As Armadilhas do Ego
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 01/09/2003 11:52:14
"Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo.
Se você é gentil as pessoas podem acusá-lo de egoísta, interesseiro.
Seja gentil assim mesmo.
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros. Vença assim mesmo.
Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo.
Seja honesto assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra. Construa assim mesmo.
Se você tem paz, é feliz, as pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.
Veja você que no final das contas tudo é entre você e Deus.
Nunca foi entre você e as outras pessoas."
(Madre Tereza de Calcutá)
Esta bela mensagem de Madre Tereza me levou a refletir sobre o quanto somos vulneráveis e nos deixamos influenciar pelo comportamento e a reação das outras pessoas. Buscamos a aprovação do mundo a nossos atos e se, por acaso, ela não vem, sentimo-nos inseguros e feridos em nossa auto-estima.
Preocupamo-nos em agir de acordo com as regras do mundo muito mais do que com as Leis de Deus. Esta é uma das principais armadilhas do ego. É ele que nos incita a querer aprovação, aplauso, e a deixarmos que as atitudes negativas do outro desperte nosso orgulho e abale nosso equilíbrio, sempre tão precário.
A consciência dessas armadilhas é essencial para que nos mantenhamos alertas e, dia após dia, lutemos para tornar nossa relação com o divino em nós, a principal e mais importante forma de nos fortalecermos para enfrentar a difícil convivência com a negatividade das outras pessoas.
Manter estes sentimentos vivos em nós é realmente difícil. Na maior parte das vezes o ego acaba vencendo e a negatividade nos abalando e minando nosso otimismo, nossa esperança e alegria de viver.
Somente o esforço permanente para conquistar auto-confiança e serenidade nos tornará imunes às agressões do mundo. A fé e a certeza de que podemos sempre contar com a misericórdia e a graça divina nos piores momentos da vida, quando nos sentimos mais feridos, constituem a única maneira de transformarmos nossa fraqueza em força e nossas tristezas em alegria.