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Astrologia e Carma

por Elisabeth Cavalcante em Espiritualidade
Atualizado em 18/11/2002 11:02:13


Por trás dos símbolos e da linguagem tradicional da astrologia, existe um vasto mundo de sabedoria potencial, de profunda compreensão das autênticas leis da vida. A astrologia trabalha com níveis de consciência psicológica e dimensões da experiência muito além da compreensão do espírito lógico terreno.

Ao considerarmos a relação da astrologia com o carma, devemos, inicialmente esclarecer o significado do termo.
Basicamente a palavra refere-se à lei universal de causa e efeito, expressa no conceito bíblico de que o homem colhe aquilo que semeia. Esta lei é apenas a aplicação mais ampla da nossa lei de causa e efeito. A lei do carma é semelhante à lei da mecânica, de Newton, que estabelece que toda ação desencadeia uma reação igual e oposta. A única diferença entre a lei universal do carma e a lei física de causa e efeito, é o âmbito de existência que cada uma delas abrange.

A idéia de carma é, evidentemente, inseparável da teoria (ou lei) da reencarnação.
Essa lei parte do princípio de que a vida é uma experiência contínua, de modo algum limitada a uma encarnação no mundo material. Ela pode, pois, ser vista como um método para se atingir e manter a justiça e o equilíbrio universais. É, de fato, uma das mais simples leis da vida, inseparável daquilo que alguns chamam de “lei da oportunidade”, isto é, uma lei universal que coloca cada um de nós em condições que proporcionam exatamente as lições de que necessitamos para nos tornarmos mais semelhantes a Deus.

O conceito de carma baseia-se no fenômeno da polaridade, pelo qual o universo mantém uma situação de equilíbrio. Mas, situação de equilíbrio não significa, de modo algum, estado de inércia, e sim um equilíbrio dinâmico, constantemente em alteração.

Inerente a este conceito é a presunção de que uma alma individual tem dentro de si o poder causal que eventualmente gerará os efeitos. A faculdade que desencadeia o processo é a vontade, e toda a estrutura do fenômeno causal chama-se desejo. O desejo pode ser visto como a aplicação da vontade, de modo que a energia seja dirigida da pessoa para a manifestação de um impulso ou idéia.

Sorte, carma, destino, não importa como o chamemos, a realidade é que existe uma lei de justiça que, de algum modo, mas não por acaso, determina a nossa raça, nossa estrutura física e algumas de nossas características mentais e emocionais. Uma criança nasce num dia e a uma hora em que os raios celestes estão em harmonia matemática com o seu carma individual. O seu horóscopo é um retrato desafiador que revela o seu passado inalterável e os seus prováveis resultados no futuro.

Embora o horóscopo de nascimento revele o carma e, assim, as restrições que nos são impostas e impedem que nos sintamos livres, também constitui um instrumento que nos habilita a ver claramente em que áreas da vida necessitamos agir com vistas a modificar a nossa maneira usual de expressão no mundo.

O mapa astrológico mostra o que somos agora, devido àquilo que pensamos e fizemos no passado. Estes modelos, velhos e profundamente arraigados não se alteram com facilidade. Não é simples modificar poderosos modelos de hábitos, e a tentativa de racionalizar os conflitos e as crises espirituais apenas obstruirá o fluxo das energias vitais por algum tempo. Estas forças da vida devem ser aceitas, reconhecidas e objeto de devida atenção.

Quando iluminamos um quarto escuro, que permaneceu por muito tempo fechado, nossa visão inicial será a da poeira e até mesmo do lixo ali acumulados o que, à primeira vista, nos trará uma sensação desagradável. Porém, se nos dedicarmos à limpeza daquele ambiente, e o mantivermos permanentemente como foco de nosso cuidado e atenção, ele se transformará num recanto prazeroso.

Do mesmo modo, os primeiros passos no caminho do autoconhecimento, seja através da astrologia ou de qualquer outro método de iluminação, traz uma reação negativa do ego. Mas, à medida que a intensidade da luz aumentar, nos tornaremos mais conscientes de nossas faltas ou qualidades negativas, e essa consciência deve ser bem-vinda, como indicação de progresso em nosso desenvolvimento espiritual.

O empenho no autodesenvolvimento não só traz a promessa de ajudar o ser humano a ser uma alma mais completa, feliz e iluminada no futuro, como também permite começar a aliviar muito do sofrimento no presente, uma vez que a confusão e o desencorajamento iniciais sejam vencidos.

Para alcançar estes resultados, é fundamental ter em mente que a fé na proteção divina e no uso adequado da vontade que Deus deu ao homem são forças mais poderosas do que quaisquer outras.


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elisa
Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga, Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.
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