Você se lembra de seus sonhos?
por Rosemeire Zago em Corpo e MenteAtualizado em 24/07/2008 16:29:42
Como tem sido seu sono durante a noite? Você acorda disposto ou ainda mais cansado? Lembra-se com freqüência de seus sonhos? Você sabia que o processo do sono está totalmente relacionado com a lembrança dos sonhos? É, algumas pessoas costumam dizer que não sonham ou que dificilmente se lembram do que sonharam. Isso pode acontecer em função de distúrbios durante o sono, como insônia, apnéia e também alguns medicamentos podem interferir na lembrança dos sonhos. Os distúrbios do sono, assim como alguns medicamentos, podem alterar o que chamamos de arquitetura do sono, proporcionando um sono superficial e impedindo que cheguemos ao sono profundo, estágio onde os sonhos acontecem. Caso você saiba ou desconfie que tenha algum distúrbio do sono procure orientação com um médico neurologista de sua confiança.
Mas se não há distúrbios nem medicações, os motivos para não se lembrar dos sonhos podem ser outros, como resistência, falta de interesse no assunto, ou ainda falta de orientação adequada do que fazer para facilitar a lembrança. Já tentou colocar papel e caneta ao lado da cama e ao acordar anotar o que sonhou? Essa pode ser uma das maneiras de facilitar a lembrança.
Está certo... você conseguiu lembrar de alguns sonhos, mas se pergunta como entender o que sonhou. Para quem nunca estudou sobre o assunto pode ser uma tarefa um pouco difícil, principalmente se quiser entender seus sonhos da mesma forma que faz com outros assuntos, utilizando a linguagem racional do consciente. Mas se você se predispuser a entender a linguagem do inconsciente ficará bem mais fácil.
Os conteúdos da parte mais profunda da psique às vezes se manifestam nos sonhos. Para começar vamos definir o que é um sonho: são mensagens do inconsciente, ou seja, uma auto-representação, em forma espontânea e simbólica, da situação atual do inconsciente. Sendo assim, devemos entender a linguagem própria do inconsciente que difere totalmente do consciente. O inconsciente se expressa através de símbolos; um sinal de reconhecimento representa mais do que seu significado imediato e óbvio. Os símbolos no sonho são em sua maioria manifestações de uma parte da psique que escapa ao controle do consciente, representando a situação psíquica. Um símbolo também é influenciado pelo histórico de vida de cada um, por isso devemos lembrar que o melhor intérprete sempre é o próprio sonhador e que não há receitas prontas para a interpretação de sonhos.
Por exemplo, qual a simbologia de uma porta? Ela pode ser muito mais que um objeto feito para fechar, separar. Pode significar abandono para alguns em função de pessoas que o abandonaram durante sua vida, representado simbolicamente por um sonho, aonde alguém bate a porta ao ir embora; no entanto, para outros pode significar um caminho que se fecha, ou ainda, que não se deve prosseguir. A diferença na interpretação irá depender do histórico de vida de quem sonhou. É como se o inconsciente tivesse algo a dizer e estivesse enviando uma mensagem para aquela pessoa. A importância da interpretação dos sonhos é que podem indicar a resolução de conflitos até então desconhecidos por sua mente consciente.
Portanto, ao sonhar, procure anotar tudo que se lembra e depois busque o simbolismo contido no sonho. Poderá facilitar se você desmembrar seu sonho em partes. Por exemplo, sonhou que estava numa casa em que já morou e lá se escondia de alguém?
Casa: pergunte-se em que época da vida morou nessa casa. Pode ser que indique algo que aconteceu nessa época e que pode ter alguma relação com um conflito atual. Faça essa relação.
Esconder-se: analise a simbologia disso. Faça perguntas a si mesmo, como: “estou me escondendo de algo”? Relacione sempre o simbolismo contido no sonho com sua vida atual.
Sim, isso é pouco para você compreender seus sonhos, mas você poderá ter acesso a mais informações sobre interpretação de sonhos, este assunto tão fascinante. Se quiser conheça meu eBook: Os Sonhos e Seus Significados.
“O maior bem que podemos fazer aos outros não é oferecer-lhes nossa riqueza,
mas levá-los a descobrir a deles”.
Louis Lavelle - filósofo existencialista (1883-1951)