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O poder da autodestruição

por Maria Isabel Carapinha em Corpo e Mente
Atualizado em 08/04/2020 11:35:08


Há frases que nos chamam a atenção e nos fazem refletir, e foi em uma destas que me pus a pensar um dia destes. Estava em um consultório acompanhando minha mãe e ouvi uma senhora dizendo à outra: estou tão chata, tão mal humorada, tão irritada que nem eu me aguento...

O que dizer de não mais suportar alguém que anda contigo o tempo todo? Podemos, sim, nos livrar de tudo que não mais desejamos por perto, exceto de nós mesmos. Por uma escolha pessoal, você pode ser o seu pior inimigo e o seu autodestruidor.

Você pode se destruir antes mesmo de tentar fazer algo, você pode pensar em tudo que seja ruim em uma determinada situação antes que ela venha a ocorrer e pode, pior do que tudo, sabotar-se antes de se lançar em um novo desafio...

Inúmeras são as vezes que buscamos a culpa e a explicação por algo ter dado errado em nós mesmos; isto pode vir por diversas fontes como: rejeição, falta de amor-próprio, tendência de se colocar em segundo plano, entre outras; mas por trás de cada uma destas características, existe uma situação original que desencadeou esse comportamento a qual daremos o nome de bloqueio.
O bloqueio irá se repetir inúmeras vezes na sua vida, na tentativa de modificar a situação original, o que nunca irá acontecer.
O poder da autodestruição se encontra justamente nas situações repetitivas que levam você sempre ao mesmo fim.
A única forma de fazer uma história diferente é modificar o seu comportamento eliminando a origem de seu problema.

A felicidade é a sensação plena de paz e tranquilidade e ela pode ainda ser definida como a presença do Divino em sua vida, expressa da forma como você desejar. Quando você encontra o Divino, torna-se pleno em cada momento de sua vida, confia e se entrega tendo a absoluta certeza que o amanhã será sempre melhor que hoje.

A felicidade jamais poderá ser encontrada, se você não eliminar de sua vida a infelicidade; não há espaço para as duas. Esta verdade é tão forte como a lei que diz que dois corpos não ocupam o mesmo espaço ao mesmo tempo.

A autodestruição deixa de existir quando você se torna o seu melhor amigo. Ao invés de se criticar e de criar em sua mente um enorme potencial de pensamentos negativos, é muito mais rentável para sua vida que passe a se analisar frente ao que vive e observar se por trás de cada derrota, não existe uma dor original que tem sempre o mesmo nome.

Estar emocionalmente enferma significa que você não está dando ouvidos às suas dores originais e com isso fazendo com que suas emoções se acumulem da tal forma que virem uma panela de pressão pronta a explodir das formas mais variadas como abandono de tudo, crises emocionais ou doenças consolidadas.
Em meus atendimentos, sempre encontro histórias que gosto de compartilhar porque nelas muitas pessoas se encontram e descobrem um caminho de saída para seu sofrimento.

Ao atender uma moça outro dia, deparei-me com uma situação de completa insatisfação perante a vida. No relacionamento, reclamava que não tinha atenção do marido que trabalhava em outra cidade e que ele só voltava aos finais de semana, geralmente muito cansado e sem vontade de fazer nada, era como se ela não existisse ali em casa. No trabalho, sentia-se desvalorizada e sem importância; a empresa passava por uma intensa reestruturação e como sua área tinha planos de desativação, agiam como se ela não existisse. Como a família era simples e a julgavam como de uma situação financeira superior, deixavam-na de lado.
Ouvi atentamente toda a história e lhe disse: por trás de todas as situações que me colocou, há uma dor original que posso definir como uma contínua forma de se colocar em segundo plano e há um momento em sua vida que isto se consolidou em sua mente; é necessário descobrir este momento e eliminar, então, o bloqueio formado.

Ela me olhou um pouco descrente, mas ao mesmo tempo muito esperançosa. Iniciei a partir daí o atendimento e, pela Mesa Radiônica, identifiquei um momento quando ela tinha entre dois e meio a três anos de idade. De imediato, confessou que lembrava de uma cena em que sua mãe estendia roupas, para dar conta de tudo e depois sair para trabalhar fora e ela, minha cliente, puxava seu avental com insistência pedindo que a mãe a pegasse no colo, o que não aconteceu; lembrou-se como se a imagem tivesse sido congelada em sua mente. Após o relato lhe expliquei: eis a raiz de toda situação repetida na sua vida com a base na mesma dor original. Com a eliminação de tal bloqueio, as situações repetitivas deixarão de existir.

No acompanhamento do caso, encontro tempos depois uma moça segura de si, ajudando o marido em suas atividades rumo ao crescimento do casal e muito bem estruturada financeiramente em um café que abriu com a mãe. A recuperação foi tão intensa que até o convívio com a mãe se modificou. Ela passou de autodestruidora para sua principal incentivadora e amiga.



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Maria Isabel Carapinha é colaboradora do site, radiestesista e trabalha também com Feng Shui.
Ministra cursos e faz atendimentos em residências e empresas.
Trabalha também com a mesa radiônica fazendo atendimentos em seu consultório ou à distância.
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