A Coleirinha da Raquel
por Wilson Francisco em EspiritualidadeAtualizado em 21/05/2004 12:23:10
A novela MULHERES APAIXONADAS deixou algumas importantes lições e referencias para pesquisas. Gostei dela. O autor foi inteligente e profundo, realizando textos e ações que agregaram valores, naqueles que a assistiram.
Destaco aqui a atuação de Raquel e Marcos. A expressão de medo da atriz que viveu o papel de Raquel era interessante. E não era, nem nunca poderia ser expressão de amor, pois o amor projeta na criatura paz e alegria, nunca terror.
Raquel vivia, isto sim, aprisionada por uma criatura ciumenta e colérica. Marcos colocava nela algemas, disfarçadas em pulseira. Dominava-a com um olhar forte, irradiando um poder que beirava a violência. E não satisfeito colocava nela uma coleirinha, dissimulada numa corrente de ouro que ela, inocentemente, colocava no pescoço. Com isso, induzia a moça a uma obediência que a igualava a um animal de estimação
Com esta atitude ele reproduz o cortejo e domínio que a astuta serpente realiza ante a presa indefesa.
Este relacionamento nebuloso é expressivo, porque mostra até onde pode chegar o desejo de posse, o apego.
E serve também para alertar as criaturas quanto aos presentes que recebem. Num simples adorno, uma criatura pode estar demonstrando seus ocultos sentimentos.
Por outro lado tenho observado, tanto nos cursos como nas experiências mediúnicas, a ocorrência de domínio sobre pessoas, por parte de espíritos maléficos. Eles se utilizam de pontos de referência para exercer controle da criatura. E muitas das vezes, a referência é um presente, um objeto qualquer, que a pessoa recebe e sobre o qual são realizadas as ações vibracionais negativas. O objeto, em pauta, passa a funcionar como uma estação retransmissora de energias. O espírito irradia ordens ou simplesmente ondas vibracionais de baixo teor para o objeto. Nesses casos, a pessoa sentirá sempre uma mal estar, um desconforto, naquele lugar onde está o objeto (quarto, sala ou cozinha, etc.).
Há casos em que os espíritos maus vão mais longe, aproveitam-se de uma invigilância excessiva e dominam a criatura durante o sono, realizando verdadeiros processos cirúrgicos, para colocar nela chips, através do qual exercerão um domínio mental quase absoluto, monitorando seus pensamentos e atitudes. E digo quase, porque a Lei Divina não permite a subjugação total. Ninguém merece isso, diria a Juliana, do BBB 4 e por nossa parte, dizemos que ninguém pode ser submetido, por mais desatenciosa que a pessoa seja. Sempre e sempre, temos méritos guardados em nossa intimidade e com certeza todos temos em nossa escolta os amigos e irmãos de jornada que a qualquer momento podem interceder por nós, com ações de amor e perdão. Aliás, esta intercessão é sempre o ponto de desequilíbrio, na luta das trevas contra a luz.
Dia desses, na TV, uma repórter indagou do Paulo Zulú se as mulheres invadiam muito seu espaço, se ele tinha liberdade de ir e vir, como qualquer ser mortal.
Sim, disse ele, “tenho e utilizo minha liberdade de ir ao supermercado, passear, sem que as fãs interfiram em minha vida íntima, porque eu não irradio sexo, embora seja considerado um símbolo sexual. Estudei muito o Budismo e outras doutrinas esotéricas, conheço bastante sobre espiritualidade e aprendi a administrar minha energia”.
Importante esta declaração, porque representa o domínio que um indivíduo pode exercer sobre si próprio, mesmo estando exposto à mídia. Ele não se enclausurou, nem se distanciou dos lugares profanos e tampouco se isolou das pessoas. Apenas tomou para si a responsabilidade de dosar e direcionar sua energia, sem interferir no espaço vivencial das fãs e preservando seu universo existencial. Nota 10 para o Paulo Zulú; aliás fiz uma palestra num centro espírita do bairro do Imirim falando sobre energia e citei o exemplo desse ator.
Mas é preciso cuidado, o Planeta Azul, nossa amada Terra, passa por um período difícil, onde alguns valores estão invertidos, o nível de energia se encontra bem deficiente e as criaturas ainda não se deram conta de que estamos ingressando num período de definições espirituais importantes.
Recordo aqui, por oportuno, um adágio popular muito justo: perspicácia (vigilância) e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.