Mandalas: Cosmologia da Integração
por Jean Tarel em AutoconhecimentoAtualizado em 19/11/2002 18:06:41
A Natureza nos oferece um contato dos mais íntimos e precisos com nossas origens. A Física, a Química, a Matemática, ciências que combinadas dão-nos uma visão precisa sobre nós mesmos enquanto matéria que ocupa um espaço.
Somos seres interativos, dependemos uns dos outros para sermos indivíduos. Interligados por nossos anseios carregamos cada um o seu mundo que está contido num maior e que interage com o mundo de nosso vizinho e assim sucessivamente. Lei de progressão podemos multiplicar, dividir, somar ou subtrair dependendo dos objetivos que ditam nossos corações. Toda ação tem como objetivo provocar uma reação e produzir um resultado.
Começo, meio e fim.
A Geometria explica que a base de tudo é o ponto. A representação do Divino é feita através do ponto envolto em um círculo.
O ponto como a representação de onde tudo se origina e o círculo como a representação do infinito, eis a base de construção para uma Mandala. Cores e formas que se combinam, integrando-se num único movimento. Sístole e diástole de um desejo, de um objetivo, pulsar.
Um objeto visual que convida à meditação, uma Mandala provoca o inconsciente permitindo ao Eu Superior manifestar-se. Como um símbolo, cada Mandala traz intrínsecas mensagens que podem ou não ser compreendidas, mas que, sobretudo devem ser sentidas a fim de serem absorvidas. Os símbolos falam por si só, tem sua própria linguagem e cada um os percebe de uma forma particular. A mensagem pode ser a mesma, mas chega a cada um de nós da forma mais viável e próxima ao nosso entendimento.
Baseada na Matemática e Geometria, a construção de uma Mandala é o primeiro ato meditativo do processo. Na meditação libertamos nossos corações e nos trazemos mais perto de nós mesmos.
Ciclo evolutivo. Construir reconstruindo, com o objetivo da liberdade e do desapego, consciência.
As mandalas fazem parte do processo da liberação através do ato da reconstrução. Portais vibracionais que convidam ao movimento, estes vórtices acionam a consciência num estado mais íntimo, revelam e desvendam potencialidades, desobscurecem a rigidez dos padrões mentais adquiridos, aliviando as condições de inconsciência ou de ignorância confortável causada pelo não comprometimento.
Inúmeras formas básicas, aglutinadas numa geometria precisa e cronometrada, sincronizadas com o Movimento da Evolução.
Estar em contato com uma Mandala é estar em contato consigo mesmo, num estado de paz, harmonia e contemplação. Poder perceber-se fazendo parte do Todo, permanecendo um indivíduo integrado e interativo.