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Está procurando por um amor?

por Rosemeire Zago em Corpo e Mente
Atualizado em 02/04/2009 16:20:46


Algumas pessoas que estão sozinhas ficam se perguntando por que o último relacionamento acabou, onde erraram e, ainda assim, continuam a começar relacionamentos tendo o mesmo final: não deu certo! O que acontece? Por que algumas pessoas não percebem que repetem o mesmo padrão na busca por um relacionamento e por mais que desejem um relacionamento duradouro, não conseguem passar os limites de dias ou alguns meses? Para saber o que acontece por trás dessa repetição de padrão é necessário reconhecer os pontos em comum.

Pare por alguns minutos e reflita sobre seus antigos relacionamentos. Busque o que há em comum entre eles, seja na maneira que termina, como foi durante o relacionamento mas, principalmente, observe a maneira com que ele começa.
Segue abaixo os comportamentos mais comuns quando estamos procurando desesperadamente por amor e que muitas vezes faz com que comecemos relacionamentos que terão o mesmo fim que os anteriores e que nos machucam um pouco mais.

Leia abaixo e procure identificar se há alguma relação com seu jeito de agir:

Por medo, muitas vezes inconsciente, de ficar sozinho, aceita a primeira pessoa que aparece, sem analisar se existem objetivos em comum, valores semelhantes, ou ignorando esses fatores;
Mesmo havendo sinais evidentes que mostram que não é a pessoa mais indicada para se relacionar, você ignora e insiste em tentar algo;
Ao conhecer alguém começa a ceder em tudo, só para agradar o outro, mas com o tempo percebe que perdeu a si mesmo;
Por não ter referências de um relacionamento sadio, permite-se receber muito pouco ou manter um relacionamento destrutivo;
Confunde amizade, gentileza, apego, com amor;
Por dificuldade em dizer não, aceita sair com alguém mesmo percebendo que não é quem quer;
Fica preso às aparências e promessas que raramente se concretizam;
Simula um encontro “casual”, deixando a outra pessoa sem opção;
Sem amor-próprio ou respeito por si mesmo, implora que o outro fique ao seu lado, mesmo sabendo que o outro não o quer mais;
Acredita que o que essa pessoa que acabou de conhecer fez no último relacionamento não fará com você;
Pretende ajudar o outro a superar os problemas atuais, com o desejo inconsciente de salvá-lo e quem sabe, assim irá perceber seu valor e ficar com você;
Ignora as incoerências entre as palavras e as atitudes;
Acaba de conhecer uma pessoa e já se imagina, ou age ou espera, como se tivesse um relacionamento de anos;
Insiste em querer que a pessoa seja o que idealizou, mesmo que se mostre muito longe de ser quem você espera que seja;
Confunde atração física com amor, ou espera que, mantendo relações sexuais, obterá amor;
Permanece no relacionamento mesmo estando infeliz, esperando que o outro mude, ainda que não demonstre interesse em mudar.

Como podemos observar, há alguns sinais evidentes que a relação dificilmente dará certo, mas por alguns motivos, muitas vezes inconscientes, as pessoas ignoram esses sinais.
Há momentos em que tudo que conseguimos perceber é apenas a confusão em que nos encontramos, onde os sintomas são facilmente identificados: angústia, pesadelos, dores no corpo, insônia ou necessidade de dormir mais, agressividade, irritabilidade, entre outros sintomas, mas interpreta esses sintomas pelo fato de estar só. Não é a solidão que o leva a entrar em relacionamentos desastrosos, mas a falta de conexão consigo mesmo e, isso sim, é que intensifica a solidão. O que poderá refletir em todas as relações, seja brigando, machucando, sendo machucado, mantendo assim o mesmo padrão.

Para mudar padrões é preciso reconhecê-los e se responsabilizar por ter permitido que sua mente ficasse em total desordem. Você é a única pessoa que poderá arrumar toda essa bagunça. Mas nesse momento, você deve estar se perguntando: “Como”? Primeiro entenda que se esconder fugir ou evitar as dificuldades não irá resolve nada, pois quase sempre, ficar parado não produz mudança alguma. É importante entender que toda experiência proporcionada pelos relacionamentos anteriores, ainda que tenham sido desgastantes e dolorosos, foram necessários para seu crescimento. Só assim conseguirá quebrar esses padrões. Para isso só há um caminho: a consciência que muitas vezes queremos nos relacionar com alguém antes de nos unirmos a nós mesmos. Mas será que isso é possível? Não! Você não conseguirá receber amor de fora enquanto não receber o amor que há dentro de si mesmo! Pense nisso!



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zago
Rosemeire Zago é psicóloga clínica CRP 06/36.933-0, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática. Estudiosa de Alice Miller e Jung, aprofundou-se no ensaio: `A Psicologia do Arquétipo da Criança Interior´ - 1940.
A base de seu trabalho no atendimento individual de adultos é o resgate da autoestima e amor-próprio, com experiência no processo de reencontrar e cuidar da criança que foi vítima de abuso físico, psicológico e/ou sexual, e ainda hoje contamina a vida do adulto com suas dores.
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