Resolver problemas ou dissolvê-los?
por Elisabeth Cavalcante em AutoconhecimentoAtualizado em 08/04/2020 11:35:13
A vida, para muitas pessoas, constitui-se numa interminável sucessão de problemas. A maioria de nós tem experiências comuns, que fazem parte da jornada existencial no planeta.
Entretanto, uma situação que para alguns é relativamente fácil, para outros adquire uma dimensão gigantesca, e eles se debatem desesperadamente na tentativa de resolvê-la, na maioria das vezes, sem sucesso.
O que os diferencia? Sem dúvida alguma, a forma como encaram as circunstâncias. Os primeiros conseguem lidar de forma objetiva com os acontecimentos, simplesmente buscando dentro de si, na sua dimensão divina, a resposta para aquele momento.
Os demais perdem tempo e energia tentando encontrar o porquê de estarem vivenciando aquilo, e culpando Deus, o destino ou algum outro ser humano pelo que consideram uma injustiça.
No centro de tudo, está o ego. Ele sempre buscará encontrar um culpado, ao invés de focar-se em uma forma de lidar com o fato que lhe traga o mais rápido possível, o equilíbrio e a paz.
Dissolver o problema, ao invés de resolvê-lo, faz toda a diferença. Significa que ele deixará de ocupar obsessivamente nossa mente e nossas emoções, pois já não nos identificaremos com ele. Simplesmente nos ocuparemos em silenciar e relaxar, na certeza de que a Presença nos indicará, inevitavelmente, a solução adequada.
"...As pessoas pensam que o homem iluminado precisa ter uma resposta para tudo. A realidade é que ele não tem resposta alguma. Ele não tem perguntas. Sem perguntas, como ele pode ter respostas?
...Na verdade não há nenhuma pergunta e não há nenhuma resposta; há somente um modo de viver em confusão, na mente. E lá há milhões de perguntas e milhões de respostas, e cada resposta acarreta em centenas de perguntas a mais, e não há fim para isso. Mas há um outro modo de vida: viver em consciência - e aí não há resposta e não há pergunta".
Osho - O caminho do místico.