EMDR - A Cura Emocional do séc. XXI
por Silvia Malamud em PsicologiaAtualizado em 08/04/2020 11:35:27
Na terapia em EMDR, a escolha do alvo a ser processado é fundamental, para tanto, logo nas primeiras consultas terapêuticas, acontece uma espécie de pesquisa "arqueológica" que é um tipo de questionário aberto com o intuito de se conhecer o histórico de vida do cliente, aspectos de sua personalidade, cenas vivenciadas, traumas impactantes e gatilhos emocionais.
Os primeiros momentos de contato terapêutico, juntamente com o questionário aberto a ser feito, são extremamente importantes porque além de mostrar como o paciente funciona, também sugere caminhos possíveis para ajudá-lo com maior eficiência. No questionário, são feitas perguntas que envolvem o período da infância, o momento atual e os projetos futuros.
Durante as sessões em EMDR, o cliente é estimulado a se permitir receber por livre associação, e sem julgamento algum, tudo o que for surgindo em sua mente, em seus pensamentos e emoções, sempre confiando, por mais inusitado que possa parecer, nos caminhos que a sua maquina biológica fizer em nome de se curar.
Entre os intervalos de uma para outra sequência de ativação neurológica, ele é incentivado a contar o que ocorreu e quando necessário, o terapeuta o ajudará por meio de determinadas intervenções, a gerar mais consciência em tudo o que estiver sendo vivenciando.
Durante o período de reprocessamento, costumeiramente podem surgir uma série lembranças que se associam a outras, que levam ao desbloqueamento de diversos conteúdos emocionais represados. Como resposta ao processo, surgem ponderações em relação à vida como um todo atemporal associado ao momento presente, ainda contando com a inauguração de novas e mais saudáveis redes neurológicas de respostas para questões antes impensáveis.
Não podemos esquecer que um dos principais motivos para que todo este fabuloso montante de cura emocional ocorra, também é devido a qualidade do contato entre o terapeuta e o paciente, a empatia, a conexão, somados a um profundo conhecimento sobre esse tipo de terapia, que com toda certeza, faz toda a diferença.
O meu propósito como psicóloga em EMDR é que o reprocessamento cumpra o seu papel de ser um verdadeiro divisor de águas na vida do cliente.
Alguns pacientes ficam perplexos precisando de tempo para absorver o que ocorre durante a sessão e ficam mais perplexos ainda ao perceberem-se mudados para melhor, inclusive em áreas que nem cogitavam.
Quanto mais despertos, melhor!