemos a importância da cor. Desvendaríamos um “admirável mundo novo” que nos traria muito mais alegria, prazer, saúde física, mental e emocional. Porque, sem dúvida, de alguma forma e de muitas maneiras as cores alteram as nossa vidas - para o bem ou para o mal - depende de como, onde e quando nos utilizemos delas.
Quem já não ouviu alguém dizer que é preciso “colorir a vida para ser feliz”? Quem já não ouviu dizer que nos países onde o inverno dura seis meses e o entorno é descolorido, os níveis de depressão e os suicídios são em números significativos e crescendo cada vez mais?
O assunto é um celeiro cheio de várias abordagens: desde a científica (cromobiologia, por exemplo) até a esotérica, passando por tradições e costumes de povos e raças que, sem dúvida, herdaram o conhecimento referente às cores (e outros), de ancestrais que seguramente, comungavam com a natureza de uma forma muito mais íntima, abrangente e sábia do que o fazemos hoje em dia.
É preciso reaver este conhecimento. É preciso interagir com a natureza e, principalmente, com suas cores.
Provavelmente, em algum momento de nossas vidas tivemos a oportunidade de ver como são coloridos os pássaros, peixes, batráquios as cobras etc. Como determinadas danças de acasalamento animal estão interligadas com coloridos especiais para o momento da sedução. Como os povos indígenas de várias partes do mundo pintam o rosto e o corpo para as várias atividades, desde o amor (namoro e casamento) até à guerra. Como se enfeitam com contas de sementes e penas coloridas. Estou certa de que isto quer dizer alguma coisa! Como escolhem as cores? Por que algumas são utilizadas nesta ou naquela atividade e outras não? Trataremos de ir respondendo a estas questões passo a passo, pesquisando sempre mais.
Sugiro que, para começar a retomar um pouco dessa sabedoria, passemos a olhar, primeiramente, as cores que nos rodeiam procurando perceber o que sentimos, que sensações nos ocorrem quando interagimos com elas. Uma de cada vez. Um pouquinho a cada dia, todos os dias. Depois, veremos...