Uma janela para o amor
por Mon Liu em Corpo e MenteAtualizado em 12/08/2002 12:25:00
A felicidade está onde não a pomos e a pomos onde não estamos...
Como definir o amor? A respiração se acelera, o coração parece que sai pela boca! Sentimento estranho que provoca arrepios na pele... Por que gostamos de um e não queremos nada com o outro? O coração tem razões que a própria razão desconhece... Ninguém manda nos sentimentos.
“Que o nosso amor seja eterno enquanto dure...” já dizia Vinícius de Moraes. Vem com a força de um furacão e ai de quem for contra! A alma só enxerga perfeição e o dia-a-dia fica leve como a asa de uma borboleta. Tudo flutua e a vida é maravilhosa... O amor é lindo!
À busca pelo verdadeiro amor, quem resiste? Não existem regras e vale tudo! Lembrar a lei do retorno: tudo que plantamos, colhemos. Essencial é haver equilíbrio: ser bom para ambas as partes. Chantagens emocionais combinam com esta história de amor?
O amor é cego, mas os vizinhos não... As paredes têm ouvidos e sabem de cada coisa!
E os casais que adoram cenas cinematográficas? Mostram todo o seu arrebatamento em público, como se a paixão fosse uma questão de vida ou morte!
Quem pode com eles? E o “superbonder” que precisa ficar grudado o dia todo, esquecendo que a vida é mais holística? Deixar de ter outros interesses também acaba com o amor!
A competição só atrapalha o romance. Por que se sentir inferior se ela ganha mais? Necessidade de provar que é a dona da verdade ou de ser o “galinha do pedaço” só dão triunfos passageiros e a sensação de vazio permanece. Dar chances para que o amor bata à porta. Sair da superficialidade do “ficar”. Recordar que mais vale um pássaro na mão que dois voando.
Pode uma amizade sincera evoluir para o amor? Talvez não seja aquele fogo queimando por dentro, porém pega muito mais profundo e sem máscaras. E aquela paixão de adolescentes que praticamente foram os primeiros namorados e se casaram? É amor ou amizade? E se aparece mais tarde o grande Amor de sua Vida? Deixar de viver uma verdadeira história de amor por pura covardia, por medo de viver plenamente!? Já está tudo tão acomodado, para que ir em busca de emoções desconhecidas?
Ter que recomeçar tudo, não saber se vai dar certo. Vale o risco?
Monotonia segura casamento? Muitos continuam juntos, mas saem para arejar de vez em quando. Não é pior? Estamos nos enganando e o preço que pagamos no inconsciente é muito alto.
Será que ficar sozinho é tão terrível? A sociedade cobra namorado, noivo, marido, filhos, netos... Mas ela ajuda a cuidar? Quem é responsável pela sua vida? Não é melhor a solidão bem curtida do que se amarrar para satisfazer os outros? Renunciar a seus sonhos porque a outra não quer, não suporta, não tem vontade... E um tipo visual que gosta de silêncio com uma jovem auditiva? Dá certo?
Para que um grande amor valha a pena é necessária muita tolerância, saber ceder.
Aceitar o outro plenamente com suas qualidades e defeitos, como todo ser humano! Perdoar pequenas falhas. Não estamos falando de pular a cerca! Se há necessidade de experimentar outras emoções, significa que o relacionamento já deu tudo que tinha que dar... Hora de pegar as malas e partir para outra!
Ter coragem de encarar a vida de frente. Chutar o pau da barraca! Tentar. Fazer mais que um amor de verão. Não há emoção maior... Mostrar que a vida é feita de pequenos detalhes... mas tão significativos! Respirar a própria essência e curtir profundamente todos os momentos tão ricos... A nossa vida tem que valer a pena! Ah, o amor é lindo!