A Roda
por Saul Brandalise Jr. em EspiritualidadeAtualizado em 03/07/2008 23:31:33
Existem pessoas que querem reinventar a roda. Outras, simplesmente procuram colocá-la em movimento. Os primeiros se acham eruditos. Cuidam da aparência externa. Gostam de viver em sociedade e acham que a vida aqui começa e aqui termina.
Os segundos simplesmente não se acham. O Ego está em segundo plano. Não há tempo para pensar nele. Viver a vida plena de sabedoria é mais importante do que a aparência.
Os primeiros planejam chegar tarde para serem “notados”. Mal sabem as conseqüências em suas vidas da energia do atraso...
Os segundos cumprem horário. Sabem a importância de estarem sempre no aqui e no agora. Corretos em seu tempo e no que fazem com ele.
Os primeiros perdem seu tempo divagando em teorias que nada agregam. Se fossem uma sopa, seria de letrinhas...
Os segundos simplesmente aplicam em suas vidas o básico e assim se tornam práticos, alegres e felizes. Viver uma vida sem se preocupar em ser mais do que precisa torna-a limpa, cristalina e saudável.
Os primeiros se tornam fanáticos em tudo. Em suas crenças, em seus objetivos em sua eterna complexidade de movimentos.
Os segundos são abertos. Nada lhes tira a capacidade de aprender. De estar lúcidos para o novo e desta maneira sentirem-se sempre em “estado de evolução permanente”.
Os primeiros são difíceis de serem tidos como companhia. Peretti, meu grande amigo os chama de “Professores de deus”.
Os segundos são sábios e buscam sempre aprender. Sabem que cada ser humano à sua volta é um verdadeiro professor. Alguns de métodos e qualidade. Outros simplesmente de como não se faz.
Os primeiros são ocos. Popularmente conhecidos como “gangorras”. Quando chegam e sentam, os demais levantam. É um peso enorme escutá-los.
Os segundos, ao contrário, os queremos por perto porque sempre estão agregando valor à nossa vida com a sua sabedoria, com seus ensinamentos e com o respeito com que nos tratam.
Já temos vários exemplos para podermos analisar, entender e aprender com a vida que praticamos. Muitos de nós já nos demos conta de que às vezes somos apenas coadjuvantes de uma grande peça teatral.
Mas, de que vale tudo isso se o teatro é passageiro e nós precisamos efetivamente rodar, andar e seguir em frente com a simplicidade de uma roda?
Nada que seja parecido com teatro tem base suficiente para ser duradouro. O que somos efetivamente é o que vai rodar a nossa vida. Nada que esteja nos sendo imposto, não importa por quem, familiares, religiões, partidos, será a razão de nossas alegrias.
O combustível que vai rodar a sua vida é exatamente aquele que está aconchegado em sua mente. Saiba escolher suas verdades, pois é com elas que irá trilhar a sua caminhada na busca de sua LUZ interior.
Rodar não significa estarmos no topo em um determinado momento e logo em seguida descermos ao fundo do poço. Não é este o sentido de uma roda em movimento. Se analisarmos as nossas emoções com sabedoria e as controlarmos de maneira adequada, tenderemos a nos manter no topo de nossa roda, por paradoxal que isso possa parecer.
É preciso mais sabedoria do que dinheiro no bolso para se ter uma vida plena de felicidade.
Sei que nos veremos
Beijo na alma