Um Amor Platônico
por Mon Liu em Corpo e MenteAtualizado em 14/07/2003 11:31:50
Vale a pena? Pode um amor platônico ser mais intenso do que a própria vida?
Quebra de estruturas, padrões, rotinas... Como entender a imensidão dos sentimentos? A emoção da troca de olhares, aquela eletricidade que fica no ar, o “clima”...
Saber se há correspondência ou se se trata somente de fantasias da alma apaixonada? As pernas ficam bambas e o coração vem à boca. As palavras faltam. É um intenso turbilhão astral...
Incertezas, esperanças não concretizadas, medos. A eterna pergunta “por quê”?
O que este ser humano tem que falta nos outros? Alguns tão simpáticos, cultos, criativos, inteligentes, amorosos, atenciosos, charmosos, etc... Logo este?
“O coração tem razões que a própria razão não consegue entender”. Dizem que semelhante atrai semelhante...
E numa relação onde os dois tem personalidades opostas? Bem, no mínimo, é um grande desafio e um aprendizado na escola da vida. Como dar certo? Simples! São duas pessoas completas e independentes que escolheram trilhar a mesma estrada.
Respeito à individualidade, aceitar o outro sem tentar modificá-lo. Tolerância, carinho, interesse sincero pelas opiniões e vivências de cada um. Solidariedade, sem sufoco. Crescimento espiritual. Não adianta se apegar a bens materiais, desta vida só levamos o autoconhecimento!
E existe a história da pessoa certa, no lugar certo e no momento exato... Dizem que nada é por acaso... Você que mora num país, de repente, tem que viajar. E no aeroporto do outro lado do mundo, esbarra na sua alma gêmea! O destino traça caminhos inesperados!
Cada dia tem o seu segredo. A importância de viver o momento presente. Atenção ao “aqui e agora”, senão você deixa escapar o seu destino entre os dedos! Tudo são apenas experiências, não existem o certo e o errado, apenas tentativas. Não se culpe, siga o seu coração. Não tenha medo de viver!
Às vezes, pode ser problema de vidas passadas. Como se a gente sempre estivesse junto, na eternidade... Poderia explicar o impacto da presença de uma pessoa que nem ao menos conhecemos direito! Mas que toca profundamente a nossa alma... E os laços estão aí, invisíveis, mas não menos intensos. Marcas do que se foi...
Por que a outra parte não se decide?
Existem mil razões... Pode ser que também goste, mas já tem outro relacionamento frio... Ou pelo medo de tentar e não dar certo... Talvez seja acomodado e sem iniciativa... Com tendências homossexuais... Prefere a vida de solteiro... Não quer trabalhar mudanças.
Quer todas e nenhuma em particular... Prefere ficar grudado à saia da mãe... Insegurança... Sofreu alguma desilusão amorosa e não confia nas mulheres... Medo de viver... Medo de se apaixonar de verdade... Falta de maturidade... Não se toca mesmo.
Ele se ama demais... Apaixonado só pela profissão... Complexo de inferioridade... Dominado pela mãe... Não quer se amarrar seriamente... Perfeccionista ao extremo... Julga as pessoas pelas aparências... Distração.
O amor deve ser incondicional, sem laços, sem chantagens emocionais. Senão, vira controle, manipulação, um emaranhado de rédeas.
Sempre devemos desejar a felicidade da pessoa, mesmo que seja ao lado de outro alguém. Afinal de contas, o amor é um sentimento eterno, é a força maior deste universo...