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Limão x Rins

por Conceição Trucom em Corpo e Mente
Atualizado em 02/06/2006 11:28:39


O consumo diário de uma limonada pode ser um bom tratamento terapêutico para prevenir e até adiar o desenvolvimento de cálculos renais. O limão tem propriedades adstringentes, portanto, de ajudar (ou inviabilizar) na dissolução de aglomerados de cristais e células gordurosas.
Assim, pessoas que têm propensão para formar cálculos renais quando procuram o centro de tratamento da Universidade do Wisconsin, em Madison/EUA, são logo orientadas para uma prática alimentar que é a terapia da limonada.
Uma das indicações mais freqüentes dos médicos é o sal alcalino conhecido como citrato de potássio, que não deve ser tomado em comprimidos ou em forma líquida. E o limão está repleto de citrato natural.

Na verdade, o limão é destacado a fruta mais cítrica de todas as da sua família. O suco de qualquer uma das variedades de limão contém cerca de 6% de ácido cítrico, na forma de citratos, enquanto as demais frutas cítricas (laranja, tangerina e pomelo) contêm cerca de 0,5% de ácido cítrico, ou seja, cerca de 10 vezes menos.
E, de acordo com Steven Nakada, diretor e professor de urologia daquela universidade, a terapia da limonada, com pouco ou idealmente nenhum açúcar, irá provocar um aumento da quantidade de citratos na urina, inibindo assim a formação e precipitação de cristais, que ao longo do tempo vão aumentando de tamanho e tornando-se “pedras” ou “cálculos”.

A terapia da limonada não tem efeito tão imediato como o consumo direto do citrato de potássio, mas para quem quer evitar remédios, e fazer um tratamento preventivo, é uma alternativa muito sábia e consciente. Outra vantagem é que o suco do limão é um diurético e laxante natural. A receita indicada pelos médicos daquela universidade é uma parte de suco de limão para sete partes de água, ou seja, suco de 1 limão diluído em 1 copo de água.
Cálculos renais se formam quando a urina fica supersaturada (concentrada) de sais, que irão cristalizar, ou seja, precipitar-se na forma de cristais, caso a urina não contenha substâncias que evitem esta formação e precipitação de cristais. Uma dessas substâncias é o citrato.

David Kang, estudante de medicina e pesquisador no Centro Compreensivo de Cálculo Renal da Universidade de Duke/EUA, descobriu que a terapia da limonada pode ajudar na prevenção e tratamento por um longo tempo. Ele e sua equipe acompanharam 12 pacientes que usaram a terapia da limonada por até quatro anos. Observou-se que ao longo do tempo eles formaram pedras menores e num ritmo mais lento do que antes de começar tal tratamento.
Logicamente, ainda é necessário um estudo em maior escala para confirmar as descobertas, mas este trabalho foi apresentado no encontro anual da Associação Americana de Urologia, em Atlanta/EUA, esta semana, de acordo com o site de notícias da rede CBS.

Metafisicamente os Rins cristalizam as críticas, desapontamentos e fracassos.
A cada minuto cerca de 20% do sangue que sai do coração passa por esse par de órgãos com o formato de feijões. São filtrados 125 ml/min, sendo que 124 ml são reabsorvidos pela circulação sangüínea e 1 ml vira urina (excreto). Num adulto corretamente hidratado espera-se um volume aproximado de 1,5 litro/dia de urina, que deverá ser idealmente incolor e transparente.
Ao final, os rins filtram todos os líquidos que passam pelo corpo humano, que representam de 65 a 75% do peso de um adulto.

Importante lembrar que existe uma relação simbólica entre a água e todas as questões emocionais e sentimentais. A mágoa é uma má água, a tristeza nos faz chorar e etc.
Mas o processo de filtragem é entendido metafisicamente como uma capacidade de discernimento (o que passa no filtro e o que fica retido?).
No caso dos rins, ele irá filtrar o sangue, ou seja, todas as substâncias que penetrarem na corrente sangüínea terão que passar pelo seu processo de seleção que está relacionado com a capacidade interior de se desprender e eliminar os fatos desagradáveis da vida, como também os comportamentos do passado, não condizentes com o presente.
A qualidade desta filtragem costuma ser muito afetada pela crítica, julgamento e malícia. É claro que existem situações perigosas e inadequadas que não irão nos levar onde queremos. Cabe a nós percebermos e nos desvencilharmos, jamais nos identificarmos com a situação. Criticar apenas não resolve, ao contrário, permanecemos presos e não eliminamos aquilo de dentro de nós.
Além disso, é importante notar que o sistema renal funciona com um “par” de rins, portanto ele depende de parceria e cumplicidade entre eles para seu pleno funcionamento. Assim, eles representam a busca pela qualidade dos relacionamentos interpessoais e a percepção do amor através do outro.

Outra situação interna que atinge os rins é a crença nas dificuldades. Temer não conseguir realizar representa não ter se livrado das memórias difíceis do passado. Achar que tudo é difícil e complicado dificulta na seleção e discernimento, ou seja, entope o filtro, ou seja, gera pedras. Reclamar da situação é não ver o lado bom que existe nela.
A saída: pensamento positivo e atitudes construtivas irão favorecer no bom funcionamento renal e do corpo como um todo.

Os cálculos e dores renais revelam dificuldades de relacionamentos não dissolvidas. Existe embutido também um comportamento emocional infantil ou rebelde diante dos desafios, principalmente aqueles ligados às nossas parcerias e uniões.
Atualmente mais de 10% dos homens e 5% das mulheres sofrem de cálculo renal durante a vida. Explica-se esta desproporção pelo fato das mulheres se posicionarem melhor no aspecto emocional, enquanto os homens costumam cristalizar seus desapontamentos.
A incidência varia geograficamente, refletindo diferenças ambientais e comportamentais. Entretanto, o índice de casos é abruptamente crescente, associado com a dificuldade das relações e a “modernização” da dieta ocidental.
Mas, por traz de qualquer problema renal existe um ser dependente dos outros, com necessidade de apoio, consideração e afeto. Por mais que suas atitudes afirmem o oposto, criticando os outros e querendo mostrar-se auto-suficiente. Na verdade, suas expectativas afetivas não estão acontecendo.

Sal, baixo consumo de água e fibras, consumo em excesso de proteínas, aditivos químicos e alimentos industrializados são hábitos péssimos para o pleno funcionamento dos rins.
Mas o simples cuidado de ingerir mais frutas e vegetais frescos e crus, além de alimentos mais integrais, já impede notavelmente o desenvolvimento de dificuldades renais.Cuidados de bom senso:
1) Praticar uma dieta rica (50%) em alimentos crus, frescos, integrais, com elevado teor de fibras e substâncias antioxidantes, logicamente isentos de agrotóxicos, Não esquecer das raízes que são excelentes repositores energéticos dos rins.
2) Hidratar-se diariamente com os sucos da Alimentação Desintoxicante e chás diuréticos, principalmente os de cavalinha, salsa e dente de leão. São cerca de 8 copos/dia de líquidos entre sucos, chá e água.
3) Fazer uso diário da Terapia da Limonada.

Alerta Importante: durante uma crise renal, não se deve consumir o limão, pois, neste caso, será contra-indicado. Seu poder adstringente atuaria contra a expulsão, retardando-a ao invés de acelerá-la. Mas, a não ser no momento de crise, seu efeito será sempre benéfico, atuando como um coadjuvante do tratamento principal.

Conceição Trucom, autora do livro O poder de cura do Limão – Editora Alaúde
Reprodução permitida desde que citada a fonte


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trucom
Conceição Trucom é química, cientista e escritora sobre Alimentação Baseada em Plantas, considerada como Alimentação do Futuro: vitalizante e regenerativa.
Portal: www.docelimao.com.br
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