Ano Novo - Parte 1
por Saul Brandalise Jr. em EspiritualidadeAtualizado em 14/01/2002 10:56:13
O orçamento fornecido por Fogos Reis de Nova Trento (SC) chegou às minhas mãos em meados de novembro. Todos os anos, na virada do Ano Novo na praia de Zimbros, Município de Bombinhas (SC) fazemos uma festa muito bonita com Show singular de fogos de artifício.
Já é uma tradição que me acompanha faz mais de 15 anos. Toda a comunidade fica esperando por isso. Neste ano seria diferente. Quando Valdene, minha secretária, após alguns dias que o orçamento estava em minha mesa, cobrou uma decisão lhe disse:
- Neste ano não vou soltar fogos em Zimbros...
- Não vai? Respondeu surpresa.
- Não. Não vou.
- Mas o que vai fazer?
- Ainda não sei. Só sei que isso é exatamente o que não vou fazer.
Segui minha intuição e respondi a pergunta prontamente. Algo muito forte, em meu interior, sinalizava que neste ano a mudança teria que acontecer.
Os dias transcorreram normalmente e, aos poucos foi chegando o momento da decisão final. Márcia e eu optamos ir para o Sul do Chile. Nada, absolutamente nada nos fazia mudar de opinião. Todos os argumentos da família eram inválidos frente a nossa determinação. Alguma força desconhecida nos guiava nesta direção. Isso foi o que bastou para que, logo após o Natal começássemos os preparativos para nosso destino rumo ao Sul do Chile.
Não estávamos atentos, contudo, que o Universo era quem nos conduzia. Ele, exclusivamente ele era quem determinava a seqüência de coincidências que estaríamos expostos e submetidos, durante toda nossa viagem.
Quando insistíamos para ir para o Chile estávamos fazendo uma leitura errada da situação. Os fatos nos obrigavam, a cada dia, que nosso objetivo fosse para o Sul da Argentina. Primeiro não tinha a documentação adequada no Motor Home para passarmos a fronteira. Depois que providenciamos o documento a alfândega Argentina, por falta de um carimbo não quis nos permitir sair do País com destino ao Chile. Esta decisão, de entrada no País, cabe ao Chile e não a Argentina. De qualquer maneira, nossos argumentos foram inválidos.
Ficamos, por alguns segundos, sem destino. Na realidade ele já estava traçado, nós é que não sabíamos. Tudo fica mais fácil quando olhamos para o passado. O difícil é sabermos fazer a leitura adequada. O Chile não era o nosso destino. As forças nos conduziam para a nossa missão e para o nosso aprendizado. A situação que a Argentina esta vivendo não foi obstáculo suficiente para abandonarmos a nossa intuição.
É em San Martin de los Andes, sul da Argentina que deveríamos passar a virada do Ano Novo. É daqui que lhe escrevo... Nas próximas semanas vocês irão entender as razões...
Nos veremos.
Feliz Ano Novo!