A Osteopatia : Ciência, Arte e Filosofia
por Violaine Fourcroy em Corpo e MenteAtualizado em 19/06/2000 22:44:11
«Da união do espírito e da matéria, o Grande Arquiteto do Universo construiu a mais maravilhosa de todas as máquinas : o Homem (...). É uma ciência que analisa o Homem e descobre de que forma ele participa da inteligência Divina. Eu não pretendo ser o autor desta ciência chamada Osteopatia. Suas leis não foram formuladas por mãos humanas. Dizei-me a idade de Deus e lhe direi a idade da Osteopatia. Ela é a Lei do Espírito, da Matéria e do Movimento ».
É desta forma que A. T. Still, pioneiro e médico do oeste americano nos idos anos de 1880, definia a Osteopatia.
Este homem extraordinário, que rompeu e lutou contra o empirismo médico daquela época, fundou a Osteopatia sobre a « Lei de Causa e Efeito ».
«Encontre e suprima a Causa, e então o Efeito desaparecerá
».
Esta pequena frase, que parece insignificante, é o fio de Ariadne do
procedimento osteopático.
A Osteopatia parte do princípio de que cada « doença », cada « manifestação corporal » é somente um efeito, ou seja a conseqüência de uma disfunção cujo ponto de origem pode ser encontrado muito longe do sintoma. Toda a Arte do Osteopata, que trabalha através das mãos que « pensam, vêem, sentem e conhecem », é de « buscar a origem » do problema, seja ele físico, emocional ou espiritual.
Causa e Efeito são indissociáveis e a Causa consegue gerar um
Efeito através do fenômeno intermediário da Energia. Temos
então o Ternário : Causa - Energia -
Efeito. Então, o que é a disfunção se não
um problema na circulação da Energia ?
Trabalhando sobre o corpo, sobre a matéria que é simplesmente uma energia numa forma mais condensada, o osteopata trabalha sobre esta circulação de energia, pois o corpo é uma unidade biológica, ecológica e portanto a Osteopatia trabalha o Homem em sua totalidade.