A Inteligência como Solução
por Conceição Trucom em AutoconhecimentoAtualizado em 23/06/2003 12:05:35
Memphélopes de Alexandria
O convívio afetivo na Terra sofre inúmeros dissabores, tendo em vista as grandes dificuldades que envolvem o relacionamento humano. Na prática do cotidiano as pessoas tendem a querer moldar seus parceiros, para que tenham comportamentos mais afinados com o perfil que julgam representar o casal.
Considerando que a coexistência pacífica exige diálogo constante, e tranqüila exposição de motivos, torna-se uma necessidade que as partes envolvidas procurem o entendimento, que também exige renúncias e deveres. Requer a autocrítica, que nem sempre é aceita de bom grado.
A falta de diálogo e de consenso assim levanta animosidades rígidas, que dificultam a convivência em suas várias fases.
Mas surge então outro questionamento. De onde parte realmente a inflexibilidade? De quem deseja a mudança ou de quem se apresenta como conservador? Pois, tanto mudanças imediatas, quanto posições inabaláveis, podem também representar comportamentos imaturos, carentes de conseqüências. Certamente, numa situação dessas, pelo menos uma das partes sofrerá.
O conflito, visando a solução, pode incorporar contornos desagradáveis se for levado ao extremo. Surgindo assim os queixumes típicos da situação que passam a envolver terceiros fora da relação, na esperança de conselhos e de remédios morais. Essa via, entretanto, tende a agravar o problema, porque normalmente as opiniões alheias carecem dos insumos necessários para a formalização de sugestões adequadas. Com as pessoas limitando-se a apresentar superficiais soluções definitivas, ao invés de levantarem apenas os possíveis instrumentos de reflexão ou fortalecendo partes que nem sempre têm razão.
O ideal, dessa forma, é que os descontentes substituam o tempo dedicado ao sofrimento e à magoa, pelo tempo disponibilizado à meditação construtiva, e ao exercício da própria inteligência.
Não devem esquecer que todos os acontecimentos se estruturam em raízes ou regras que podem ser analisadas. E nesses parâmetros podem estar não somente os argumentos mais fortes sobre determinada posição, como também, por outro lado, a melhor compreensão do comportamento alheio; gerando o clima para a adaptação e o entendimento, ou até mesmo para o reconhecimento de que o erro é de quem reclama, por ser severamente insensível.
As respostas poderão ser muitas, porém o importante é agir com calma e inteligência. Sem atitudes compulsivas ou precipitadas que colham, no futuro, o dissabor do remorso.
A Mensagem acima foi psicografada por Hur-Than de Shidha, e será publicada no livro "O AMPARO DO ALTO" da Editora do Conhecimento.
Nesta Nova Era, onde tudo está aberto e fácil à todos, muitos são os cursos, livros, palestras e atendimentos que nos atraem com a perspectiva de encontrarmos as soluções imediatas e prontas aos nossos desafios.
Mas, lendo o texto acima, cabe a cada um de nós ficarmos um pouco em silêncio, dando espaço à reflexão: Existem realmente soluções milagrosas e rápidas? Existe alguma fórmula mágica, onde piscamos os olhos, torcemos o nariz e PLIM!???
Não tentemos tapar o Sol com peneiras, não tentemos nos auto-iludir, não insistamos mais em pedir que a solução caia do céu. Nesta era da informática, onde tudo está acelerado, ficamos adultos com precocidade, mas imaturos para discernir a realidade da fantasia.
A saída aos nossos desafios passa necessariamente pelo esclarecimento, com respectivo aumento do autoconhecimento, muita meditação, muito silêncio (solitude), reflexão, conquista da auto-estima, compaixão e finalmente: a solução surge (transborda) de dentro de nós, contagiando a todos que nos cercam.
Fazer cursos? Assistir palestras? Ler livros? Consultar oráculos?
SIM. Mas só aqueles que trazem esclarecimento, clareza, lucidez ao nosso inconsciente, para poder organizá-lo, e assim permitir chegar à consciência todo o conteúdo que nos fará crescer.
NÃO. Para aqueles que prometem milagres, facilidades, visões do futuro e muito blá, blá, blá.
E percebam que a grande maioria das pessoas só valorizam aqueles "trabalhos" que prometem facilidades. Logo percebe-se que há que colocar algo mais, então reclamam e se sentem lesadas e frustradas. No fundo da frustração está dito: "Eu não quero me esforçar, quero algo pronto". Dançou! Esta postura vai te levar para a prorrogação.
Entretanto, aqueles "trabalhos" que se comprometem em somente trazer esclarecimentos, desvendar véus sobre o inconsciente e pedem que cada um faça a sua meditação/reflexão para encontrarem dentro de si as respostas, acabam por serem desconsiderados, ou mesmo ditos como: "ineficazes". Mas este é o caminho verdadeiro. Uma vez trilhado com discernimento e determinação, acontecerá a transformação, a cura, a solução.
E, como diz Saint Germain: O tempo urge!
Que prorrogação que nada. Eu quero mais é sair da Matrix!