Açúcar x Mulheres
por Conceição Trucom em AutoconhecimentoAtualizado em 19/02/2009 14:19:12
O açúcar é um produto químico travestido de alimento - Fernando Ferdo
As mulheres em geral gostam muito de açúcar, mas a recíproca não é verdadeira. O açúcar está associado a uma série de condições que infernizam suas vidas: celulite, tensão pré-menstrual (TPM), enxaqueca, estresse, rugas. Nas mulheres grávidas, o mal que o açúcar faz é em dobro e significa pré-eclâmpsia, endometriose, diabetes gestacional e bebê macrossômico. Mesmo que o açúcar estivesse envolvido apenas com problemas que atingem as mulheres individualmente, já seria motivo suficiente para preocupação. A gravidade da situação é que o açúcar está atingindo o ser humano no delicado momento da reprodução da espécie comprometendo o futuro da humanidade.
Celulite
Celulite nada mais é que células do tecido subcutâneo com
gordura armazenada. Um quadro infeccioso da pele associado a alterações
metabólicas do tecido subcutâneo e a distúrbios endócrinos.
A celulite se forma na camada profunda da pele no tecido gorduroso entre a derme
e os músculos. Uma alteração misteriosa no metabolismo dessa
camada de gordura origina a celulite.
Um crescimento desordenado de células de gordura interrompe a circulação congestionando o tecido dando origem aos buracos e nódulos típicos da celulite. Todo mundo sabe que gordura nada mais é que o "excesso" de açúcar ingerido. O Dr. Antonio Herbert Lancha Jr. recomenda: "se o objetivo é reduzir a celulite, evite longos período de jejum. Evite também alimentos com muito açúcar".
O irônico da coisa é que existe uma indústria, funcionando a todo vapor, que movimenta bilhões de dólares no mundo inteiro por conta da celulite, tratamentos mirabolantes e caros para combatê-la, quando a solução é tão simples e barata: a primeira providência da mulherada que quer se ver livre da celulite é largar o açúcar.
Estrias
O que causa as estrias ninguém sabe. Entre as causas possíveis estão
o desequilíbrio hormonal e a má formação do colágeno.
Colágeno e elastina são células de sustentação
localizadas nas camadas mais profundas da pele. Quando elas se rompem o reflexo
na flor da pele são as estrias.
O açúcar é suspeito na formação das estrias por duas razões básicas: uma porque é um notório bagunceiro dos sistemas hormonais e a outra seria a glicação não-enzimática de proteínas (GNP), durante a qual fica exposto o colágeno - proteína que ajuda a conferir elasticidade e viço a pele.
Mulheres que não desejam ter seu corpo todo estriado, têm na dieta isenta de açúcar o melhor caminho: a prevenção, posto que a dieta açucarada moderna responde por uma enxurrada de glicose inútil e radicais livres nocivos ao organismo. "O segredo é não comer açúcar, praticar exercícios físicos, consumir verduras..." resume Patrícia Rittes dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, respondendo à pergunta de uma internauta sobre estrias no Chat do portal Terra.
Enxaqueca
Outro fantasma na vida de muitas mulheres é a enxaqueca. As bebidas alcoólicas
encabeçam a lista de fatores que desencadeiam as crises de enxaqueca. O
vinho tinto é o campeão de reclamações, embora bebidas
destiladas também contribuam. Os médicos que lidam com o problema
não atinam, mas o vinho tinto envolvido com certeza é o "suave",
e quando a bebida for destilada deve ser outra porcaria açucarada, tipo
caipirinha, ou coquetel de frutas, que as mulheres adoram.
O doutor Edgar Raffaelli Jr, fundador e presidente honorário da Sociedade Brasileira de Cefaléia, em entrevista ao <i>site www.cente.med.br </i>diz: "Existe, porém, um inimigo que, em geral, as pessoas desconhecem e custam a identificar: o açúcar. Como o controle da glicemia depende também do sistema límbico e o hipotálamo desses pacientes funciona mal, as oscilações bruscas da taxa de açúcar no sangue são fatores importantes para deflagrar a crise". Mais adiante, o médico explica melhor o que acontece: "Uma hipoglicemia reacional evidencia o fato de o açúcar ter sido queimado em excesso por ter agido como agressor do sistema. Portanto, a conduta acertada é ingerir menos açúcar".
Endometriose
A endometriose é uma doença crônica muito comum, caracterizada
pela presença de tecido de estrutura semelhante ao endométrio (mucosa
que reveste as paredes internas do útero) em diversas áreas do aparelho
genital feminino: peritonal, ovariana, septo-retrovaginal. A endometriose pode
provocar dores menstruais e causa fibrose em toda a pelve, envolvendo tanto os
ovários, que o óvulo normal não pode ser liberado, sendo,
portanto, causa de esterilidade feminina.
A Folha de S. Paulo, no caderno "Equilíbrio", na Internet, tem
um depoimento comovente da fisioterapeuta Ana Tereza em pergunta à Dra.
Cláudia Colucci: "Eu tenho endometriose e quando recebi o diagnóstico
já nem queria mais tratamento algum, pois já tinha tido um natimorto,
dois abortos e uma gravidez ectópica. Fiquei um ano sem comer açúcar
e quando já nem acreditava era mãe".
Menopausa, Menstruação e TPM
O nome do site é Canal Saúde. Nele encontro interessante texto de
Lúcia Fávero do qual destaco este trecho: "O açúcar
é muito prejudicial para quem está enfrentando os problemas da menopausa.
Ele provoca uma flutuação hormonal no pâncreas que leva à
baixa de estrógeno. Além disso, açúcar provoca lentidão
dos elementos químicos dos hormônios, prejudicando o trabalho das
supra-renais e também atuando para baixar o nível de estrógeno.
O açúcar não faz falta ao organismo. O açúcar
é um vício (dos mais fáceis de abolir). O segredo está
em cortar definitivamente a utilização do açúcar para
a alimentação".
Fico feliz quando encontro um site como esse. Defendemos a mesma causa: açúcar zero. Quanto à menstruação e TPM (tensão pré-menstrual), na página do jornal cearense O Povo, na Internet, leio matéria de 01 de janeiro de 2003 sobre esses assuntos. Como "armas para combater a TPM" entre outras providências, como dormir bem, o Dr. Carlos Antunes, ginecologista e homeopata, pede atenção para a ingestão de açúcar. Segundo ele, para cada três colherinhas de açúcar refinado, o organismo tem que se livrar de 100 miligramas de toxinas, e a capacidade de eliminação do organismo é de apenas 60 miligramas. Essas toxinas são subproduto do tratamento químico pelo qual o açúcar passa até ficar branco. É o lixo químico fino do açúcar.
Rugas de açúcar
Em reportagem da revista Veja, de 29.9.2004, intitulada "Doutor Celebridade",
ficamos conhecendo o Dr. Nicholas Perricone, dermatologista de estrelas do porte
de Sharon Stone e Nicole Kidman e inventor do creme do "efeito Cinderela".
Segundo a Veja, Perricone é dono de um império que movimentou, só
em 2004, 70 milhões de dólares. Com mais de uma centena de substâncias
patenteadas em todo o mundo, sua linha de produtos de beleza está nas prateleiras
de lojas como Daslu, Neiman Marcus, Saks e Nordstrom. Um pote de creme pode chegar
a custar 570 dólares.
Seu livro"O fim das rugas" ficou 25 semanas na lista dos mais vendidos nos EUA; outro best-seller dele é "Rejuvenescimento Total".
O Dr. Perricone é autor de uma interessante teoria sobre o envelhecimento: seria o resultado de sucessivas inflamações nas células. O remédio? Além dos cremes e loções criados por ele, uma dieta alimentar rica em frutas, verduras, legumes, alguns tipos de proteína (como a da clara de ovo) e muito salmão. O peixe é riquíssimo em dimetilaminoetanol, o nome da substância conhecida pela sigla DMAE, base dos cremes de Perricone.
Na curta entrevista a Veja por telefone, perguntado sobre qual é a base de sua teoria antienvelhecimento, respondeu o doutor Perricone: "Depois de vinte anos de pesquisas, concluí que o envelhecimento se deve a inflamações causadas por substâncias tóxicas. O açúcar é um dos grandes vilões nesse processo. Tanto que pessoas com diabetes, que sofrem de excesso de açúcar no sangue, envelhecem numa velocidade um terço maior do que as não diabéticas. Em um dos meus livros, digo que as rugas, por exemplo, são uma doença resultante dessa inflamação e, como tal, podem ser curadas". Que maravilha! A substância química que vimos focalizando tem mais essa propriedade... vamos arranjar um nome para ela? Gerontogênica? Seniligênica? Rugogênica?
O tratamento do Dr. Perricone funciona pela razão básica de que
ele pede que se retire da dieta o fator patogênico, que é... todo
mundo já sabe. Com isso, ele estanca o processo de glicação
degenerativa das suas clientes. Os cremes de 500 dólares são o chantilly
com o qual o homem ganha o dinheiro dele.
Amiga leitora, se você zerar o açúcar, tanto faz você
comer salmão ou sardinha, abacate ou abóbora, o "efeito Cinderela"
vai acontecer. Quanto às mulheres que não abandonarem a dieta açucarada,
terão que encarar o "efeito Bruxa Malvada".
Pré-eclâmpsia ( ex-toxemia gravídica )
Associando pré-eclâmpsia à obesidade, resistência insulínica
e trigliceridemia, o Dr. T. Clausen, do Hospital da Universidade de Ullevaal,
em Oslo, Noruega, orientou uma equipe de pesquisadores, partindo da hipótese
de que a ingestão de calorias de alimentos ricos em sacarose ou ácidos
graxos poliinsaturados, independentemente considerados, aumentaria o risco de
pré-eclâmpsia.
Nas mulheres grávidas, os testes confirmaram que o consumo de açúcar está associado ao aumento do risco de contrair pré-eclâmpsia. Segundo o Dr. Clausen, os ácidos graxos poliinsaturados também contribuem. Os pesquisadores não observaram relações entre outros nutrientes energéticos e o risco do distúrbio. E concluíram que "os padrões dietéticos cada vez mais prevalentes em diversas partes do mundo podem afetar adversamente os muitos esforços para reduzir as complicações hipertensivas durante a gravidez". Em outras palavras, a dieta açucarada moderna está ofendendo a humanidade desde o ventre materno.
Picamalácia
É aquele estranho desejo que as mulheres grávidas têm de comer
coisas estranhas. Picamalácia tem a ver com o lado patológico da
coisa. É quando as gestantes querem comer coisas absurdas como barro, palito
de fósforo, bolinhas de naftalina, cabelo etc. Para alguns autores, o instinto
explicaria tal comportamento; assim, por exemplo, a necessidade orgânica
de algum mineral levaria uma grávida a comer argila. Mas a ciência
médica não concorda com isso.
O desejo de comer comida normal, frutas fora de época, por exemplo, não
é considerado picamalácia. Segundo o livro "Nutrição
na Gravidez e na Lactação", entre os alimentos mais desejados
pelas grávidas estão os doces, e esses desejos ou aversões
"não são necessariamente prejudiciais". Já comer
amido, coisa comum entre as negras americanas, é tido como sintoma de picamalácia
e tem até nome próprio: amilofagia. Se comessem terra ou barro seria
geofagia. Comer amido, ainda segundo o livro, "pode provocar obesidade".
Amido, até onde sei, é alimento, contém proteínas,
vitaminas, sais minerais, fibras e ainda libera glicose lentamente; logo, ingerir
um alimento normal não poderia caracterizar uma doença. A não
ser que amilofagia se refira à mania de comer amido cru. Mesmo assim, comer
gordura ou proteínas cruas daria nas picamalácias: lipidiofagia
e protidiofagia o que não acontece.
Então, o fato da mulher grávida comer doce não é "necessariamente prejudicial", ao passo que comer amido é patologia e "pode provocar obesidade".
Ao meu ver, temos aqui um claro exemplo de um texto de nutrologia escrito segundo
os interesses dos traficantes de açúcar, ou seja, não se
trata de ciência e sim de ideologia.
Proponho a colocação dessa ciência em pratos limpos. Assim
sendo, o desejo de ingerir amido deve ser considerado um desejo normal, quiçá
manifestação instintiva da gestante da necessidade de nutrientes;
e o desejo de comer doces deve ser considerado uma perigosa manifestação
de picamalácia que expõe as mulheres grávidas ao risco de
obesidade, diabetes gestacional, ao risco de gerar bebês macrossômicos
e ao risco de pré-eclâmpsia.
Diabetes gestacional
O diabetes gestacional é um assunto da maior gravidade, justamente porque
atinge a humanidade no sagrado momento da reprodução da espécie.
Não vejo, porém, a seriedade necessária no trato desse assunto.
Por exemplo, um número especial sobre diabetes da revista Saúde,
já na capa, ao lado do rosto perfeito de Carolina Melhem, traz uma chamada
insidiosa: "Com moderação, dá até para liberar
o açúcar". Liberar açúcar para diabéticos
devia ser considerado crime e o pedido de moderação, um atenuante.
Na apresentação, Lúcia Helena de Oliveira, diretora de redação,
diz que o número de diabéticos "só aumenta justamente
porque o mundo está cada vez mais gordo". E está cada vez mais
gordo porque a dieta está cada vez mais doce, alguém duvida?
A revista informa que o diabetes gestacional atinge 2% das grávidas. O médico Dráuzio Varela acompanhou a gravidez de cinco mulheres para o programa Fantástico, da Rede Globo, e uma delas apresentou a síndrome - justamente a que mantinha a geladeira abastecida de chocolate. Uma em cinco, não sou boa de matemática, mas são 20%. Será que o pessoal da digitação da revista comeu o zero?
Na cidade do Recife, o número de casos de diabetes gestacional já passa de 130 mil por ano; será que essa cifra é só 2% dos nascimentos daquela cidade? Ou a indústria da doença não teria interesse em informar a real dimensão do problema?
E quanto à etiologia do diabetes gestacional? Segundo a teoria geral que informa este livro (ver referência abaixo), é o consumo aumentado de açúcar pelas mulheres grávidas. Todos sabemos que as gestantes comem mais, "comem por dois", e, et pour cause, comem mais açúcar. A revista consultou Mauro Sancovsky, ginecologista e obstetra especializado em diabetes do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Segundo ele, "é a partir da segunda metade da gravidez que a mulher terá mais glicose no sangue para atender ao bebê que está crescendo. As mães que desenvolvem o diabetes gestacional não conseguem adaptar sua produção de insulina a essa fase". Eu pergunto: de onde vem essa glicose? Do que ela come ou da depleção de glicogênio ou gordura? Aposto que é da dieta açucarada. A natureza não dá ponto sem nó: se o organismo da grávida providenciasse mais glicose a partir de suas reservas, o pâncreas seria instado a produzir mais insulina. A brecha do sistema é a boca, por onde as mulheres mandam açúcar para dentro. E esse fermento biológico doce é que faz o bebê "crescer demais".
Minha hipótese é fácil de ser derrubada através de uma pesquisa barata: basta isolar dois grupos de gestantes e de um deles retirar a sacarose refinada de sua dieta. Meu prognóstico: só surgirão casos de diabetes gestacional no grupo das comedoras de açúcar. Vale o axioma: quanto maior for a quantidade de açúcar ingerida maior será o números de casos de diabetes gestacional. E ainda - qual jogador de xadrez seguro de seu jogo que oferece uma peça importante ao adversário? - deixo incluir no grupo das grávidas-açúcar-zero aquelas que os médicos entendem como portadoras de "predisposição genética", filhas e netas de diabéticos.
Vejamos agora os estragos que o açúcar faz no ser humano no nascedouro, uma tremenda covardia. A seguir, uma relação das morbidades e distúrbios do recém-nascido de mãe diabética. Tudo começa com o próprio bebê agigantado, pesando aproximadamente 4 quilos, que não deve ser saudado como um bebê super-nutrido mas lamentado como uma manifestação teratológica causada pelo açúcar. Aqui vai a relação: trauma obstétrico, parto difícil devido à distorcia do ombro; asfixia (e suas terríveis conseqüências); fraturas ósseas; cefalematoma; hemorragias subdural, ocular, de órgãos abdominais e da genitália externa; hipocalcemia e magnesemia; paralisias facial, diafragmática e cerebral; lesões no plexo braquial e dos nervos do braço, malformações cardíaca, renal, esquelética e do sistema nervoso. Sobrou alguma coisa? E isso se o bichinho sobreviver em vez de engrossar as estatísticas da mortalidade infantil.
Bebê balofo
Distrofia farinácea é um quadro clínico descrito pela escola
pediátrica alemã do século XX. As crianças vítimas
dessa condição são gordinhas e apresentam um falso aspecto
de saúde. Trata-se de uma gordura balofa e flácida, devido ao edema
que a acompanha, sobressaindo nas extremidades sob a forma de inchamento no dorso
dos pés, das mãos e das pálpebras. São crianças
frágeis, basta uma infecçãozinha de garganta para redundar
em vômitos e diarréia que podem levar à morte.
Isso acontece com crianças que em vez de se alimentar do leite da mãe são obrigadas a ingerir alimentos industrializados (farinhas lácteas, mingaus de maizena). Tenho dito: há uma gordura saudável (marrom e vascularizada) que resulta do consumo de alimentos normais (sem açúcar). Gordura mórbida (branca e flácida) é a que resulta do consumo da dieta açucarada moderna.
Texto extraído do livro negro do Açúcar- Fernando Carvalho Ferdo - edição independente - Trata-se de uma obra ímpar, tão impactante e importante que encontra-se disponível para venda neste site.