A consciência e a felicidade
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 17/10/2024 15:51:34
Consciência e infelicidade não podem coexistir. Uma só vive se a outra estiver ausente. A maioria da humanidade, infelizmente, ainda vive totalmente adormecida, ignorante do fato de que pode se libertar do sofrimento a qualquer momento que desejar.
No tarô, este processo é expresso através da carta O Diabo. Ele aparece como uma figura de proporções enormes, à qual dois seres humanos, -bem menores em tamanho-, estão acorrentados pelo pescoço, com uma argola imensa, facilmente retirável.
O que, então, os mantêm presos àquela figura assustadora que simbolicamente representa medo, insegurança, repressões, inveja, ódio, culpa, enfim, toda a gama de sentimentos negativos que o ego é capaz de criar?
A inconsciência é a resposta. Por incrível que possa parecer, esta condição se torna tão familiar, que elas acabam se conformando com ela. Enquanto não adquirem a capacidade de perceber claramente esta dinâmica, o sofrimento continua sendo a única realidade destas pessoas.
Para alguns, chega o momento em que viver assim se torna insuportável e, a partir daí, iniciam a jornada pela libertação. Estes são os chamados buscadores, que se lançam à procura de respostas e de ajuda para obter paz e felicidade.
O autoconhecimento é o caminho que lhes permite ampliar cada vez mais o seu grau de consciência e, para isto, podem recorrer à meditação e a ferramentas como a astrologia, o tarô, o I ching. Eles são instrumentos que a existência colocou à disposição do homem para auxiliá-lo na tarefa de resgatar sua luz interior.
"...É você que mantém viva a sua infelicidade ao dar-lhe tempo. É essa a fonte da sua vitalidade. Retire-lhe tempo através de intensa consciência do momento presente e ela morre. Porém, você quer que ela morra? Já está mesmo farto? Quem seria você sem ela?". Eckhart Tolle