Vida leve e saudável - Intestino Limpo
por Conceição Trucom em AutoconhecimentoAtualizado em 13/05/2005 12:56:56
Quando o alimento é ingerido, o processo digestivo inicia-se na mastigação/salivação, passa pelo estômago onde acontece a etapa principal de quebra (digestão) do alimento até suas partes menores (macro e micronutrientes), chega ao intestino delgado para selecionar (o intestino delgado é um centro de inteligência) o que será assimilado e passa para a corrente sanguínea, ou é eliminado e passa para o intestino grosso.
Assim, o intestino grosso, ou cólon, representa a última parte do aparelho digestivo. Trata-se de um tubo mole de aproximadamente 1,50 m de comprimento e de 3 a 8 cm de diâmetro, pleno de reentrâncias e vilosidades internas. Ele apresenta como principais funções:
- Promover a eliminação das fezes;
- Reabsorver parte da água e alguns nutrientes;
- Contribuir para com o fortalecimento do sistema imunológico; afinal cerca de 80 % do potencial imunológico encontra-se nesta etapa do sistema digestivo;
- Hospedar a flora microbiana intestinal (lactobacilos acidóphilus, bifidobacterias, etc.) que exerce várias funções importantes, como sintetizar vitaminas do complexo B e K, destruir micróbios e bactérias patogênicas, proteger a integridade dos tecidos, etc.
Obviamente, ao longo desta viagem, o corpo deve ser nutrido com todas as substâncias que necessita e os dejetos deste processo devem ser excretados no menor tempo possível.
Como nos alimentamos em média 3 vezes ao dia, deveríamos evacuar de 2 a 3 vezes ao dia, de preferência após cada refeição como fazem os bebês, que evacuam logo após que mamam, devido ao reflexo gastro-cólico.
Entretanto, a absorção/assimilação dos nutrientes (considerando uma alimentação saudável) e novos registros para a vida (aprendizados) podem ser inibidos se as paredes do intestino grosso estiverem obstruídas com placas de depósitos destes detritos alimentares que não foram devidamente eliminadas.
Estes resíduos endurecidos podem estar retidos há dias, meses e até anos, resultantes de um ou mais fatores relacionados com maus hábitos alimentares e outros.
Assim, os detritos que deveriam ser eliminados permanecem no intestino grosso durante muito tempo e acabam sendo fermentados ou entram em putrefação. Neste processo se produz material tóxico que será reabsorvido pelo organismo, produzindo uma "auto-intoxicação". Isto ocorre devido ao aumento da permeabilidade intestinal, ou seja, a mucosa do intestino é continuamente agredida e vai tornando-se mais permeável porque as células perdem o seu natural poder de coesão.
Este acúmulo de toxinas no intestino grosso pode ser a causa de numerosas dificuldades de saúde, produtividade e qualidade de vida. As toxinas produzidas pelas putrefações intestinais alcançam pela via sanguínea os órgãos vizinhos, intoxicando-os e degenerando-os, contribuindo para o surgimento de problemas como: baixa das funções imunológicas, fadiga, enxaqueca, celulite, alergias, problemas de pele e unhas, cólicas, obesidade entre outros. Existe também uma correlação muito significativa entre a freqüência crescente dos cânceres do cólon nos países industriais e a alimentação pobre em alimentos frescos, crus e ricos em fibras, vitaminas, sais minerais, água, etc.
Uma alimentação inadequada ou pobre em nutrientes e fibras (alimentos vazios), além de ambientes por demais poluídos, atividades diárias com demasiado estresse físico ou emocional, como também sedentárias e a impossibilidade de realizar atividades físicas freqüentes, provocam problemas gastrintestinais, dificultando o processo natural de digestão, absorção e eliminação dos alimentos, causando prisão de ventre, constipações, cólicas, gases, etc., etc., etc.
A Alimentação Desintoxicante tem o papel de reverter todo este quadro, pois através de sucos, chás, lanches e sopas desintoxicantes, ajuda o corpo, com seus “banhos internos diários”, a provocar uma dissolução contínua e diária destas placas e padrões que favorecem o “status quo” de intoxicação e doença.
A filosofia da Alimentação Desintoxicante, além de incentivar o uso diário do enorme benefício dos sucos desintoxicantes, também esclarece sobre a importância de mudar certos hábitos como a prática freqüente de exercícios físicos que mobilizam a energia e estimulam o pleno funcionamento dos pulmões.
Para o preparo dos sucos desintoxicantes faz-se necessário o melhor entendimento da vitalidade dos alimentos, que são os principais cúmplices deste tratamento de limpeza e vitalização.
Suco de maçã: rico em pectina e antioxidantes. Preparado com folhas verdes (hortelã, alface ou couve), limão e cenoura (ou beterraba e suas folhas).
Suco de uva: alcalinizante, depurativo e antioxidante. Preparado com limão e folhas verdes.
Suco de abacaxi: digestivo e adstringente. Preparado com figo e gengibre.
Suco de abacaxi, maçã, cenoura e gengibre: um bom aliado no combate à celulite.
Suco de pêra e banana: rico em potássio. Indicado para tratar insônia, principalmente se associado com alface.
Suco de mamão e limão: depurativo. Indicado para o bom funcionamento dos intestinos.
Suco de laranja, couve e limão: energético, ajuda a combater a anemia.
Este texto faz parte do livro "Alimentação Desintoxicante" - Conceição Trucom - Editora Alaúde. Reprodução permitida desde que citada a fonte.