Aquela voz...
por Rubia A. Dantés em EspiritualidadeAtualizado em 17/06/2005 12:12:35
Sabe aquela voz que nos fala de muitas maneiras... nos dando sinais, onde não enxergamos soluções ou nos soprando novos caminhos...
Algumas vezes essa voz me chega assim vinda de um Ser de Luz que já conheço... ou ainda não... Outras vezes parece uma conversa minha comigo mesma... não importa, o fato é que ela está cada vez mais presente me dando lições quando preciso... ou mesmo quando penso que não preciso.
Naquele dia foi assim...
Eu estava cheia de idéias criativas que continuavam chegando em grande quantidade... e quando eu pensava que não precisava de mais nada me surpreendia com mais idéias... Tantas que acabei me perdendo um pouco para selecionar as que iria colocar em prática.
Nossa, pensei... Tem épocas em que tudo fica meio parado e agora tanta coisa borbulhando na minha cabeça...
“Se você tivesse que escolher entre um diamante muito raro e uma bóia de borracha o que você escolheria”? Entrou a voz em cena com um tom meio brincalhão...
Eu mais que depressa escolhi o diamante raro...
E para minha surpresa essa voz me manda imaginar eu sendo lançada dentro do mar bravio, de um barco que foi atingido por uma onda enorme.
Na mesma hora imaginei a cena...
Vi-me no mar revolto, segurando um lindo e raro diamante na mão enquanto tentava me manter na superfície... sonhando com uma bóia.
Mas como saber que iria ser jogada no mar se você não falou nada? Perguntei.
“Muitas vezes o destino não manda aviso prévio e é preciso que as escolhas sejam sempre feitas com o coração”.
Fiquei silenciosa... enquanto as muitas idéias brilhantes que choviam na minha mente foram se aquietando... e quando passavam pelo filtro do meu coração foram sendo descartadas, uma a uma...
Fiquei vazia de idéias... mas com uma serenidade muito boa de sentir...
“Agora, a bóia da sua história é o vazio... é o deixar espaço para o novo que vai chegar.
Se você tentar preencher, mesmo com coisas maravilhosas, o presente... não vai sobrar espaço para o que está vindo.
E você pode morrer afogada num mundo de idéias”...
Nossa... Calei.
E a voz também calou porque sabia que eu havia entendido a mensagem.