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Despertar

por WebMaster em Autoconhecimento
Atualizado em 24/04/2003 17:03:57


Pela manhã,
quando o corpo acorda,
nasce mais um dia como outro qualquer.
O que fazer com essa alma que não pára de ir?
Insólita.
Arrastando-te pelas dores que criaste.
Queiras ou não tens de ir.
Às vezes, vítima;
às vezes, construtor.
Vítima, dás explicações
justificativas.
Alienas-te.
Belo bicho preso na cela de tua inconsciência.
Construtor, mesmo na merda, sentes-te adubo.

Se o corpo doe,
sê delicado com ele.
Escuta-o.
Se ele se permitiu à doença, ele sabe o que fazer para curar-se.
Tudo que sofreste está aí guardado.
Da pele pra dentro.
Cada rejeição,
cada abandono,
cada cobrança,
cada agressão,
cada espera,
cada olhar,
cada indiferença,
cada despedida.

É uma dor que ficou e que não quer sair.
Se grande,
expande-se até não mais calar.
Como não tem sentido,
acaba acabando com tudo
até tudo acabar.

Mas apesar do todo
A gente não deixa de ir.

Ele doe então?
O que fazer se não há saída nem para,
nem com.
Resta estar.
Não ficar.
Quem fica aceita.
Quem está é co-autor
e só tu sabes aonde pode chegar.
Só tu te conheces.

Não blasfemes a maravilha que é teu corpo.
Tu não fazes idéia do que significa para o mundo dos espíritos
pedra falar.

Mesmo inerte e mórbido,
sem que tu tenhas consciência,
ele não deixa de lutar.
Até o último poente de tua vida.
Faze-te um aliado,
não um juiz.

Entrega-te àquilo que sentes
e não queiras resolver.
Tua ignorância de ti mesmo te levou onde estás.
Aceita apenas e perscruta os caminhos que teu corpo indica.

Se a lombar doe
é porque suporta o mundo das idéias e todos os fantasmas que criaste,
o mundo da comunicação e tudo que não disseste,
o mundo das emoções e tudo que guardaste,
o mundo do mal formado ego e tudo que mentiste,
o mundo da presença orgânica e visceral e tudo que fingiste.

Se te pesa tudo isso, como não queres que ela doa?
Então, há um novelo a desvendar
que só o teu silêncio pode revelar.

Se dói é porque está congestionado.
Cheio de toxina.
Tudo empoçado,
grudado,
mal amado.

Quando acordas tudo está ainda meio adormecido, lento.
As articulações estão frouxas.
Os líquidos passam devagar.
Por isso, antes de dares rédeas à tua mente e afazeres,
namora teu corpo dando bom dia a cada articulação.
Flexiona.
Estende.
Torce.

Agradece por mais um dia a ser criado a partir do agora
de carícias e aceitação.
Não penses.
Sente.
Se alguma parte do corpo pede para ser alongada.
Obedece.

A linguagem do corpo é o movimento.
Mesmo quando estás parado,
o sangue corre.
Pratica este namoro várias vezes ao dia.
É claro que, no trabalho, não tens tempo.
É mentira.
Em verdade, não foste educado,
acostumado e preparado a investir no aprimoramento corporal.
Tua auto-estima é baixa.
No máximo, fazes ginástica, praticas esporte.
Terapias.
Sempre guardando para aquela hora a hora de te cuidar.
Autorizando a um outro, que te conhece pouco,
a saída encontrar.
Aí, só naquela hora,
com aquele outro,
autorizas-te a investir na tua saúde corporal?
É um começo.
Não, a saída.
No resto do tempo
tu és tu,
fazendo as coisas,
subjugando teu corpo às conseqüências de tuas atitudes e posturas.
Ele está ali à tua disposição.
Só quando dói é que dás atenção?
Ele precisa gritar de dor ?
Só então tomas providências?

Até teu corpo gritar de dor
houve um processo de trancamentos, bloqueios, opressões.
Parte da tua vida não fluiu.
Empoçou.
Cristalizou.
Brigar não adianta.
Deixar pra lá também não.
A dor vem sempre te avisar: houve ali um abuso de uso ou um desuso do funcionar.

Não te dás conta de que o corpo é vinte e quatro horas por dia?
Perene a cada instante.
Não o abandones.
Se foi assim até agora, rebela-te.
Namora-o um minuto a cada hora.
Ou mais.

Nas oito horas em que deres tua valiosa energia para os outros,
para o teu empregador,
para a família,
estarás dando-a a ti também.
Realimenta tua energia,
faze-a voltar à fonte.
Ao fim de oito horas de trabalho,
terás investido em ti oito minutos.
Tu vales este investimento?
Reflete um pouco.
Estar louco por si
é dar à vida um momento pra sorrir.

Se tu não fores a saída,
nada mais será.

Grato por Tua Existência,

Rosam Cardoso
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