Assistência Radiante 3
por Wagner Borges em EspiritualidadeAtualizado em 10/02/2003 12:57:01
Madrugada de 5a feira.
Estou em Salvador, a ensolarada capital da Bahia.
Está rolando o curso "Tambores Celtas" aqui no Hotel Vila Velha, onde estou hospedado. Hoje foi o segundo dia do curso. Rolou um lance que ainda está se desdobrando até agora. Por isso, para facilitar o entendimento do leitor, passo a relatar a parte inicial do lance logo abaixo.
Nunca faço um curso ou palestra sem antes me concentrar bem. Faço um trabalho de energia e abro a mente e o coração ao AMOR QUE GERA A VIDA, buscando aquela inspiração para fazer o melhor na atividade espiritual. Enquanto pulsava luz nos chacras, tive a intuição de realizar com os alunos do curso uma prática de ativação e limpeza vibracional dos chacras frontal, cardíaco e sexual.
Preenchido de contentamento por estar levando para a turma um monte de coisas legais, peguei o material de aula e saí do quarto para o corredor do sétimo andar. Enquanto esperava o elevador chegar, fiz uma bola de luz com a mão direita e joguei-a pela extensão do corredor (à minha direita) até a parede. Ela correu pelo corredor e interpenetrou a parede. A seguir, fiz outra bola de luz, agora com a mão esquerda, e projetei-a pela extensão do corredor (à esquerda, onde o meu quarto fica no fim do mesmo). Porém, ela não chegou até a parede. Havia um campo energético em frente à porta do quarto, e ela bateu nele e se dissolveu.
Observei melhor e vi que era um campo de proteção feito pelos amparadores bem na entrada do quarto. Agradeci mentalmente ao carinho desses amigos extrafísicos tão legais.
Peguei o elevador e desci para o auditório. Chegando no andar térreo, em frente à recepção do hotel e bem de frente com a porta principal de acesso à Avenida Sete de Setembro, percebi uma gritaria forte lá na rua. Olhei naquela direção, mas não havia agitação nenhuma por ali.
Segui para o auditório e logo de início ensinei para os alunos aquela prática intuída pelos amparadores. O efeito foi fantástico e o clima espiritual da turma e do ambiente ficou muito enriquecido de vibrações sadias, principalmente pela presença de uma amparadora que sempre aparece quando faço os cursos aqui na cidade. Ela se apresenta como uma dançarina hindu, lembrando a deusa Lakshmi, esposa de Vishnu na cosmogonia hinduísta.
Suas energias e o seu amor são contagiantes.
No entanto, enquanto o exercício rolava, novamente percebi aquela mesma gritaria lá na rua. Então, pela clarividência vi uma turba de espíritos sofredores passando pela rua em frente ao hotel. Eram sujeitos horríveis, vários deles de capuz escuro, mas que não escondiam suas fisionomias deformadas. Em torno deles havia uma atmosfera cinzenta e viscosa.
Aproveitei o clima excelente do ambiente e emanei energias na intenção da melhoria daqueles sofredores extrafísicos, "vivos do lado de lá", mas que ainda se arrastam em meio aos "vivos do lado de cá".
A aula do curso seguiu de forma maravilhosa, e até brinquei com a turma dizendo que aqueles espíritos já estavam em Salvador para guardar lugar para o carnaval.
Depois da aula, tomei um banho e fiz um lanche leve (um pedaço de mamão com um suco) - Tinha almoçado um prato forte (um maravilhoso ensopado de pitú, do qual sou fã e sempre que venho a Salvador traço essa iguaria), e não queria sobrecarregar o organismo com um jantar. Assisti ao noticiário na TV e depois li uma revista deitado na cama.
A seguir, cochilei por cerca de uns quinze minutos aproximadamente.
Despertei e perdi o sono de vez.
Li mais um pouco na cama, mas logo levantei-me.
Resolvi abrir o notebook que trouxe comigo na viagem e passar alguns textos a limpo. Coloquei um CD para tocar num aparelho de som que um amigo aqui de Salvador me emprestou.
Em dado momento, percebi algumas presenças sutis dentro do quarto. Fechei os olhos e concentrei-me para ver o que estava rolando espiritualmente.
Para minha surpresa, aquela amparadora maravilhosa (uma gata extrafísica, ou melhor dizendo, um verdadeiro "avião extrafísico"), estava sentada bem no meio da cama em posição de meditação. Estava caracterizada com a mesma indumentária de dançarina hindu.
Ela saudou-me com um gesto de cabeça e fechou os olhos em sua meditação profunda. Um perfume sutil permeou o ar do quarto.
Contente com a presença dela aqui juntinho, procurei entrar numa sintonia elevada também. Pulsei luz branquinha no chacra frontal e esperei para ver o que aconteceria.
Então, em minha tela mental interna surgiram várias imagens de um resgate extrafísico que os amparadores estavam realizando naquele momento numa praça do Campo Grande, o bairro que é a seqüência da Avenida Sete de Setembro, e onde já estão instalando diversas armações metálicas para o carnaval.
Havia várias colunas de luz violeta projetadas do céu até o nível da rua. Vi vários amparadores vestidos de branco levando espíritos sofredores para dentro daquelas colunas. Quando eles entravam nelas, imediatamente eram sugados para algum ponto bem acima, provavelmente para algum local extrafísico transitório preparado para o tratamento daquele pessoal. (1)
Reconheci naqueles espíritos a mesma turba que gritava horas atrás na avenida em frente ao hotel.
Fiquei contente, pois de alguma maneira eu sentia que estava envolvido energeticamente naquele processo de ajuda a eles. Procurei emanar mais sentimentos legais para colaborar naquela assistência invisível.
Olhei para a cama e a amparadora ainda estava lá na mesma posição.
A seguir, surgiu um dos amparadores da equipe extrafísica de Ramatís bem em frente à minha cadeira, e pediu-me para anotar algumas informações pertinentes àquele trabalho que eu estava vendo.
Aproveitando que o notebook estava ligado, registrei imediatamente, à medida em que ele me passava mentalmente, as seguintes informações:"Meu irmão,
A morte é o descarte final do corpo denso. Ela é a grande reveladora do que se passava dentro da consciência.
Sob sua ação, o que há para esconder?
Na natureza extrafísica não há como bloquear a exteriorização espiritual daquilo que se é. O psicossoma (2) revela energeticamente o clima consciencial da entidade.
As pessoas se desprendem do corpo finalmente, e são atraídas para os ambientes extrafísicos os quais sintonizaram em vida. Elas seguem direto para as companhias extrafísicas que lhes são afins.
Essa ligação não é determinada pela morte, mas pela manifestação da pessoa em vida. Os seus pensamentos e emoções constituem o clima psíquico que lhe acompanhará extrafisicamente.
A cada um segundo suas obras!"
Em seguida, ele fez um gesto de saudação com as mãos e sumiu no ar à minha frente. Olhei para a cama e, infelizmente, a moça também tinha sumido.
Confesso que não consegui evitar um pensamento sacana:
"Que pena que essa mulher maravilhosa se mandou. Agora vou passar mais uma noite sozinho nesse quarto de hotel sem sentir o perfume dela".
Depois, achando que o lance tinha terminado, levantei-me da cadeira e espreguicei o corpo. Tomei água e fui ao banheiro.
Passo a narrativa agora para o momento presente.
Estou sentado novamente em frente ao notebook ligado. Sinto que ainda há algo para completar a noite. As imagens das colunas de luz violeta ainda estão registradas em minha mente. Coloco o mesmo CD para tocar baixinho, pois não quero incomodar nenhum outro hóspede a essa hora da madrugada.
Escuto a música com os olhos fechados aqui em frente a tela aberta do notebook. Sinto uma onda de amor chegando... os dedos formigam... a aura da cabeça se expande... lágrimas espontâneas rolam pelo rosto... penso no Cristo envolvendo o mundo invisivelmente.
Alguém invisível me abraça, e mentalmente me diz:
"Meu irmão em Cristo,
Saudações daqueles que velam em silêncio pelos homens.
No centro da noite ecoam os gritos e lamentações daqueles que se deixaram levar em vida pela sedução das luzes ilusórias do mundo. Ele se arrastam nas trevas de suas dores em meio à loucura que devasta suas mentes desalinhadas.
A escuridão que carregavam por dentro, agora é o próprio meio ambiente que se lhes apresenta em torno. Uma nuvem escura, resultado de suas formas mentais dantescas, paira sobre eles por onde vão.
Vagam na noite à procura dos encarnados incautos que lhes dêem guarida em seus vícios e tolices. Costumam misturar-se em ambientes de grande algazarra e leviandade. Vivem à cata de emoções densas e das pessoas que lhes são afins energeticamente. São andarilhos invisíveis da tristeza agregados invisivelmente à humanidade incauta que lhes fornece o alimento psíquico sem saber de sua existência nefasta.
No entanto, apesar de suas incongruências, ainda são centelhas vivas do Pai Celestial. São amados pelo AMOR QUE AMA SEM NOME!
Sem que eles saibam, a luz do Alto está vertendo sobre seus destinos.
A luz do Cristo está agindo sobre eles agora mesmo. Raiou a aurora da assistência espiritual em seus caminhos. É hora de ir para casa!
Em silêncio, as hostes de benfeitores invisíveis estão resgatando-os por intermédio dos portais luminosos abertos pela ação amorosa do Cristo.
Você é um homem privilegiado por perceber e participar espiritualmente de tal ação desobsessiva no mundo. É a graça do Cristo que também lhe guia.
Uma de suas tarefas é relatar para os homens o que se passa nos bastidores invisíveis do mundo. Continue fazendo isso, meu amigo.
Agora, deite o corpo no leito e eleve os pensamentos e o coração ao Cristo.
Desprenda-se do casulo carnal e venha participar das atividades dos tarefeiros extrafísicos que ajudam a humanidade em silêncio.
Basta dormir pensando no Cristo... e ser servo do amor.
Vamos voar, irmão. Por onde seguirmos, projetaremos a luz da cura e da boa vontade entre os homens. Sem julgamentos, sem alarde, e sem vergonha de curvar-se aos desígnios superiores.
Vamos voar juntos, pois o Amor do Cristo nos abraça e nos convida a prática do bem."
Tocado por ondas de amor que não tenho palavras para expressar, abro os olhos em meio às lágrimas silenciosas, e vejo um espírito vestido à moda dos primeiros cristãos da época do Império Romano. Ele é um homem de uns 60 anos de idade. Tem barba branca e uma expressão muito simpática. Ele sorri e abre os braços de forma amistosa. Atrás dele surgem mais três amparadores. Um deles também tem barba branca, mas os outros dois aparentam
ter uns 45 anos aproximadamente. Os três estão vestidos do mesmo jeito e apresentam o mesmo ar simpático.
Pelas suas energias, sinto que são amparadores ligados às vibrações de Jesus.
Vou seguir a orientação espiritual e deitar a carcaça no leito logo. O trabalho irá continuar fora do corpo e não quero perder a carona espiritual desse grupo de amparadores tão legais que está na área.
Espero ser útil!
(1). Muitas vezes, esses locais transitórios de assistência espiritual se apresentam como autênticas naves extrafísicas pairando sobre os locais aonde o trabalho assistencial está sendo desenvolvido.
(2). Psicossoma (do grego): Psique: Alma; Soma: Corpo - Corpo da alma. Termos equivalentes: Corpo astral (Teosofia), Perispírito (Espiritismo), Corpo espiritual (Cristianismo - Coríntios II, Cap. 15; vers. 44), Corpo de luz (Ocultismo).